Capítulo 20. Laser

No dia seguinte, era sábado e Iris estava de folga. Contratou dois CEOs que pegaram rapidamente o serviço e talvez pudesse até trabalhar de casa, por isso resolveu fazer o que não fazia desde que sofreu o atentado embaixo da água: mergulhar!

Renner parecia estar vendo um déjà vi, deitou-se rapidamente, avisado por Jordan de que eles estavam chegando. Ela entrou pela porta do quarto vestindo um biquíni e com a aparelhagem de mergulho nas mãos.

— Vou mergulhar igual a última vez e trouxe o equipamento para você acompanhar o mergulho.

Rener ficou com raiva por ela não o cumprimentar primeiro e por estar expondo sua vida ao perigo, novamente.

— Bom dia, querida esposa, dormiu bem? — perguntou com ironia.

— Está sendo irônico, meu amor? Esqueceu que foi você quem me pediu para não me aproximar? Decida-se, aqui está o aparelho, peça a Jordan para lhe ajudar, enquanto eu vou até a praia e mergulho.

Saiu sem sequer dar um beijinho nele e a fúria cresceu tanto que ele se levantou da cama rápido demais e quase caiu, Jordan correu para o segurar e mantê-lo com a cabeça erguida.

— Você precisa parar com essas suas ideias, ou você acabará se ferindo novamente. Converse com ela e faça as pazes, antes que se destruam mutuamente.

Jordan ajudou-o a sentar-se na cama e se equilibrar e depois, colocou o visor para acompanhar o mergulho de Iris.

— Eu não sei mais o que faço, me preocupo tanto com ela, que perco o raciocínio coerente. Agora fico imaginando ela correndo pela areia naquele biquíni mínimo e as pessoas olhando para ela.

— Venha, vamos até a janela e você poderá vê-la correr pela praia, não tem ninguém, lembrando a você que é uma praia particular. Seu bobo.

Jordan o ajudou a ir até a sacada, onde puderam ver Íris atravessando a areia calmamente e chegando à beira da água. Haviam alguns turistas, mas estavam distantes e não prestaram atenção nela.

— Viu? Estava preocupado à toa.

— É verdade…

Ele havia tirado o óculos para vê-la na praia e colocou de novo quando percebeu que ela mergulhou. Ela ainda estava no setor da praia e conforme foi se aprofundando é que foram aparecendo os peixes, as pedras, os corais e as algas.

— Aqui não tem muitas coisas para investigar. Vou seguir mais para a lateral onde tem a parte mais profunda. — informou ela.

Eles acompanharam todo o trajeto dela, que chegou a um setor onde havia muitos peixinhos coloridos e a flora e fauna Marinha estavam preservadas. Ela foi parando e mostrando, dando nome aos peixes e plantas e ele se regozijou com a alegria dela e por poder ver o que nunca tinha visto.

— Pronto, estou satisfeita, vou voltar, o que vamos almoçar?

— Jordan disse que já deixou um peixe preparado para assar.

— Ótimo, já vou chegar.

Ela saiu da água e olhou para a casa, percebendo que os dois estavam na sacada olhando-a. Quando Jordan percebeu que ela os viu, rapidamente tirou Renner dali e levou para o quarto, Mas ela já tinha visto, o estrago estava feito ou o acerto.

Ela subiu a faixa de areia e entrou na casa, indo para o seu quarto. Sorria, pois ele não poderia mais esconder dela que estava bem e ela poderia estar junto dele mais tempo e aproveitar daquele corpinho gostoso.

Tomou um banho, vestiu-se e foi até o quarto dele e quando o viu deitado na cama, deu uma sonora gargalhada.

Renner sentou-se devagar, olhando para ela sem graça.

— Você parece uma criança birrenta, até quando pensou que esconderia de mim, que está bem?

— Era para sua segurança.

— Seu bobo, não estou segura longe de você, porque fico preocupada, triste, me sentindo mal por não poder te dar o que você precisa.

— Eu só queria que você ficasse segura. Ainda não sabemos quem está tentando me matar, mas sabemos que não desistiu. Fora o Soren, que tentou outra vez.

— Sim, e fui eu quem o nocauteou. Pare de decidir as coisas por mim, somos um casal e não patrão e empregado.

— Então tá bom, vem cá dar um trato no seu marido.

Ela sorriu e foi até ele, parecia mais um garoto mimado e não o homem forte e criador da grande empresa Games Luxor, que era. Ela passou os braços ao redor dos ombros dele, sem encostar no pescoço e ele abriu suas pernas, para que ela se encaixasse nos quadris dele, pousou a cabeça em seu peito e ficou ali um tempo, sentindo o cheiro dela e recebendo carinho em seus cabelos.

— Você é um presente que chegou na hora certa, para mim. Não conseguiria suportar tudo isso, sem você ao meu lado.

Ela se afastou um pouco para olhar nos olhos dele e perguntou:

— Então, por que mandou eu me afastar?

— Já falei, foi para sua segurança.

— Não adiantou, estavam me seguindo e consegui dar conta de despistá-los.

Jordan entrou no quarto, agitado e contou:

— O delegado me ligou e prenderam Soren, ele entrou no quarto do hospital e tentou te matar com facadas. Quer dizer, tentou matar os travesseiros que fingiram ser você.

— Viu como faço tudo direitinho? Fui eu que coloquei os travesseiros lá, para que se alguém tentasse, pensasse que você estava na cama. Mas só funcionou porque o idiota não acendeu a luz! — disse Íris, rindo.

— Será que foi ele quem tentou me matar, contratando um atirador?

— Pelo que o delegado contou, ele ficou com tanto ódio por ter sido pego e ver que esfaqueou o travesseiros, que falou sem pensar e acabou confessando que foi ele quem mandou atirar em você. O delegado disse que ele falava que você era bicho ruim de matar e que estava cansado de tentar.

— Agora é menos uma preocupação.

— Não sei não… — disse Rener, pessimista.

— Pare de ser contrário a tudo e viva melhor, seu encrenqueiro. — disse Jordan.

Ela beijou ele, para fazê-lo deixar aquele assunto, mas não adiantou e ele não estava errado, pois já haviam descoberto que ele estava ali.

CONTINUA

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