Capítulo 4. Descobertas

Meses depois

Depois que Iris conseguiu retirar Rener do hospital, tudo foi muito rápido. Ele foi levado de helicóptero para uma pequena ilha particular, com uma casa grande e boa infraestrutura. Além deles, ali só estavam os funcionários que trabalham e moram na ilha e o enfermeiro que cuida dele.

— Bom dia, dorminhoco! — cumprimentou Iris, entrando no quarto vestindo só um biquíni.

Ele a olhou de cima a baixo e embora não sentisse seu amiguinho, desejou a jovem.

— Bom dia, desgraça,veio aqui só pra me provocar, é? — falou mostrando desgosto.

Ela se aproximou e passou a mão em sua perna, sob o lençol.

— Olha só, pobrezinho do titio, não pode fazer nada. — provocou ela, sorrindo com cara de menininha fofa.

— Muito engraçadinha…

— Bobo. Vim aqui dizer que vou mergulhar com uma câmera para você poder acompanhar meu mergulho e até poderemos nos comunicar.

Ela se aproximou mais da cabeceira, falando bem pertinho dele.

— Será bom, mas não entendo por que você faz isso comigo.

— Isso o quê? — perguntou ela, acariciando o rosto dele com a ponta dos dedos.

Ele fechou os olhos, sentindo com gosto, o toque carinhoso.

— Isso, você me provoca o tempo todo, sabe que não posso responder.

— O fato de seu pau não ficar duro, não te deixa menos homem. Gosto de estimular esse seu lado.

— Você é uma bruxinha, nunca poderei te fazer feliz nessa área.

— Você já me faz feliz. Eu não sei como é ser feliz nessa área, por que nunca a usei, então, estamos quites.

Ele olhou-a intrigado e não falou nada, pois era direito dela não ter dado sua pepeca. Ela se esticou e beijou seu rosto.

— Já vou, o controle está na sua mão e Jordan te ajudará a ajustar o restante.

Ele ficou vendo ela sair, amando olhar a bundinha redondinha rebolando. Ela não fazia de propósito e por isso era mais bonita.

— Jordan! — chamou.

O seus dois braços de apoio, entrou pelas portas de vidro, sorridente por algo que Iris comentou com ele no caminho.

— Quer ajuda pra tocar uma punheta?

— Até você, tirou o dia para implicar comigo?

— Relaxa, chefia, o dia está lindo, você está vivo e tem aquela delicinha toda dedicada para você, é muito mais que muito homem consegue na vida.

— Ok, vai, e ajuda a pôr o fone e sintonizar a tela, quero ver ela mergulhando.

— Ok, faremos a fisioterapia depois, então.

— Sim, obrigado, Jordan.

Desses últimos quatro meses, com a ajuda de Jordan e muito esforço, Rener já conseguia mexer a mão direita para utilizar o controle e o teclado do computador. O esquerdo ainda tinha dificuldade, mas já estava muito melhor do que no início. Seu pescoço também mexia e ele podia virar a cabeça para olhar em volta.

O ferimento havia desinchado e cicatrizado, mas ainda havia um fragmento impedindo sua medula de levar as ordens para o restante do corpo. Seu médico, um especialista que vinha sempre à ilha para verificar o estado dele, marcou uma cirurgia para retirada do último fragmento, para dali a alguns dias e tinham a esperança de que ele voltasse a ter seus movimentos de volta.

Rener não ficou ansioso por esta expectativa, queria muito ficar bom, mas temia ficar eufórico demais e não dar certo, a decepção seria muito maior.

— Assim está bom, chefe? — perguntou Jordan, ajeitando os fones.

— Sim. — apertou o play, ligando a tela da smartv — acho melhor fechar um lado do blackout.

Jordan fechou só a banda que dava reflexo na tela e sentou-se para compartilhar a imagem. Iris entrou na água e ligou a câmera e o áudio. Usava uma máscara que cobria o rosto todo e podia falar e ouvir, tranquilamente.

— Íris para Rener, Rener na escuta? Câmbio. — brincou ela, nadando para o fundo, em direção a colônia de corais.

— Sim, ouço bem. As imagens também estão ótimas.

Por vários minutos ficaram observando juntos o colorido dos peixes e corais e comentando sobre a diversidade de tamanhos, cores e tipos de peixes que viviam tão bem na natureza, mas eram capturados e colocados em aquários, para enfeitar ambientes.

— Viu aquilo? — perguntou Jordan, de repente.

— O quê?

— Lá no fundo, tem uma sombra se aproximando.

— Eu vi. Íris, saia daí, volte, agora 

Ouviram o som de um helicóptero e começaram a se apavorar. Jordan sabia do risco que Rener e Iris corriam e correu para o local onde Íris havia entrado no mar, armado e vigiando ao redor 

— O que está acontecendo?

— Tem um mergulhador indo até você e um helicóptero está sobrevoando a ilha.

— Já estou indo.

Rener assistiu ela nadar rápido e o outro mergulhador preparar o arpão e mirar para atirar.

— Ele está mirando um arpão…

Viu ela desviar rapido para a esquerda e chegar ao pier, onde Jordan a puxou, segurando seu pulso e atirou na água, atrás dela e sairam correndo. O helicóptero estava pousando e Iris estava muito furiosa e foi a força que Jordan a levou para dentro.

Rener viu ela correr pela casa, pela câmera que ainda estava ligada. Ele estava com raiva de seu estado o impedir de estar lá fora protegendo-a. Ela entrou no quarto dele, só então, retirando a máscara e pegando um controle, fechou toda aquela área, bloqueando tudo com paredes de aço, que desceram, vedando o local. 

— Aqui estamos seguros, vou verificar as câmeras de segurança.

Ela colocou as imagens na tela da TV e apareceram várias imagens em quadrados separados. Ela examinou quadro a quadro e viu seu irmão descendo do helicóptero com um segurança e em outro quadro, um mergulhador saindo da água, com um arpão, ela enviou as imagens em tempo real, para o distrito mais próximo, que estava de sobreaviso. 

— Aquele infeliz, não desiste de me encher o saco.

— Depois do que você fez, claro que ele não ia ficar quieto.

— Mas tentar me matar, já é demais, isso não vai ficar assim...

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***