Capítulo 14. Cirurgia

De madrugada, iniciaram os exames pré operatórios em Rener, ele acordou, logo em seguinda e recebeu uma boa dose de morfina, para aguentar acordado. No meio da manhã, o médico veio vê-lo. Jordan estava a postos, esperando.

— Bom dia, Jordan — aproximou-se da cama — bom dia Rener. Seus exames estão bons e daqui a pouco você será levado para a sala de cirurgia. Tudo indica que você tem algum nervo medular, preso na fissura da vertebra cirurdiada, vamos concertar isso e você ficará bom.

— Boa notícia, doutor. É certo que ficarei bom?

— Nada é cem por cento certo em uma cirurgia, mas eu creio que sim. Tenha esperança. Onde está sua esposa, ela é bem animada, vai te ajudar.

— Não avisei a ela, doutor. — disse Jordan.

— Não quero ela aqui, doutor, sofrendo comigo e correndo perigo.

— Entendo, mas ela é uma pessoa muito boa para você e o ama de verdade. Não a faça sofrer sem necessidade.

— Obrigada, doutor.

— Já vou indo, te espero na sala de cirurgia.

O médico saiu e logo em seguida entrou quemenos esperavam: Ivan.

— Ora, ora, ora, não é que é verdade, você está mal mesmo? Pena que não morreu, ainda…— soltou uma gargalhada.

— O que quer aqui, Ivan? — perguntou Jordan.

— Queria conferir o que me contaram. Soube que se casou com a sonsa da minha irmã, não posso me aproximar dela, Mas pensei que pudesse encontrá-la aqui.

Neste momento a porta abriu-se novamente e entrou a pierina com seu chicote na mão.

— Pensou certo, meu irmão. O que prefere, choque ou chicotada?

Todos olharam para ela chocados e ela não perdeu tempo e deu com o chicote no lombo de Ivan.

— Ai! Que violência é essa?

— Saia agora daqui, ou sairá carregado.

— Sua ladra sonsa, eu vou te mostrar quem vai sair carregada! — falou e avançou para ela.

Iris era mais esperta e enquanto ele falava, ela já havia retirado o taser da cintura e apertou o gatilho enquanto ele se encaminhava para ela, os dois preguinhos encaixaram nele e ela apertou, e apertou, e apertou, e ele caiu no chão se estremecendo, com os choques do taser.

Ela foi até a porta e chamou os seguranças que estavam no corredor. Eles vieram e tiraram o corpo do quarto, ela recolheu o taser e guardou na cintura, se virando para olhar para os dois que a olhavam incrédulos.

— O que foi? Queriam que ele continuassem aqui?

— O que faz aqui, Iris? — perguntou Rener, começando a gemer de dor.

— E que roupa é essa? — perguntou Jordan.

— Bom dia pra vocês também. — ela se aproximou do leito — sou sua esposa, você querendo ou não e se me perturbar, não esqueça das minhas armas.

— Jordan, tira essa doida daqui!

— Nem se atreva a me tocar, se não sairá arrastado, também.

Ao contrário de Renner, Jordan estava achando tudo muito engraçado e ria, divertindo-se com a situação.

— Dá pra explicar, Iris?

Ela sorriu e Rener a achou muito fofa e engraçada.

— É a fantasia do meu novo game. Sou a Pierrina.

— Não seria Colombina?

— Seria, se o meu Pierrô não estivesse fora de combate, então a Colombina assumiu o lugar dele, entendeu?

Foi aí que Jordan se escangalhou de rir e perguntou, sem necessidade:

— Então, o Pierrô combalido é o Rener? Já quero jogar esse jogo.

— É sério que voce tá confraternizando com essa doida, Jordan? Ááááiiiii

Iris, ouvindo o gemido do marido, ficou preocupada em se aproximou para ver como ele estava.

— Ainda sente muita dor,eu amor?

— Preste atenção, Iris: eu quero que você vai embora e não chegue mais perto de mim nosso casamento está acabado, você só traz desgraça para minha vida desde que te conheci. Vá embora e não volte mais.

Ela cruzou os braços segurando o chicote ainda e olhando bem séria para ele, falou:

— Você não me engana, pode me escorraçar o quanto quiser, eu vou,mas eu volto, seu ingrato. Te amo e é isso que faz quem ama.

Os técnicos entraram com o maqueiro, para levá-lo para a cirurgia e Jordan e Iris saíram do quarto. Logo, Rener estava seguindo para a sala de cirurgia e os dois voltaram para o quarto.

— Ele foi para a cirurgia, o médico acja que encontrou o problema,as na verdade, só abrindo para ver o que é de verdade. — explicou Jordan, a uma Pierrina preocupada.

— Eu preciso voltar para o escritório, hoje é o dia D, vou pegar aquele Soren de jeito e também preciso estar no escritório da minha empresa, quando Ivan tentar entrar.

— Você sabe que Renner não quer você por perto, para protegê-la, não é? Então, não vá se pôr em risco, por favor.

— Ele que tire o cavalinho da chuva  pois não vou me afastar dele. Serei seu cão de guarda.

— Vestido assim você não passa nenhuma credibilidade. — disse ele, rindo.

— Você que pensa, espera meu game sair, serei a nova Arlequina do pedaço.

— Agora sim, eu entendi, você é a irmã da Arlequina.

— Algo assim, seu bobo. Vou indo, volto a noite, ele querendo ou não e não se esqueça que sou eu que pago o seu salário.

— Uuunnhhh, ela tá malvada! — falou ele, rindo e movimentando as mãos para cima, ao lado do corpo.

Ela sorriu e saiu, indo para a empresa de Rener, esperar Soren. Jprdan admirava a perseverança de sua patroinha, era a pessoa mais linda que conhecia, não só por sua aparência, mas por sua simpatia e resiliência.

A cirurgia demorou um pouco e Rener ficou no CTI, até estar recuperado da anestesia e o médico verificar que ele não sentia mais as dores atrozes e voltou a ter os movimentos do corpo, então o levaram para o quarto.

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