Gigi andava pelo corredor como se estivesse dando um passeio no quintal.
Ela parecia totalmente despreocupada, olhando tudo ao seu redor e parecendo maravilhada.
"Nossa tudo aqui é tão diferente, em cada parede tem até as caixinhas pretas que grava tudo. Ainda bem que a tia já tinha explicado isso ou eu com certeza ia trepar nas parede pra ver de perto como funciona esse trem", pensou a jovem Gigi.
"No corredor a frente do lado esquerdo tem uma sala de emergência, vamos para lá Gigi." Lulu falou apontando para mostrar o caminho.
"Ô minina! Vocês ligaram pra polícia? Mesmo que não tenha, alguém deve ter feito isso já. Porque eles não chegaram aqui?" Gigi se lembrou de repente, pois Tânia fez a ligação, mas nenhuma autoridade chegou.
"Aqui na cidade tem alguma coisa que pode desviar as ligações que ceis faz do tal celular? Gigi perguntou e viu a criança também começar a pensar sobre o assunto.
"Esses corredor tá vazio e quieto demais da conta pra um lugar tão grandão. Deve ter mais gente presa nas outras salas." Gigi cochichou desviando a atenção de Ludmila.
"Chegamos..."
"Espere um tiquinho aqui... Tá com cheiro de sangue e remédio... deve ter alguém machucado aí dentro também." Gigi comentou e colocou a mão na maçaneta para abrir a porta.
"Tá fechada a chave." Gigi reclamou e bateu na porta dizendo. "Oiii!.Temo pessoas feridas e precisamos de remédio. E já vou avisá que mesmo que não quiser abrir posso arrombar a porta e entrar pra pegar o remédio também se.problema."
Lulu deu um facepalm próprio rosto e.pensou. "Quem nesse mundo é tão sincero para falar como pode agir na frente dos outros assim ao pedir ajuda?"
A pessoa idosa de dentro da sala riu alto e pediu a alguém para abrir a porta.
"Eita! Bóra entrar e pegar as coisas... " Gigi empurrou a porta e não percebeu que as pessoas dentro da sala que conseguiam se mover a olhavam com grande hostilidade.
"Tem algum médico aqui? Tem um homem que levou um tiro e uma tia que teve a cara e o corpo amassado de porrada pelos bandidos. Alguém sabe como ajudá ou que remédio aplicá até a polícia chegá aqui?" Gigi começou a falar rápido e isso acentuou o seu sotaque, o que fez as pessoas dentro da sala relaxarem um pouco.
Numa sala privada, do outro lado, um homem com cerca de quarenta anos, alto, rosto com feições bonitas e cabelos pretos, vestindo um terno caro na cor vinho, tinha um sorriso desdenhoso nos lábios ao olhar para os jovens inconscientes no chão.
Ninguém sabia se eles estavam vivos ou mortos.
"A operação falhou... Vamos"
"Reúna o pessoal para irmos embora e tranque todas as saídas depois."
O homem ordenou aos seus subordinados.
"Sim senhor!
"Apague as fitas de vigilância deixando para trás somente a daquela jovem esfaqueando o nosso irmão no peito."
"Que garota intrometida "
"Arrume tudo de uma forma para que ela possa ser acusada por assassinato e vá para a cadeia."
"Nós devemos isso a eles, já que nos ajudaram a entrar e sair desse lugar hoje."
O homem continuou a falar enquanto andava em direção ao estacionamento, seguido por seus seguranças.
Gigi não sabia que alguém tramava contra ela, mas se soubesse também não se importaria, pois nesse momento ela tinha algo mais importante para fazer.
Duas crianças estavam sentadas nos fundos da sala ao lado de um velho vovô protetor e observavam Gigi de longe.
"Lulu fique aqui e me espere."
"Vou lá buscar os outros, enquanto isso continue tentando chamar a polícia."
"Aquela minina ali parece sabê dos negócios que pode impedi as ligação. Ela tá mexendo na caixinha dela desde que entrei. Você pode chamá a polícia?
Gigi falou devagar com Lulu e para a garotinha ao lado do velho.
Vendo a garotinha acenar com a cabeça, concordando ela sorriu antes de sair.
O velho vovô ficou chocado ao ver a sua querida bisneta responder a uma pessoa estranha e realmente pegar o telefone e passar para ele.
Do outro lado, a chamada foi conectada e realmente era da delegacia de polícia.
Sem perder tempo, o velho explicou a situação ao atendente.
Não demorou muito e Gigi chegou em frente ao banheiro, mas também encontrou um casal batendo na porta gritando por uma tal Ana Maria.
"Ei! Quem vocês tá procurando? Ceis vieram donde?" Gigi perguntou com suspeita já levantando os punhos para lutar.
"Eu sou Ruan e sou médico e essa é minha amiga Paulínia. Estamos procurando por nossa amiga que saiu há algum tempo e não retornou. Viemos à procura dela depois que fomos avisados de que ela foi atacada, ela está... " Ruan explicou rápido pois viu que Gigi estava prestes a atacar os dois se fossem mais lentos e mentissem.
"Ok!"
"Tia abre a porta é a Gigi."
"Achei uma sala segura e tem um médico aqui que vai ajudá."
Gigi deu duas batidinhas na porta e gritou.
"Aí menina! Eles não estão nada bem."
"O sangramento do rapaz não para e parece que essa jovem senhora teve os ossos do rosto quebrados."
"Ela não consegue respirar direito, mas o sangramento parou."
A tia foi logo explicando assim que viu Gigi além de ficar aliviada por vê-la segura e bem.
"Tudo bem, tia! Bóra levar essa gente pra lá e cuidar deles."
Gigi falou e se abaixou para carregar o jovem baleado, como se fosse algum saco ela o jogou no ombro e falou. "Você aí pegue essa tia e vem atrás de mim com os outros."
"Vamos, tia! Tânia:" Gigi chamou e deu uma olhadela sinistra para Ruan que ainda estava parado no lugar.
"Sai da frente, tio. Deixa que eu levo essa tia já que parece que você não aguenta." O jovem Fábio falou e pegou Ana Maria no estilo princesa apressando os passos para seguir Gigi.
As crianças fizeram o mesmo deixando o casal de amigos um pouco atordoados para trás.
Quando chegaram à sala Gigi colocou as duas pessoas aos cuidados dos outros e pediu para alguém fazer um curativo no corte que Lulu tinha nas costas e tentou disfarçar todo o tempo embora sentisse dor.
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Atualizado até capítulo 72
Comments
Anna Livya Oliveira Vieira
mas mas bis bis bis
2023-09-10
3
Marsane
E ainda vem só com um capítulo e pequeno!!! Affff quanta frustração!!!
2023-09-10
1
Marsane
Porque demora tanto pra atualizar?
2023-09-10
2