A Pirralha Atrevida É Mimada Pelo Bilionário
Numa vila remota, há oito horas de voo de distância da capital, um par de pai e filha viveram juntos felizes por quase dezoito anos.
O cenário do lugar era lindo.
Com árvores altas, robustas e de folhas de inversos tons de verde, rosa e amarelo mostarda, a terra vermelha e fértil, um lago profundo de água cristalina que era o lar de diversos peixes, cercado por montanhas altas e imponentes e um desfiladeiro profundo.
Atrás das casas simples de madeira, com telhados frágeis de palha ou telha de barro, um longo rio cortava do lado oeste e parecia não ter fim em sua rota.
As pessoas da Vila Lin eram simples, diretas e amáveis.
Os moradores viviam principalmente da agricultura, da pesca e da venda de artesanato local.
A eletricidade chegou não muito tempo atrás, mas não trouxe grandes mudanças para o povo da vila Lin que continuaram a viver como sempre fizeram.
A vila inteira era como um paraíso na terra, sem interferência da tecnologia, costumes e vícios das cidades desenvolvidas.
A escola onde as crianças estudavam ficava na província, que estava há mais uma hora de distância dali.
Todos os dias pela manhã as crianças se levantavam cedo, e saiam em grupos para estudar.
Diego e Lígia (Gigi) se mudaram para a Vila Lin, quando Gigi ainda era um bebê de não mais de dois meses.
Os dias felizes, cheios de aventuras e histórias, com trabalho árduo e amizades, começou a chegar ao fim há seis meses.
Diego de uma hora para outra, de repente desmaiou durante o seu expediente de trabalho na província.
Querido por todos no serviço, foi imediatamente socorrido e encaminhado para o hospital por seus amigos e patrão.
O médico que o atendeu, apareceu uma hora depois com o diagnóstico que desconcertou a todos.
Diego tinha câncer de pulmão, em fase terminal.
Daquele dia em diante, Diego nunca mais deixou o hospital.
Hoje, quase seis meses depois...
Dentro do quarto simples do único hospital da província, Diego estava deitado em seu leito, quase no seu último suspiro.
Ao seu lado, uma jovem de apenas dezessete anos estava sentada, e segurava as suas mãos ossudas e cheias de calos com força.
"Filha! Papai sempre estará com você! Vá para a capital, a sua tia está à sua espera."
"Acredito que ela e a sua família a tratarão bem." Diego fez um grande esforço para falar, ele queria dizer mais algumas palavras, mas não tinha mais forças.
Diego, o homem de apenas trinta e nove anos, que outrora era forte e alto, agora após alguns meses, estava só pele e ossos, o seu corpo debilitado pela doença, estava cheio de tubos e aparelhos ligados a ele.
Olhando amorosamente para a sua querida filha Lígia, ele sentiu o seu coração doer por ter que deixá-la tão cedo, mas sentiu alívio por deixar os seus inimigos de sobreaviso..
A sua filha estaria segura, ela era o seu tesouro e toda a sua curta vida foi dedicada a criar a sua garotinha, desde que a sua "esposa" foi embora e os deixou para trás, logo após dar à luz.
Lígia era o seu sol, o seu ar e a sua luz. Após a desilusão amorosa, foi a sua criança que o fez lutar e viver.
A vida foi difícil para os dois, mas juntos todos os dias, eram os melhores
Os olhos do homem estavam vermelhos, e uma lágrima de tristeza escorreu bem no canto, quando os fechou silenciosamente.
O aparelho que monitorava os seus batimentos cardíacos, apitou
"Paizinho!" Lígia gritou.
"Paizinhoooooo!" Um grito desesperado de dor saiu da boca dela, mais uma vez.
O médico entrou e desligou o aparelho que ainda apitava, e olhou para a jovem que chorava baixinho, ainda segurando a mão do homem já morto.
"Gigi! Eu sinto muito! O seu pai se foi!" O médico disse, e se aproximou dela, dando um tapinha no ombro da jovem.
Após o enterro, Gigi entregou a sua casa e as suas terras de cultivo para o chefe da Vila cuidar, e saiu com a passagem de ônibus nas mãos.
"Menina cuide de você, não se deixe enganar por esse povo chique da cidade."
"Gigi! Não esqueça de nos visitar."
"Gigi se lá não for bom, volte e nós cuidaremos de você."
Os moradores da Vila Lin a acompanharam Gigi até a rodoviária, e se despediram.
Todos oravam para que a jovem Gigi estivesse segura e fosse bem recebida por seus parentes.
Gigi entrou no ônibus e olhou pela janela a paisagem passar, esse era o seu lugar, a terra onde cresceu e viveu até hoje.
Olhando para fora, ela viu o seu lugar, onde se sentia segura, ficando cada vez mais distante.
"Pai! Voltarei em breve para visitá-lo!" Prometeu Gigi.
O caminho na estrada era longo.
A viagem para a capital do país Z, duraria cerca de doze horas de ônibus.
"O pai pediu para a tia comprar uma passagem de avião, ele até enviou o dinheiro, mas a tia é tão mesquinha, e me enviou uma passagem de ônibus." Gigi pensou, quando lembrou da carta da sua tia, que chegou com uma passagem de ônibus.
"Imagino o quanto o pai sofreu com essa família." Gigi pensava, lembrando da história triste da vida do seu pai.
......
Na Capital do país Z
"Mãe, fale a verdade! A senhora vai mesmo trazer essa caipira para morar na nossa casa?" Uma jovem, alta e esguia com cerca de dezoito anos, cabelos longos e lisos, negros como breu, pele clara, com um rosto bonito e corado, perguntou com a voz cheia de desgosto.
"O seu tio nos ajudou muito anos atrás, e agora que ele faleceu, a garota está sozinha e ainda é menor de idade." A mulher falou suspirando.
"Mas mãe, eu não quero ser apontada pelos outros, como a prima de uma caipira." A jovem não desistiu de vetar a entrada de Gigi na sua casa.
"Filha, não se preocupe com isso, vou pagar o favor que a nossa família deve ao seu tio, dando a filha dele um teto para morar. O resto é com ela, afinal não podemos nos dar ao luxo de sermos vinculados a um caipira do interior." A mulher deu a sua palavra para a jovem.
"Lúcia não promete isso se não for cumprir. Você sabe que a nossa Mirela é mimada ao extremo." O senhor Augusto e tio de Gigi, alertou a sua esposa.
"Eu resolvi tudo essa semana, quando recebi a carta com o dinheiro que o meu irmão enviou."
"Comprei uma passagem de ônibus e enviei para a garota, e com o restante do dinheiro paguei dois meses de aluguel, num quarto de pensão para estudantes pobres, próximo a escola que a nossa filha estuda."
"A garota tem dois meses de sobra para arrumar um emprego e se sustentar. Claro que o meu irmão deve ter deixado algum dinheiro com ela que dará para viver até lá. "
Lúcia falou sem nenhum peso na consciência, ou senso de responsabilidade.
Pelo contrário, ela acreditava que já havia feito a sua parte para pagar o favor que devia a Diego.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 91
Comments
Alisa TorYos
Olha........
Não sei se existe, mas não existe uma lei que colocaria eles nas grades ou com uma multa altíssima esem a guarda dela por fazer isso.
Porque se não existe, deveria.
Alguém discorda de mim?......kkkkk
2024-08-15
0
Leydiane Cristina Aprinio Gonçaves
queria ver se fosse ao contrário ao invés dela está indo para casa do tio se fosse ao contrário fosse a Mirela que estivesse indo para casa da Gigi e do Diego se eles agiriam da mesma forma que os pais da Mirela estão agindo com a Gigi e esse pessoal é sujo seboso deixar uma menina de 17 anos no quarto alugado onde ela não conhece nada não merece a minha pena pelo contrário só a minha raiva 🗯️😠😠
2024-06-29
0
Ramá cassia
essa tia dela não presta, mulher nojenta só se acha porque é rica
2024-06-21
1