Capitulo 18 Rendição

Tio e sobrinho continuaram a discutir enquanto mobilizavam os seus homens para ir em todas as direções onde os criminosos poderiam usar para escapar.

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No salão Gigi não se importou com os olhares ou conversas das pessoas ao seu redor e se moveu rapidamente para o outro lado em busca de suspeitos ou feridos.

A família de três de Lúcia continuou a observar a jovem que mesmo suja de sangue e desgrenhada ainda era muito bonita e uma monstruosidade para eles.

"Aberração! Essa maldita garota tem exatamente o mesmo porte heróico daquele meu irmão morto infeliz."

Lucia resmungou entre os dentes.

Augusto tinha outros pensamentos ao ver a jovem Gigi.

"Caralho! Essa garota ainda está viva e bem?" Ele pensou.

"Augusto! Você não disse que havia dado as informações dessa garota para aquele homem?"

"Por que a vejo aqui agora sem um arranhão?"

"Espero que isso não traga nenhum problema para a nossa família."

Lucia cochichou com o marido.

"Mãe! Pai! Do que vocês dois cochicham aí? Mirela perguntou.

"Estamos apenas falando sobre essa situação absurda de hoje filha."

"Como pode acontecer de um lugar nobre e com segurança de primeira linha seja invadido dessa forma?"

"Continue ao nosso lado e fale baixo para que os bandidos não nos ouçam."

Augusto explicou e pediu ao mesmo tempo.

A sua resposta deu a entender para Mirela que o motivo pelo qual falavam um no ouvido do outro era por medo de atrair a atenção de alguém mal intencionado para eles.

Mirela sentiu medo e não disse mais uma palavra e seguiu Gigi com os olhos, ela estava irritada e disse de repente.

"Mãe! Eu vi aquela garota mais cedo lá atrás."

"Ela estava conversando com um grupo de homens suspeitos."

"Tenho certeza."

"Será que ela está envolvida nisso que está acontecendo aqui hoje?"

Augusto e a sua esposa ouviram as palavras da sua filha e tiveram a mesma ideia que a jovem.

"Quando a polícia chegar e nos perguntar se sabemos de algo, apenas diremos que essa garota é uma das suspeitas e que foi vista junto com os bandidos."

Sem saber que havia se tornado alvo da própria tia, Gigi continuou a andar e subiu as escadas em direção às salas privadas.

"Tem alguém aí? Olá!" Ela batia e perguntava com a voz alta.

Infelizmente não houve uma única resposta, mas num instante todos viram ela se virar e sair correndo escada abaixo.

"O que aconteceu?"

"Porque ela correu?"

"Que criança estranha."

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Por outro lado já ocorria uma luta de armas e punhos, entre o grupo dos bandidos e do mentor que tentavam escapar e os homens da polícia e de Lorenzo.

"Senhor! Deu merda! Todas as saídas estão cercadas e as portas pelas quais viemos foram travadas pelo hacker inimigo."

Um dos subordinados do homem falou.

O homem estava com tanta raiva que o seu rosto estava vermelho.

"Como acabou assim?"

"Quando foi que alguém ferrou o meu plano perfeito desse jeito?"

"Que azar!"

"Sim, deve ser isso! Foi só eu aceitar colocar aquela jovem filha do meu inimigo nesse esquema que perdi a visão do quadro geral."

"Tudo começou a ruir quando aquele bando de velhos e aquela caipira inútil filha de Diego lutaram com o meu povo certo?"

"Sim, foi isso!"

"Tal pai! Tal filha!"

"Dois filhos da puta!"

"O primeiro acabou com os meus planos quando era jovem e me fez ficar dez anos na prisão."

"Agora tive a chance de me vingar e fiz um plano perfeito para ter a minha vingança, mas quem diria que aquele infeliz já estava morto quando o encontrei."

"Mas graças a família Moreira soube da filha daquele homem e hoje seria o momento perfeito para fazê-la sofrer no lugar do seu pai, mas quem diria que uma simples caipira seria tão esperta."

"Diego! Ah! Diego!"

"O que diabos você ensinou a essa garotinha?"

O homem pensava enquanto se lembrava do passado e sentiu um pouco de arrependimento neste momento ao ver que mais uma vez ele seria preso.

Ou a prisão ou a morte.

"Pelo menos consegui pegar aquela Ana Maria."

"Mas ainda há muitos dos seus aliados que devem pagar por isso."

"Mesmo que hoje eu caia aqui, a organização não deixará ninguém escapar."

"Todos! Cedo ou tarde pagarão por nos deter naquela época."

"Ah! O que eles diriam se soubesse quem os traiu e deu à organização uma lista com os nomes de todos daquele esquadrão?"

O homem pensou e de repente começou a gargalhar como louco enquanto saia do carro com as mãos erguidas para se entregar.

"Abaixe as armas e se renda pessoal, antes que essa gente nos mate." Ele gritou para os seus homens.

Lorenzo e o capitão olhavam para o homem com olhos frios.

Em menos de trinta minutos os criminosos foram todos presos e levados a delegacia.

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Nesse tempo Gigi que havia ido embora retornou acompanhada de um menino que tinha entre dez e doze anos, mais duas crianças e um dos jovens que assim como ela carregava kits médicos de primeiros socorros.

"Hei! O que diabos vocês estão fazendo?"

"O que está acontecendo aqui?"

Isadora viu a aparência séria no rosto de Gigi quando retornou e gritou com os outros e para o seu pai.

"Gente! Dá um tempo e saiam da frente."

"Pai! Ajude eles."

"Tem alguma coisa errada."

Ricardo se aproximou de Gigi e no momento que ia perguntar no que podia ser útil o barulho alto foi ouvido.

Gigi chutou a porta que quase saiu dos batentes e balançava.

"Agora é com você, doutor!"

"É só dizer do que precisa quando atende os feridos e nós lhe traremos ok?"

Gigi olhou nos olhos do garoto e falou seriamente com ele, chocando as pessoas do lado de fora.

"Vocês aí!"

"Apenas pegue o que o menino pedir e ligue apressando os médicos."

Gigi disse e empurrou a porta que balançava para o lado encostando-a na parede.

As pessoas ficaram chocadas ao ver os cinco entrarem sem exitar na sala privada e não parecer nenhum pouco assustados com a cena diante dos seus olhos.

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