Capitulo 13 Pedido de ajuda

"De que bobagem você está falando, garota? Devolva já o meu microfone e dê o fora daqui," O apresentador disse irritado.

"Segurança! Segurança!" Ele gritou.

"Pai! A mãe... A mãe deve estar em perigo, certo? Ligue para Lorenzo e pergunte se ela realmente está lá. Vou tentar ligar para ela." Isadora não se importava em ouvir mais o que acontecia no palco, e sentindo um aperto no peito, pediu ao seu pai para fazer a ligação para o seu primo, enquanto ela mesma ligava para a mãe.

O rosto de Mirela ficou pálido quando ouviu as palavras da garota no palco principal, e com medo de ser descoberta, disse para os seus pais. "Mãe! Pai! Temos que sair daqui! Estou com medo! Quero ir embora!"

Vendo o rosto pálido da sua filha, Augusto se despediu brevemente de todos, pensando que ela havia ficado assustada com o que ouviu."

"Vamos Lúcia! Vamos voltar para casa. Olhe como a nossa filha está nervosa por causa das bobagens desses pobres." Augusto falava, enquanto saiam sem disfarçar o desdém e o aborrecimento para com a jovem no palco.

"Cala a boca velho! Se não acredita em mim, peça aos seguranças para verificar. Ou pensa que somente porque somos pobres, somos mentirosos?" A jovem com sardas falou ao microfone, após ver o tom preconceituoso do homem ao falar.

Enquanto os dois discutiam, Ricardo se levantou bruscamente da sua cadeira e puxando a sua filha para trás de si, gritou. "Pare apresentador! Chame a segurança para verificar se algo aconteceu e pare de discutir com uma criança."

"Garota você e o seu amigo aí, venham para o meu lado." Ricardo falou para a garota e ao jovem robusto, dando sinal para os seguranças o soltarem.

Vendo a atitude de Ricardo, vários pais e mães fizeram o mesmo, e caminharam para o lado dele, chamando não só os seus filhos, mas todos os jovens que estavam presentes no banquete.

Alberto, um amigo de longa data de Ricardo, se aproximou dele e perguntou. "O que você acha Rick? Será que tem alguma verdade nisso e estamos prestes a sofrer um ataque?"

"Não sei ao certo, mas algo de errado está acontecendo aqui."

"O meu sobrinho Lorenzo que deveria estar na sala privada com os seus amigos, recebeu um telefonema da casa da minha sogra, e pelo que sei ela foi atacada enquanto jogava cartas com as nossas mães e ele saiu para verificar."

"Mas é aí que a coisa parece errada para mim. Ana Maria saiu para entregar algo para ele, e pensei que do jeito que ela é, teria ficado com os jovens para bater papo, mas faz quase uma hora que Lorenzo saiu e disse não a ter visto mais." Ricardo continuou a falar, mas os olhares dos dois homens observavam tudo o que se passava ao seu redor.

"Mãe! Mãe! Onde a senhora tá?" Isadora depois de muito tentar falar ao telefone com a sua mãe gritou feliz, mas logo ela levou um susto, quase derrubando o telefone nas suas mãos no chão, mas Ricardo foi rápido e atento o pegou.

"Alô! Ana Maria!" Ele falou.

"Por favor, mande ajuda! Por favor!" A voz de um menino, sufocada pelo choro, pedia ajuda do outro lado da linha.

"Quem é você? E porque está com o telefone da minha esposa?" Ricardo perguntou.

"Senhor! Senhor! Acalme-se e me diga tudo o que aconteceu para eu poder mandar ajuda ok." Alberto pegou o telefone das mãos de Ricardo, pois conhecia bem o gênio explosivo do seu amigo, e como a ligação estava alta ele ouviu a conversa e perguntou tentando acalmar a pessoa.

"Coloque no viva voz Alberto!" Ricardo falou, sem saber do perigo que os cercavam.

"Senhor! Fale baixo e não deixe que outros escutem. Eu ouvi do líder deles, que no salão tem vários bandidos disfarçados." O jovem choroso cochichou ao telefone, mas ainda foi ouvido pelos pais que estavam mais próximos.

Ricardo e os outros pais e mães rapidamente olharam ao redor em alerta total, dando sinal para que Alberto conversasse em particular com o jovem.

"Senhor! Sou um dos calouros recém admitidos no colégio, e me chamo Luan Carmo de Souza. Pode confirmar."

"Eu cheguei mais tarde aqui, e enquanto peguei um bolinho para comer, me sujei e vim me limpar no banheiro, mas como não sabia onde ficava parei do lado errado do evento, bem onde fica os ricos e me deparei com uma senhora sendo atacada por um homem grandão."

"Esquecendo que sou fraco, fui tentar ajudar a senhora, que pedia ajuda desesperadamente para uma jovem que estava atrás, mas a garota correu, enquanto nós fomos levados e trancados aqui numa sala mais ao fundo."

"Mas a senhora era muito valente e quando fomos trazidos já haviam algumas pessoas presas, e o homem irritou-se quando ela foi tentar ajudar uma menina ferida e a espancou mais forte, fazendo ela desmaiar."

"O garçom que viu que o homem não tinha intenção de parar com a agressão, o confrontou e levou um tiro."

"Agora estamos aqui e os dois sangram muito, mesmo eu pegando a blusa de lã que a minha mãe fez e a minha camisa para pressionar o sangramento, ambos não param."

"Agora parece ter uma luta do lado de fora, e pensei em sair, mas somente a menina aqui quer ajudar enquanto os outros estão com medo."

"Se a gente sair eles vão morrer de hemorragia e se a gente não sair, eles morrerão por falta de socorro médico."

"Por isso precisamos de ajuda aqui!" O jovem Luan terminou de falar e chorou novamente.

"Pai! Eu vou lá atrás! Tem rastreador do celular da mãe com o meu, que ela fez eu baixar para saber onde estou." Isadora falou saindo de trás de Ricardo, quando Alberto terminou de contar o que o rapaz havia lhe dito.

"Não, Isadora! Isso é muito perigoso." Ricardo recusou.

"Eu irei com Carmen." Paulina a esposa de Alberto falou.

"Não acho que seja uma boa ideia mandar mulheres para lá, já que vamos concluir que estejam armados." Ruan, o marido de Carmen, foi contra.

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