Capítulo 19

Jason Coleman

Após receber a informação de um dos meus seguranças que eu mandei segui a minha futura esposa eu dei um pequeno sorriso ao saber que de fato ela havia conseguido ficar com a filha. Agora eu precisava fazer com que ela aceitasse a se casar comigo o mais rápido possível, e assim que o traidor voltar ela não precisar entregar a filha.

- Vovô o senhor está notando que o seu neto está sorrindo? – minha irmã disse, e eu a repreendi com um olhar, mas ela pouco se importava com o meu temperamento – aposto que não é foto de mulher pelada, porque isso ele está acostumado a receber.

- Respeite o seu irmão Jenna – repreendeu o meu avô fazendo a minha irmã bufar, mas ao mesmo tempo que ele me encarou curioso por cima dos óculos pendurados em seu nariz, o senhor Jordan que tem o nome de um adolescente era astuto, e sabia que algo estava acontecendo, no entanto não disse nada porque ele esperava que eu contasse, e de fato contaria pois eu precisava da sua aprovação.

- Eu vou me casar – soltei de uma vez no mesmo instante que a governanta da mansão vinha em nossa direção provavelmente para informar que o jantar seria servido – senhora Spencer, em dez minutos nós iremos.

- Sim senhor Coleman – concordou saindo de imediato, ela estava na família desde que eu me entendo por gente, sempre sabe dos segredos dos Coleman, mas agora eu queria ter a opinião do meu avô, e eu sabia que ela saindo evitaria que alguns funcionários escutassem atrás da porta como era costume fazerem quando ela não estava de olho em tudo.

- Eu não admito que qualquer mulher carregue o nosso sobrenome – bradou o meu avô, sua voz ainda era mansa, mas a questão do sobrenome era muito importante para ele – eu sei que eu falo muito sobre você arranjar uma esposa, mas não qualquer uma, para ser uma Coleman não precisa ser uma mulher com uma fortuna tão grande quanto a nossa, mas que tenha dignidade, ser honesta para mim já basta filho.

- Soube que ele recebeu uma visita no banco – disse a minha irmã – e garanto vô, que a Emília neta do senhor Lutero não é uma moça de caráter.

- Lutero sempre foi um homem honrado – meu avô defendeu o amigo e esperou que eu me explicasse

- Não vovô, não é a neta de Lutero, apesar de sim ela ter me feito uma visita hoje – confessei, e foi impossível não deixar um sorriso escapar quando me lembrei de Aurora invadir a minha sala me flagrando daquele jeito. Encarei os dois diante de mim e eles pareciam entender errado – eu vou me casar com Aurora Lenny

- Não é aquela que acabou de se separar? – indagou o meu avô, ele apesar de aposentado sempre estava antenado em tudo, dificilmente algum acontecimento passava sem que ele ficasse sabendo – sempre ouvi falar o quão inteligente a mulher era, e do dia para a noite sua empresa está despencando, vou procurar saber o que está acontecendo, talvez devêssemos comprar a holding, é um ótimo investimento, e com as ações despencando conseguiremos um ótimo valor.

- Não será preciso, como eu disse anteriormente, eu me casarei com ela – reafirmei, o meu avô passou os dedos pelo seu maxilar e o alisou como se estivesse pensando, ele provavelmente estava pensando sobre todas as informações que um dia já teve dela – eu a ajudarei a reconquistar a filha dela também

- E por que uma mãe precisa reconquistar a filha? – dessa vez foi Jenna quem perguntou não tinha muita coisa em seu olhar a não ser curiosidade e preocupação.

- Não sei exatamente o que aconteceu, mas o desgraçado do marido além de ser um traidor é um manipulador mis3rável e por isso está com a criança, pelo menos é o que eu acredito que seja

- E você vai se meter nisso? – indagou ela e eu encarei o meu avô antes de respondê-la, ele ainda estava pensando, mas me encarou atento

- Sim, eu decidi que ela é digna de ter o sobrenome Coleman, e sim, eu me casarei com ela – afirmei decidido, eu me importava muito com a opinião da minha família, mas eu não renunciaria a Aurora, não depois de ter prometido. Não depois de ter visto sua camada de fraqueza, ela parecia alguém que pedia socorro sem nem ao menos abrir a boca e proferir as palavras, por trás do olhar firme, eu conseguia ver um poço de tristeza.

De alguma forma eu sentia que deveria ajudar, talvez eu ajudasse a ela mais do que a mim com esse casamento, eu sabia que ela tinha aceitado pela filha e para se vingar do marido, mas eu não me importava, era uma acordo mútuo, um usaria o outro, era uma troca justa.

- Eu não tenho nada contra se é que você ouviria minha opinião, parece decidido demais – meu avô disse depois de um tempo em silêncio – Mas não quero ver o nosso nome vinculado a qualquer notícia negativa.

- Aqui no Instagram diz que eu vou ter uma sobrinha linda – minha irmã disse com o celular na mão, virou o aparelho e me mostrou que bisbilhotava a vida da minha futura esposa, em seguida ela sorriu e saiu curtindo tudo – ah que legal, vou ver um momento entre o meu estudo para irmos ao shopping, passear nos conhecer e estourar o cartão dos homens da minha vida.

Ela começou a fazer planos enquanto o meu avô parecia pensativo, ele ficava assim quando recebia uma notícia nova, ele não gostava que nada fugisse do seu controle, então provavelmente já estava traçando vários planos para mim e minha futura esposa.

Olhei o celular e ela não havia respondido minha mensagem, contudo eu sabia que ela tinha visto, não sei porque, mas eu tinha um sentimento bom em meu peito.

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