Capítulo 10

Jason

Não existe nada pior na vida do que encontrar pessoas que tentam te passar a perna, é tão falho de caráter que o cheiro que deixam por onde passam é de podridão. Desde o momento que o Robert Maximus entrou em contato comigo eu soube que ele não era um homem confiável.

Porque afinal, se ele traia a mulher que dormia em sua cama, que lhe acolheu, dividiu sua vida, fortuna, casa e empresa, em quem esse filho da put4 seria fiel? Eu não confiava nem em minha própria sombra, quem dirá em alguém como ele.

Mas cedo ou mais tarde eu teria que me casar, afinal, um banqueiro multibilionário precisa de estabilidade conjugal, e eu não queria qualquer uma, eu queria uma mulher que pudesse ser digna de usar o meu sobrenome, ela já tinha uma filha, era o suficiente para eu não sofrer pressão para ter o meu próprio herdeiro, sem contar que eu me vingaria de Robert por ter tomado o terreno que eu queria tão facilmente e tudo por um erro do meu pessoal no qual foram demitidos.

Além de tudo ainda veio até mim com uma proposta irrecusável de investimento, isso se eu fosse tolo, porém eu neguei e ele fez algo que eu acho inaceitável, falar de mim para os meus concorrentes, eu odeio mentiras

“Venha jantar hoje na mansão filho” Era a mensagem de meu avô no grupo que a minha irmã criou, coisas que uma jovem faria para me irritar.

“Será que um dia vamos conhecer uma companheira de Jay?” indagou minha jovem irmã Jenna e eu nem me dei ao trabalho de responder, apenas visualizei e fechei o celular esperando quem eu ansiava encontrar.

Assim que Aurora chegou fiquei assustado com o quão mais jovem ela parecia do que nas fotos, porém não demonstrei, ela também estava uma confusão de lágrimas e maquiagens, havia vestígios de que tentou limpá-las, porém falhou miseravelmente.

- O que quer dizer com case-se comigo? – indagou os olhos incrivelmente azuis assustados – o senhor por acaso está maluco?

Não eu não estava, eu queria deixar o meu avô despreocupado e a minha irmã sem motivos para me encher a paciência, eu precisava de uma influência feminina ao meu lado nos negócios, era como um jogo e todos saiam ganhando, menos Robert, é claro.

- Case-se comigo e terá tudo o que precisa para se vingar de seu ex marido – assegurei e ela me encarou por mais alguns minutos, eu gostava de mulher que me encarava nos olhos sem medo, sem pudor, era raro encontra-las pois a à maioria ficava entre me impressionar, me seduzir em busca de uma vida melhor ou fingir ser alguém que não era

- O seu objetivo é me usar para algo? – indagou ela desconfiada, em seguida se levantou – eu não sei quem ou o que o senhor pensa que é, mas eu não me vendo, se eu vou me vingar do meu marido, sim, eu vou com ou sem a sua ajuda, O SEU dinheiro eu preciso somente para pagar os funcionários e reerguer a minha empresa, e eu vou devolver cada centavo, mas não em troca do meu corpo.

- Então quer dizer que você nos fantasiou na cama? – sugeri e ela ruborizou ao mesmo tempo que mostrou indignação, fui lentamente em sua direção e a mesma continuou com o pequeno nariz arrebitado, era por isso que ela era a mulher ideal para carregar o meu sobrenome – Você tem dois dias apenas para me dar uma resposta.

- O senhor não me parece um homem paciente

- E é verdade, tem toda razão – concordei, estava tão perto dela que só agora deu para perceber a sua respiração pesada e o seu hálito mentolado – mas eu sei que você vai aceitar, você vai passar por aquela porta e vai dizer sim, eu aceito me casar com você.

- Talvez isso nunca aconteça – argumentou enquanto me encarava profundamente, era possível ver sua dor, isso era um dos motivos de no auge dos meus trinta e cinco anos nunca ter casado e muito menos me apaixonado – talvez eu só te ligue e mande o senhor a merd4, perdão senhor Coleman, mas não existe só o seu banco.

-Você sabe que eu sou a sua melhor alternativa – disse sem me importar com o seu insulto, coloquei as mãos no bolso da minha calça para evitar tocá-la – até dois dias senhorita Lenny, agora pode ir.

Eu sabia que pela filha ela seria capaz de tudo, até de aceitar se casar com alguém sem saber de nada sobre a pessoa, porém eu pouco me importava, poderíamos assinar um contrato, ela seguiria a vida dela, e eu a minha, o importante era que eu continuasse firme na minha posição de ceo, deixando o meu avô contente e o meu pai afastado e continuando o legado da família.

- Vanessa – chamei a minha secretaria que correu no meu escritório após a minha futura esposa sair – peça ao Marlon para vir até a minha sala.

Pedi para ela chamar o meu advogado, porque eu sabia que eu estava certo e que ela viria até mim o mais rápido possível, era só uma questão de tempo.