Capítulo 14

Aurora Lenny

Ontem após ver o sorriso vitorioso de Jason Coleman, o meu futuro marido, ele apenas disse que almoçaríamos juntos hoje e trataríamos do acordo de casamento, ele disse que eu poderia escolher algumas regras e ele ditaria a dele. é claro que eu ditaria, jamais deixaria que ele ditasse após o casamento o que eu tivesse que fazer, apesar de eu saber que em uma família tradicional como a dele eu sabia que teria algumas regras a seguir.

Primeiro que o meu ex marido vivia querendo aparecer em cada notinha da impressa que fosse possível, eu não gostava, mas ele dizia ser um bem necessário para a empresa. Já os Coleman podem ter notícias vazadas, mas nunca saem em fotos, a menos que eles queiram, o que nunca acontece, pois são reservados demais e odeiam qualquer tipo de exposição.

- Porque Anne não foi a escola Robert? – indaguei ao passar pelos portões da mansão, ele estava na entrada da mansão saindo também do seu carro, o maldit0 carro que eu o presenteei, sentia vontade de destruí-lo todo, mas isso ele poderia usar também contra mim – Robert, ela precisa ir para a escola, onde está a minha filha?

- Ela ainda está traumatizada com o que viu a mãe fazendo – disse o canalha se aproximando, apesar de estar perto dele confundir os meus pensamentos, não pude deixar de notar que o mesmo esqueceu o assunto que eu vou me casar, acredito que ele acha que eu estava mentindo – você precisa deixar ela esfriar a cabeça querida.

- Não me chame de querida seu cretino desprezível – rosnei vendo o seu sorriso zombeteiro, ele olhou no relógio e suspirou – Robert, ela é só uma criança, você não percebe que a nossa filha não está bem?

- Claro ela tem uma mãe viol3nta como ela vai ficar bem? – disse aproximando o seu rosto do meu, quando eu fui da passos para trás ele me segurou recusando o meu afastamento

- é isso que tem dito a ela? – indaguei encarando seus olhos escuros, como eu não vi que tinha uma escuridão devastadora ali? Ele chegou de mansinho no momento em que eu mais precisei, por conta do estudo, do trabalho, da pressão que eu colocava em meus ombros para ser uma boa filha, para me dar bem em tudo o que eu fizesse eu nunca pude ter amigas, na verdade algumas até se aproximaram, mas eu sempre acabava as afastando, era um convite para um barzinho que eu me recusava a ir para estudar, ou para fazer hora extra na empresa, eu queria mostrar serviço, queria mostrar que eu era merecedora da empresa, queria que o meu pai sentisse orgulho de mim. Tudo isso para no final eu me casar com um homem que me deu o mínimo de afeto possível e eu entreguei tudo a ele – nossa filha não é mais a mesma, ela já não é tagarela, já não rir ou conversa como antes.

- Quando você vai parar de lutar e aceitar que a culpa disso tudo é sua? – indagou trazendo sua mão para acarinhar o meu rosto, ele me prendia com o seu olhar e eu não conseguia me desprender – quanto mais cedo você se ajoelhar diante de mim eu te perdoarei.

- Você me traiu, roubou tudo de mim, por que eu deveria me ajoelhar? – indaguei

- Você me humilhou durante todos esses anos de relacionamento querida, é justo que rasteje por mim agora – ele só podia estar brincando.

- Você é tão desprezível Robert – acusei e me afastei dele passando pelas escadas que me levaria para dentro da mansão, eu vim para ver minha filha e eu iria vê-la – saia da frente vadi4 – exigi empurrando Edna que estava na minha frente na porta como se pensasse em me impedir de entrar, mas ela viu que eu não estava para brincadeira e logo saiu. Subi as escadas forçando em não me lembrar que essa era a casa da minha família. Entrei no quartinho de Anne e logo a encontrei deitada na cama, assim que me viu ela se sentou, me aproximei do seu pequeno corpo e a abracei – oi meu amor.

- Oi mamãe – disse baixinho, seu semblante triste me doía na alma, a vontade de chorar ardia os meus olhos, ela não era mais a minha menina alegre.

- Onde está Nana? – indaguei ela deu de ombros – Ela tem cuidado de você?

- Papai disse que Nana foi embora – disse, mas eu não acreditei, Nana me prometeu que ficaria e cuidaria de Anne, depois eu ligaria para perguntar o que houve, até porque ela não me ligou, e nas vezes que eu liguei e não era atendida pensei ser porque o casal de dragão estava por perto

- Você não quis que o seu pai fizesse o quarto do mesmo jeitinho? – indaguei vendo que tinha poucas coisas infantis ali, mas o restante da casa estava exatamente igual, eu havia levado algumas de suas coisas porque eu a teria de volta

- A senhora não é mais malvada? – foi impossível evitar que uma lágrima escapasse, eu a apertei contra os meus braços e beijei os seus cabelos.

- Mamãe já machucou você alguma vez? – indaguei e ela rapidamente negou – mamãe já gritou alguma vez antes daquela noite? – negou novamente – mamãe estava muito triste e fez uma coisa idiota, por isso quando estamos com raiva ou triste não podemos fazer coisas bobas porque machucam as pessoas, e a mamãe já aprendeu a lição, não vou mais fazer, eu prometo.

- Acho que você precisa ir para o trabalho querida – Robert disse encostado na soleira da porta, ele estava claramente me expulsando enquanto se fazia de bonzinho na frente de Anne. Mas essa situação duraria em pouco tempo, porque hoje mesmo eu exigiria do meu futuro marido o melhor advogado do país e em menos de uma semana eu teria a minha filha em meus braços.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***