Toda decisão tem sua consequência PT 1

...Sam King...

Eu o olhava sem acreditar, estava sem palavras, não acredito que ele teve coragem de vir aqui. O homem velho aponta a arma para a minha barriga e me puxa para o jardim e escuto os passos rápidos do Henry atrás de mim

No jardim, o Alaster se encontrava a minha frente, com a arma apontada para minha cabeça. Minhas mãos estavam em rendição, e  Henry preocupado ao meu lado

— Vou acabar com isso, matando você tudo acaba, é, a dor vai embora, simples assim.

Ele parecia fora de si, tremendo e com os olhos perdidos, porquê estava assim?

— Alaster? O que aconteceu com você?_pergunto tentando ganhar tempo_

Caminho em sua direção calmamente e Henry se esgueirava lentamente para trás do mais velho

— Você, foi você, você matou ela!!! Você matou ela, você merece morrer!?_grita colocando o dedo no gatilho me fazendo parar_

— Quem eu matei Alaster?_pergunto tentando ganhar tempo_

— Mary, minha Mary, você matou minha Mary?!_grita_

Mary?!

— A Mary?! Deus Alaster, eu nunca tocaria na Mary!! Você sabe disso!!_respondo voltando a caminhar em sua direção_

Olho para Henry e faço um sinal para que pare

— Você... você está me manipulando, você a matou!!_seus olhos se enchem de lágrimas_

— Ah meu amigo, eu nunca faria isso. Eu amava a Mary, nunca tocaria nela._respondo suspirando_ Quem disse que eu a matei?_seguro a arma em sua mão, a abaixando e ficando a centímetros do homem a minha frente_

—O....O...Matheus me disse, eu, eu, eu acreditei, minha Mary, se foi, eu não tenho mais ninguém, não posso viver sem minha Mary.

Seus olhos vão de encontro aos meus, lágrimas descem sem controle dos seus olhos. Tiro a arma de sua mão e a jogo longe e levanto meus braços em forma de um abraço, o mesmo cai de joelhos e abraça minha barriga.

Me sento na grama e o abraço, seus soluços altos me quebram, suas lágrimas molhavam meu ombro

— Por que eu acreditei!? Eu só queria alguém para culpar, eu só... Queria que a dor parasse!!_diz entre soluços_

Acaricio suas costas

— Eu sei Alaster, está tudo bem!! Não estou brava com você. Eu vou descobrir com fez isso com a tia Mary, e acabarei com ela, vou vingar a tia, eu prometo!!_falo determinada_

Ele me olha, com um olhar de súplica

— Perdão, perdão, perdão, minha filha, eu não, eu não pensei... eu só... Deus eu apontei uma arma para sua cabeça!?_fala desesperado_

O aperto mais em meus braços

— Está tudo bem. Você podia fazer isso, se eu estivesse protegendo vocês isso não teria acontecido. Você tem o direito de fazer isso._minha voz sai embargada_

Respiro fundo controlando a vontade de chorar, Mary foi como uma mãe para mim, mas tive que me afastar um pouco, já que estava cuidando do Henry. Eu soube de sua morte, paguei todas as despesas mas não pude me despedir, é compreensível a raiva do Alaster, não tive o total respeito por sua amada.

— Não não não.

— Ei tio.

Ele me encara espantado

— Está tudo bem._sorrio de forma sincera_ Eu me diverti. Está tudo bem. Eu juro titio.

Seus olhos se arregalam e o sorriso mais lindo aparece em seus lábios, ele adorava quando o chamava de titio, desde criança, era rara as vezes que eu falava, então, ele aprendeu a apreciar todas elas.

— Desculpe minha filha, desculpe esse velho doente.

Pede abaixando a cabeça envergonhado, eu sei que ele não está muito bem de saúde, depois da morte da tia Mary ele tem estado muito doente, eu pago todas as despesas mas aparentemente ele continua em declínio.

— Eu sempre desculparei e cuidarei do senhor, eu prometo titio.

O aconchego em meus braços e olho para o Henry sério.

— Henry? Preciso que ligue para o Dean, Alaster não pode ficar aqui.

Ele afirma e logo pega o celular fazendo a ligação, ainda abraçada ao Alaster o escuto sussurrar algo

— Esse é o Winchester não é minha filha?!_me pergunta sério_

Respondo com sim com pura confusão em meus olhos

— Como conhece ele?_sussurro para o mesmo_

— já o vi, não me lembro a data mas já o vi em Moscow minha filha.

Moscow!? Por quê o Henry iria a Moscow? Ele não tem nenhum afiliado lá. Meus olhos vão para Henry, ele já estava guardando o celular, não estava irritado, nem nervoso, mesmo sabendo quem eu sou não demonstra nada.

O que o John ensinou pra ele!?

— Tudo bem Sam?_pergunta vindo em nossa direção_

— O Dean está Vindo?!_pergunto séria_

— Sim, chega em alguns minutos. Você está bem?_pergunta se abaixando e ficando na minha altura_

— desvio de seu olhar —  Sim, estou ótima.

Henry se levanta desconfiado e se senta num banco a minha frente apontando para o lugar ao seu lado, Eu apenas nego com a cabeça.

Espero o Dean por alguns minutos e o vejo vir em minha direção preocupado.

— Olhe quem está aqui tio.

Aponto para o Dean vindo e Vejo Alaster abrir um sorriso se levantando, ele caminha em direção ao Dean que ao o ver abre os braços.

— Como é bom revê-lo tio, como você está ham? Fiquei sabendo que tentou matar a minha irmã. Ela é bem irritante mas não merece morrer agora tio.

Dean fala com um sorriso travesso fazendo o velho em seus braços rir

— Vamos tio, o levarei a um lugar seguro e bom, tudo bem?

Alaster acena com a cabeça e se vira para mim

— Me desculpe de novo minha filha, e tome cuidado!!_diz com preocupação_

Aceno com a cabeça

— Eu sempre tenho. Tenha cuidado também!!!_digo e vou na direção do carro de Dean_

Vejo Henry me seguindo e paro

— Volte para dentro. Isso é um assunto de família, tudo que você quiser saber, vai saber depois.

Falo sem espaço para discussão

— Eu vou junto, você mentiu pra mim por três anos, o que não a impede de fugir agora?_diz com raiva_

Me aproximo do mesmo e o encaro

— Não foi só eu que menti por três anos. Não é?

Henry me fita, pela primeira vez sem reação, nem irritado, nem surpreso, o que arranca um sorriso satisfeito dos meus lábios.

— sorrio — Sabia.

Me viro e volto a caminhar, seu olhar queimava minhas costas.

Paro ao lado da janela do Dean

— Cuide bem dele, Deixe-o em um lugar seguro, depois vá pra estrela, pode fazer isso?

Dean suspira

— Devo arrumar as coisas?

Afirmo com a cabeça e Dean logo avança com o carro. Suspiro e eu volto para o jardim, pego a arma no chão e dou um tiro. Sei que muitos não vão escutar mais as pessoas que eu quero vão.

Escondo a arma em minha roupa e entro triunfantemente no salão, Henry e Matheus estavam com os olhos vidrados na entrada do jardim, Henry me fita com certo alívio, porém, não posso dizer o mesmo de seu amigo

Me sento em minha cadeira elegantemente e me apoio na mesa

— O que foi? Porque estão me olhando assim?

Matheus, tremendo, pega o celular fazendo menção de se levantar

— Eu se fosse você não faria isso._aviso o encarando_

Matheus me olha confuso

— O que!?

— Sente-se Matheus. Não quer que o pequeno Kal tenha problemas, ou quer?

Seu rosto muda de confusão para pânico em segundos

— Impossível, tenho seguran..._corto sua frase_

— Não, não tem mais. Inclusive devo dizer que os seus seguranças eram péssimos, estou lhe fazendo um favor, agora, sente-se.

Tremendo o mesmo se senta como eu pedi

— Sam, o que pensa que está fazendo?_Henry pergunta_

— Estou fazendo com que os outros que tentam entendam de uma vez por todas o que acontece quando tocam na minha família.

Me inclino na direção do homem negro assustado

— Você mexeu com a minha família. Eu vou matar você, você será o exemplo, isso é inevitável, a tortura por outro lado pode ser evitada._Cruzo os braços_ Só basta ser inteligente e me dizer o que eu quiser saber.

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