Capítulo 2 - Dean

O êxt*se também tomou conta de Dean, que pulsava deliciosamente dentro de Maya, até se render às sensações do físico.

Depois do amor, ela se deitou com a mão pousada sobre o peito dele, que a mantinha ao lado com o braço ao redor da cintura.

Maya jamais sentira coisa parecida. Os corpos deles pareciam combinar perfeitamente. O se*o foi uma espécie de balde cheio de emoções intensas.

Ela sorriu sozinha ao se perceber feliz, totalmente relaxada e realizada. Realmente podia desabar, apaixonada e sem pensar em nada, nos braços daquele homem. Se é que já não estava apaixonada!

Levando em conta o comportamento desinibido em relação em Dean, ela achava que podia ser o caso.

Que seja. Maya se sentiu mais íntima dele do que jamais se sentira, e se perguntou o que o futuro lhes reservava. Eles passariam o dia juntos? Era domingo, por isso nenhum dos dois precisava trabalhar.

Talvez tomassem o café da manhã juntos? Antes de fazer amor. Então talvez fossem passear num parque da vizinhança. Antes de fazer amor. E depois eles podiam...

Maya, exausta e feliz, adormeceu.

Ao lado dela, Dean estava deitado, insone, com o corpo plenamente satisfeito, mas a mente totalmente desperta.

Maya Jones era linda e desejável, e se entregou a ele de um modo totalmente desinibido que ele considerou irresistível.

Mas era a falta de controle dela que o alertou de que precisava resistir. As algemas de seda de qualquer mulher e aquela união confortável que mantinha uma pessoa presa até que ela não se reconhecer mais. Isto não era para Dean.

Nunca mais. Foi assim que toda a lembrança de dor e sofrimento dos quais ele tentara se livrar naquela noite voltaram.

E ainda por cima Maya era funcionária dele. Intocável, na verdade. Se bem que Dean fizera muito mais do que simplesmente tocá-la!

Ele criara uma situação que sempre evitara no passado.

Desde o divórcio, há dois anos, conhecera várias mulheres, bebera vinho e jantara com elas, levara-as para a cama e saíra sem maiores arrependimentos.

Nenhum dos relacionamentos durou o suficiente para criar qualquer tipo de laço, muito menos um elo emocional. Mas com uma funcionária, algo que Dean sempre soubera e por isso evitara, seria um pouco mais difícil de escapar.

Mas ele escaparia de qualquer jeito. Fugiria e não se arrependeria.

Dean não sabia muito bem o que faria em relação ao fato de Maya trabalhar para ele. A saída mais fácil seria dispensá-la.

Mas não lhe parecia justo que ela perdesse o emprego porque fora para a cama com ele. Na verdade, a maioria das mulheres pensaria que seus empregos estariam mais garantidos depois de ir para a cama com o chefe!

Dean se virou um pouco para poder observá-la enquanto Maya dormia em seus braços. Teria sido por isso que ela se entregara com tamanha boa vontade para ele na noite anterior? Foi por isso que Maya voltou ao apartamento e fez amor com ele?

Se fosse isso, seria uma surpresa e tanto!

Ninguém, nem nada, era capaz de segurar Dean Maxwell, muito menos uma sereia de cabelos loiros e olhos dourados.

Maya quase sentiu vergonha ao entrar na cozinha ultramoderna, algumas horas mais tarde.

Ao acordar sozinha, na enorme cama de casal de Dean Maxwell, tendo as roupas de cama desarrumadas como uma prova do se*o fogoso que acontecera ali tanto na noite anterior quanto naquela manhã, mais cedo, como se Maya precisasse de alguma prova, ela pegou as roupas espalhadas, foi para o banheiro luxuoso, tomou um banho e se vestiu antes de procurar por Dean.

Ele estava ali, na cozinha, de costas para ela e fazendo café, usando calças largas e uma camiseta preta para esconder a nudez.

Maya olhou para Dean e ficou observando o movimento dos músculos das costas enquanto ele se movia, o cabelo castanho, um pouco grande, sempre penteado.

Com 38 anos, 12 a mais do que os 26 de Maya, Dean era sem dúvida alguma o homem mais lindo que ela vira. Perfeito, lembrou-se, ficando ruborizada.

Sem nem um grama de carne a mais no corpo, e com mãos, que a acariciaram com tanto cuidado, grandes e com dedos finos.

E Dean fazia amor com uma arte que demonstrava uma experiência à qual ela estava longe de igualar.

Claro que ele fora casado. Por cinco anos, de acordo com Kate, outra secretária da galeria.

Maya descobrira isso depois da segunda visita-relâmpago de Dean, há três meses, quando ele gritara com todos antes de desaparecer novamente a caminho de aterrorizar a equipe da galeria de Paris.

Kate explicara que Dean podia ser assim às vezes, e que houvera um filho do casamento dele, um menininho que morrera com quatro anos apenas.

A morte da criança precipitara o rompimento e o divórcio dos pais, há dois anos, e às vezes ainda empurrava Dean Maxwell para um inverno de emoções sombrias do qual não conseguia escapar.

Sem se surpreender, Maya realmente não podia imaginar nada mais traumático do que a morte de uma criança.

Mas estas informações intrigantes a respeito do patrão apenas fizeram aumentar o interesse por aquele homem enigmático.

Ela o observava, escondida, quando ele visitava a galeria.

Maya o vira triste e carrancudo durante aquela segunda visita, depois sorrindo raramente e uma vez gargalhando, o que aliviara as linhas de expressão do rosto forte, tornando-o quase um garoto.

Exceto, claro, pela dor profunda que nunca desaparecia daqueles olhos azuis.

Dean aparecia de vez em quando no trabalho, trazendo energia e vitalidade, inspirando as pessoas ao redor com aquela intensidade, fascinando e intrigando Maya, antes de desaparecer mais uma vez, levando toda aquela vitalidade com ele.

Mas nunca, nem nos sonhos mais ousados dela, Dean a convidaria para jantar e passar a noite com ele em seu apartamento.

Ele percebeu a presença de Maya antes mesmo de ouvi-la entrar na cozinha.

Sabendo que ela estava ali, parada à porta, em silêncio, atrás dele, enquanto continuava a preparar o café, Dean atrasava ao máximo o momento em que teriam de conversar.

Conversar era algo de pouca utilidade depois que se passava a noite com uma mulher.

Para ele, a manhã seguinte sempre era a pior parte dos relacionamentos breves e sem sentido que tivera antes e depois do divórcio.

Conversa-se sobre o quê, meu Deus? O tempo? Sobre quem vai ganhar o campeonato de tênis este ano? Ou o torneio de golfe dos Estados Unidos?

Nada disso era assunto para depois da noite de amor!

Mas a alternativa era discutir se eles se veriam de novo, o que era praticamente inaceitável para Dean.

Especialmente nesse caso. Agora ele sabia que cometera um grande erro ao se envolver com Maya Jones e, certamente, não pretendia consertar a situação fingindo que este relacionamento, um caso à toa?, tinha qualquer futuro.

Ah, bem, hora de encarar a platéia, concluiu Dean com impaciência, virando-se para Maya.

Quanto mais cedo se livrasse daquilo, mais rápido poderia voltar à velha vida.

Maya estava vestida outra vez com a blusa de seda preta e calças justas, também pretas, que usara no dia anterior.

O cabelo lhe caía sobre os ombros e a maquiagem tentava, sem muito sucesso, esconder o tom ligeiramente avermelhado do rosto, nos pontos onde a barba de Dean a intensidade daqueles beijos arranharam a pele delicada.

Dean não iria por este caminho! Chega de pensar em como aquela mulher fora intensa e desejosa nos braços dele! Do contrário, acabaria levando-a para cama outra vez.

— Pronta para partir?

Perguntou.

— Ou gostaria de uma xícara de café antes?

Ele estendeu-lhe a cafeteira.

Maya fez uma careta para a falta de sensibilidade de Dean. Ele mal podia esperar para se livrar dela, não é?

Que tolice imaginá-los passando o dia. juntos, conversando, rindo e fazendo amor de novo...!

— Eu... Acho que não, obrigada.

Recusou Maya, imaginando se Dean realmente esperava que ela saísse agora que a noite havia acabado.

Fez-se um silêncio constrangedor.

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Comments

Minha Opnião

Minha Opnião

Babaca

2023-12-14

0

Marta

Marta

Que filho da mãe! Uma mulher sensata iria embora sem olhar para trás.

2023-05-24

6

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