Capítulo 20 - A Verdade -> Parte 2

— Acho que uma bebida cairia bem, Maria.

Ofereceu Dean.

— Henry?

— Talvez um cálice e conhaque.

Aceitou o pai de Maya, agradecido.

Pelo que ela sabia, o pai só bebia conhaque quando es­tava doente ou preocupado; ao olhar para ele, era fácil perceber que, desta vez, Henry estava preocupado.

— O que houve de errado?

Perguntou Maya de novo, agora que as bebidas estavam servidas e que todos se en­contravam sentados na sala de estar.

A mãe suspirou, trêmula.

— Nós devíamos ter contado no fim de semana.

Dis­se, toda nervosa.

— Seu pai queria contar naquele dia.

Ela sorriu sem graça.

— Mas pedi que não dissesse nada. Agora percebo que ele estava certo. Nós devíamos ter contado há muitos anos.

— Maria balançava a cabeça de maneira triste.

— Contar o quê?

Insistiu Maya, ansiosa, ficando mais e mais tensa a cada segundo.

Dean se colocou em pé, atrás da poltrona dela, apoiando-a em silêncio, quisesse Maya aquele apoio ou não.

E ela, provavelmente, não queria, pensou Dean, sério, mas ele o ofereceria de qualquer jeito!

— Sobre a sua mãe.

Disse Henry, assumindo o con­trole da conversa.

— Minha... Mãe?

Repetiu Maya, baixinho Dean estranhou que a conversa fosse sobre a mãe de Maya.

Ele estava certo de que falariam sobre Jack Garder, diante da reação dos pais de Maya no fim de semana.

O que a mãe dela tinha a ver com Jack Garder?

Além do mais, Henry e Maria tinham dito, no sábado, que não conheciam a mãe dela!

Não... Dean de repente entendeu. O que Henry dissera, na verdade, foi que o nome do pai de Maya jamais fora mencionado.

Naquele momento, Dean achava que Henry estava sen­do dúbio agora ele entendeu por quê!

— O que vocês sabem a respeito da mãe dela?

Per­guntou sério.

— Por favor, Dean..

Maya virou-se para ele, implo­rando.

— Deixe... Deixe que me contem tudo no ritmo deles.

Maya tinha a sensação de que sabia ao menos em parte o que os pais lhe contariam, assim como sabia que eles co­nheciam a ligação da sua mãe biológica com Jack Garder, e não com Andre Souter.

Provavelmente também sabiam o nome dela.

O que Maya não entendia era por que eles manteriam tal coisa sob segredo, já que sempre foram abertos a todo tipo de assunto e a criaram para agir da mesma forma.

Deviam ter uma boa razão para não lhes contar sobre sua mãe biológica. Como Maya vira o quadro, com toda aquela exuberante

sensualidade, podia ao menos arriscar o motivo.

— Você pediu o histórico médico dos pais biológicos da Maya no sábado, Dean!

Relembrou Henry.

— Na oca­sião, eu lhe disse que não tinha a menor idéia. Não era exatamente verdade. Nós realmente não sabemos nada sobre o pai biológico de Maya.

A voz ficou ligeiramen­te mais dura.

— Mas agora que sabemos que Maya está grávida, nós...

— Sua mãe morreu durante o parto, Maya!

Disse Maria, emocionada.

— Ela era tão pequena, tão delicada, e eles não puderam fazer nada para ajudá-la. O parto foi terrivelmente complicado. E ela morreu e o bebê sobrevi­veu. Você sobreviveu.

Lágrimas surgiram e escorreram daqueles olhos castanhos cheios de sofrimento.

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