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— Acho que uma bebida cairia bem, Maria.
Ofereceu Dean.
— Henry?
— Talvez um cálice e conhaque.
Aceitou o pai de Maya, agradecido.
Pelo que ela sabia, o pai só bebia conhaque quando estava doente ou preocupado; ao olhar para ele, era fácil perceber que, desta vez, Henry estava preocupado.
— O que houve de errado?
Perguntou Maya de novo, agora que as bebidas estavam servidas e que todos se encontravam sentados na sala de estar.
A mãe suspirou, trêmula.
— Nós devíamos ter contado no fim de semana.
Disse, toda nervosa.
— Seu pai queria contar naquele dia.
Ela sorriu sem graça.
— Mas pedi que não dissesse nada. Agora percebo que ele estava certo. Nós devíamos ter contado há muitos anos.
— Maria balançava a cabeça de maneira triste.
— Contar o quê?
Insistiu Maya, ansiosa, ficando mais e mais tensa a cada segundo.
Dean se colocou em pé, atrás da poltrona dela, apoiando-a em silêncio, quisesse Maya aquele apoio ou não.
E ela, provavelmente, não queria, pensou Dean, sério, mas ele o ofereceria de qualquer jeito!
— Sobre a sua mãe.
Disse Henry, assumindo o controle da conversa.
— Minha... Mãe?
Repetiu Maya, baixinho Dean estranhou que a conversa fosse sobre a mãe de Maya.
Ele estava certo de que falariam sobre Jack Garder, diante da reação dos pais de Maya no fim de semana.
O que a mãe dela tinha a ver com Jack Garder?
Além do mais, Henry e Maria tinham dito, no sábado, que não conheciam a mãe dela!
Não... Dean de repente entendeu. O que Henry dissera, na verdade, foi que o nome do pai de Maya jamais fora mencionado.
Naquele momento, Dean achava que Henry estava sendo dúbio agora ele entendeu por quê!
— O que vocês sabem a respeito da mãe dela?
Perguntou sério.
— Por favor, Dean..
Maya virou-se para ele, implorando.
— Deixe... Deixe que me contem tudo no ritmo deles.
Maya tinha a sensação de que sabia ao menos em parte o que os pais lhe contariam, assim como sabia que eles conheciam a ligação da sua mãe biológica com Jack Garder, e não com Andre Souter.
Provavelmente também sabiam o nome dela.
O que Maya não entendia era por que eles manteriam tal coisa sob segredo, já que sempre foram abertos a todo tipo de assunto e a criaram para agir da mesma forma.
Deviam ter uma boa razão para não lhes contar sobre sua mãe biológica. Como Maya vira o quadro, com toda aquela exuberante
sensualidade, podia ao menos arriscar o motivo.
— Você pediu o histórico médico dos pais biológicos da Maya no sábado, Dean!
Relembrou Henry.
— Na ocasião, eu lhe disse que não tinha a menor idéia. Não era exatamente verdade. Nós realmente não sabemos nada sobre o pai biológico de Maya.
A voz ficou ligeiramente mais dura.
— Mas agora que sabemos que Maya está grávida, nós...
— Sua mãe morreu durante o parto, Maya!
Disse Maria, emocionada.
— Ela era tão pequena, tão delicada, e eles não puderam fazer nada para ajudá-la. O parto foi terrivelmente complicado. E ela morreu e o bebê sobreviveu. Você sobreviveu.
Lágrimas surgiram e escorreram daqueles olhos castanhos cheios de sofrimento.
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Atualizado até capítulo 24
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