Ela saiu, foi para o seu apartamento, por algum motivo estranho sentiu uma enorme vontade de chorar
ao pensar que Hebe e Guilherme teriam um filho, Catherine abriu seu notebook, tinha um e-mail do hacker “me avise quando eu puder te ligar”, ela foi até o seu telefone, discou 2020 e ele atendeu com a voz normal:
- Alô?
- O que você quer? – perguntou a voz familiar que parecia estar chorando.
- Catherine? – agora com sua voz modificada.
- Não\, não sua admiradora secreta.
- Você está bem? Está chorando?
- Estou – ela respondeu e começou a soluçar.
- O que aconteceu? O cara que você saiu fez algo com você?
- Ah não\, Tom é maravilhoso – ela respondeu tentando se explicar – É difícil dizer\, eu tenho 20 anos não deveria chorar por essas coisas – e continuou a chorar.
- Que coisa? Fala de uma vez!
- Minha madrasta está gravida e eu estou com raiva – chorou.
- Ah... Acho melhor deixar você com sua tristeza...
- Nem pense nisso\, eu não quero ficar sozinha!
- Certo\, eu descobri que quem falava da lenda para Clarice era Roberta\, consegui recuperar algumas conversas das mensagens antigas da Roberta.
- E o que fazemos com essa informação?
- Como eu disse que preciso que você dê um jeito de conhecer Denis\, antes disso vai ter quer se aproximar da irmãzinha e tentar saber de mais coisas.
- Está bem...
- Vamos trabalhar.
- Eu disse que não queria ficar sozinha\, podíamos trabalhar ao telefone?
- Achei que minha voz te assustava.
- Depois de ter visto a foto do urso pela mensagem\, até que não te acho mais tão assustador.
- Não tem muitos amigos\, não é?
- Não...
- Bom também não...
- Ser sua amiga vai ser como ser amiga de um robô.
- Ser seu amigo não vai acontecer\, só tratamos da investigação.
- Acho que isso está bom pra mim.
- Pra mim também...
Os dois trabalharam até quase o nascer do sol pelo telefone, pouco avançaram e por isso foram dormir, de tarde quando Catherine estava almoçando, Iasmin mandou uma mensagem:
- Você pode ir comigo ao shopping?
- O que devo a esse convite repentino? Achei que não gostasse de mim.
- Eu não gosto de fazer comprar sozinha\, Roberta está ocupada e Louise vai me obrigar a usar algo que não quero\, você me pareceu ter um bom estilo.
- Vou com você.
- Me encontre no shopping em quanto tempo?
- 30 minutos?
- Está ótimo.
Catherine foi de ônibus até o shopping, Iasmin a esperava na porta de entrada do shopping, parecia triste e
seu cabelo estava um pouco bagunçado.
Tímida Catherine a cumprimentou:
- Olá.
- Oi... Até que você é bem pontual.
- Obrigada.
- Bem\, vamos a minha loja preferida – Iasmin disse um pouco desconfortável indo em direção das escadas rolante.
- E qual é a ocasião? – perguntou Catherine curiosa.
- A turma da faculdade e da escola querem fazer um tipo homenagem para minha irmã\, também é uma forma de protesto para acelerar a polícia na investigação... Juntaram dinheiro e alugaram uma casa bem grande para esse dia... Será na próxima sexta à noite.
- Que legal da parte deles...
- Mais ou menos\, meus pais não vão\, minha mãe está revoltada achando que as pessoas querem um tipo de velório quando não se sabe o que aconteceu com ela... E meu pai vai ter uma viagem de trabalho... Eu não posso deixar nada da minha irmã de lado\, ela faria o mesmo...
- Sinto muito...
- Não finja sentir\, você mal a conhece.
- Mas é algo triste\, impossível não sentir.
- Ah esqueça – ela disse abrindo um grupo de mensagens – As meninas estão postando os looks para ocasião e até mesmo Louise vai estar de preto\, minha mãe estava certo em pensar que parece um velório... Eu não quero usar preto... Quero algo vivo.
- Vermelho.
- Vermelho me lembra sangue\, tipo morte.
- Não\, sangue é vida\, alegria e você que é loira vai ficar ótimo! – discordou Catherine querendo a animar – No meio de tantas pessoas de preto\, você será a chama de esperança\, sem contar que vermelho é a cor mais usada para protestos.
- Vamos ver...
As duas entraram na loja, Iasmin parecia não gostar de nada que era vermelho, ou eram curtos ou decotados demais, outros a deixavam com cara de senhora, até que Catherine olhou um vestido escondido na arara junto a roupas laranjas, pegou o vestido e pediu:
- Prove.
- Já reparou na minha magreza? Eu vou parecer uma taboa com isso!
- O que tem de errado em ser magro?
- Que eu não sou como você ou Lari\, vocês têm corpos com curvas\, eu sou um frango depenado.
- Que imagem horrível que você tem de si mesma! Você é linda Iasmin! Agora vista logo!
- Acho que você elevou um pouco minha autoestima – disse Iasmin fazendo careta\, difícil acreditar que alguém a achasse linda\, depois de tanto tempo que ficou na sombra de Clarice.
Ela saiu do provador de cabeça baixa e Catherine ficou de pé dizendo:
- É esse! Te deixou elegante\, não tem decote\, o cumprimento é até o joelho\, mas tem um corte atrás ele se alinhou direitinho nas suas pequenas curvas – se referiu ao seu peito e bunda pequena.
- Seja sincera.
- Das treze peças que vestiu essa é melhor\, mas se quiser podemos continuar procurando algo.
- Acha mesmo que vou causar boa impressão?
- Uma ótima impressão!
- Está bem – ela disse reparando que a vendedora estava perto – Será esse.
Depois de ter pago, Iasmin a convidou:
- Vamos tomar um café?
- Vamos... – aceitou Catherine um pouco receosa.
As duas sentaram fizeram seus pedidos, Catherine respeitou o silencio de Iasmin, ela parecia pensativa e só quebrou o silencio depois de beber um gole do seu cappuccino:
- Você quer ir?
- Ir para o evento da sua irmã?
- Sim e usar vermelho\, eu acho que estou com medo de estar sozinha e nunca fiz algo ousado sem minha irmã...
- Eu posso fazer isso por você.
- Quer comprar alguma coisa?
- Eu tenho o look certo para ocasião e não quero tirar o brilho da irmã\, você é a principal no evento\, tenho certeza que fará algum tipo de discurso.
- Eu deixei isso com Louise.
- Ah diga algo da sua irmã\, é importante...
- Eu vou pensar... Será legal você lá\, eu vi o jeito que lidou com André\, foi bem gentil... Ninguém se preocupou tanto com ele\, por parecer ser forte e confiante que dará um jeito de achar Clara...
- Já que nos conhecemos\, mesmo que por circunstancias estranhas\, acho que posso ser eu mesma com vocês... Ao menos como colega.
- Está fazendo mais que várias amigas que já tive.
- Isso foi bem legal...
- Posso te dar uma carona? Acho que está chovendo...
- Pode...
No carro Iasmin dirigindo com atenção comentou:
- André te contou que estava em um momento ruim com minha irmã?
- Um pouco por cima.
- Ele é possessivo\, ciumento e controlador\, Clarice depois da faculdade pareceu se tornar uma pessoa mais livre e eles discutiram bastante\, na última briga Clara pediu a chave do apartamento e me deu\, acredita que até hoje não tive coragem de ir lá sozinha\, só fui junto a polícia...
- André parece amar sua irmã de um jeito tão raro\, não consigo imaginar esse comportamento machista
nele...
- Eu também não via\, até Clara me dar as chaves e me contar tudo.
- Que complicado...
- Ele era meu principal suspeito até surgir você\, e agora minha cabeça está uma bagunça\, até parece que você é mais nossa vitima que culpada por algo.
- É estranho que isso esteja acontecendo comigo\, obrigada por ter sido legal hoje – agradeceu Catherine saindo do carro.
- Até mais – sorriu Iasmin sem jeito.
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Atualizado até capítulo 59
Comments
Flora 🌹
André é o meu suspeito número um no momento
2023-12-23
4
Cecilia geralda Geralda ramos
André ser controlador possessivo é começa um verdadeiro suspeito.
2023-09-25
3
Thayza Santana
Podemos dizer que irá nascer uma amizade disso ai ?
2020-06-25
2