No dia seguinte, era o dia que ela acordou cedo para ir ao salão, fez um penteado simples, deixando suas pontas onduladas, aproveitou para retocar suas luzes cor-de-rosa e o cabelo meio preso em uma trança.
Também fez unhas e a maquiagem, voltou para sua casa, onde colocou o vestido, ele ficou lindo, mas estava curto e seus peitos ficar bem amostra, era o que ela não queria para não irritar o seu pai ou muito menos para chamar atenção, usou uma meia calça branca por baixo, colocou um echarpe com o tom rosa parecido do
vestido, usou um salto boneca nude.
De taxi foi para o salão, colocou o presente na caixa de madeira decorada por flores da enteada do seu pai,
Guilherme estava em um lindo terno, foi a cumprimentar e a elogiou:
- Está bonita.
- Obrigada pai.
- Nosso lugar é o da frente – ele apontou.
Sua madrasta ficou de pé para recebê-la, Hebe estava graciosa, tinha 39 anos, muito mais nova e mais bonita que sua mãe, ao se abraçada pela falsa mulher a escutou comentar:
- Eu pensei que sabia seu tamanho\, sinto muito que o vestido ficou tão curto\, você já tem corpo de mulher\, me esqueço disso de tanto seu pai a tratar como irresponsável.
- Sorte a minha de não fazer o mesmo.
- O quer dizer?
- Que eu não trato vocês como eu penso\, até porque você já foi a vadia amante do meu pai e ele já foi um bêbado pai ausente\, mas vamos manter isso como pessoas educadas – respondeu Catherine que pela primeira vez respondeu ao ataque de sua madrasta.
- Querida não vai dar oi para sua irmã mais velha? – perguntou seu pai para Jessica\, a garota estava linda em seu vestido rosa\, mas sua expressa de desprezo por ter que fingir aceitar chamar Catherine como irmã mais velha ficou explicito em sua cara.
- Ah pai todo mundo sabe que não somos irmãs\, ela pode só me chamar pelo nome e dar oi se quiser – disse Catherine ficando de pé.
- Oi Cat\, você está bem bonita.
- Você também Jessica.
- Eu vou ficar com meus amigos.
Catherine estava tentando conviver cercada pela família de Hebe, seu coração sentia muito aperto a cada história que Hebe contava sobre a filha e Guilherme seu esposo, a vida deles parecia ótima. Depois de três horas chegou a dança de pai e filha, Hebe era viúva,então claro que Guilherme estaria substituindo esse papel, foi assim que Catherine foi até o bar, pediu o shopp, era a única bebida com álcool, mandou mensagem para Tom:
- Príncipe\, por favor\, venha me salvar nesse endereço para nosso jantar.
- Nós combinamos para daqui duas horas\, mas eu só vou tomar banho e te busco.
- Obrigada.
Catherine pensava que não dava para piorar, mas Hebe depois do belo discurso do seu pai, iniciou o dela:
- Há 15 anos\, eu tive o melhor dia da minha vida\, o nascimento de Jessica\, foi um presente de Deus para alegrar a minha vida\, se tornou essa garota linda\, inteligente e especial\, ocupou meu mundo todinho\, foi forte por cada dificuldade que passamos\, essa festa\, os presentes\, você merece mais que isso\, por isso dou a notícia do que você sempre me pedia quando eu era criança\, te darei um irmãozinho – e colocou a mão na barriga.
Catherine cuspiu, Jessica ficou assustada, seu corpo todo paralisou e ela saiu correndo para fora chorando,
Catherine a seguiu, tocou em seu ombro dizendo:
- Ei Jess...
- Não tente me dar sermões\, muito menos me dizer que isso é um presente! – disse Jessica colocando a mão no peito\, estava a beira de um colapso.
- Eu acho isso horrível\, vou ter pena por ele ser filho do meu pai – disse Catherine de braços cruzados.
- Já é horrível ter que aguentar um novo “pai”\, ter você com os encontros constrangedores\, minha vida é toda manipulada por ela e agora vou ter um irmão?
- É a sua vida virou uma bosta completa – disse Catherine que entendia bem aquele sentimento – Mas essa é sua festa\, não acabe com isso\, mostre o seu lugar\, pare de se comportar como uma garotinha\, já está com quinze anos\, vai viver!
- Para você é fácil que mora sozinha.
- Mas um dia eu também tive quinze anos e vivia com meus pais.
- O que sugere?
- Escute seu coração.
- Meu coração está dizendo tantas coisas que está difícil fazer algo.
- O que você queria para hoje?
- Eu queria beijar o par da minha melhor amiga.
- E por que não fez isso?
- Bom... Ele é o irmão dela...
- E o que tem?
- Quer saber... Você está certa – ela respondeu e passou por Guilherme que estava vindo em sua
direção.
- Nossa... Jessica está furiosa.
- Ah pai\, quando vai perceber que você não nasceu para a função de ser pai? – perguntou Catherine irônica.
- Obrigado por acalmar ela\, sei que falhei muitas vezes você.
- Não ligo mais para isso.
- O que você disse para ela? – ele perguntou vendo Hebe na porta fazendo sinal para ele voltar para dentro do salão.
- Acredite\, você não vai gostar.
- Ah Cat\, vamos entrar e limpar sua bagunça\, seja o que foi vai pedir desculpas – disse seu pai aumentando a voz.
- Eu estou de saída e a bagunça é sua\, foi você que engravidou Hebe – disse Catherine olhando para o carro estacionado.
- É o ladrão de carros? – perguntou seu pai encarando o carro tentando ver o motorista.
- Não\, esse é o ladrão de bancos – ela respondeu para o provocar e acenou saindo apressada.
- Você tá legal? – perguntou Tom ao vê-la entrar no carro batendo a porta.
- Foi mal pela porta\, mas só dirige.
- Ok... Quem era o cara com você?
- Ah meu pai.
- Sério? Se eu soubesse eu teria decido para dar um oi.
- Ah não\, é melhor eu arranjar outro pai para você dar oi – ela disse rindo.
- Por que? Eu não sou bom para apresentar aos seus pais?
- Ah Tom\, me desculpe\, não quis dizer isso.
- Então o que quis dizer?
- Eu quis dizer que você é bom demais para conhecer ele\, não tenho um bom relacionamento com meu pai – ela respondeu constrangida.
- Me desculpe\, não sabia.
- Tudo bem...
Estava claro que o “tudo bem” era na verdade “não está nada bem”, Tom ficou em silêncio, chegou ao restaurante que ele tinha reservado, quase não os deixaram entrar mais cedo, o que ficou um pouco mais constrangedor para os dois, assim que Catherine tirou o echarpe, os olhos de Tom mergulharam em seu decote denunciando seu imenso desejo por ela. Durante o harmonioso jantar a luz de velas e rosa branca ao centro, aquilo era um encontro, Tom queria muito ter uma chance com Catherine, precisava fazer de tudo, nem que fosse na volta para casa, enquanto ele dirigia pensava em algo legal para dizer a ela:
- Você está linda.
- Obrigada\, você também está um charme de social – ela sorriu para ele.
- Eu quero passar mais tempo com você\, além do trabalho é claro...
- Eu acho que também quero isso – ela disse o vendo estacionar o carro.
- Acha?
- Você é legal demais\, não quero estragar isso\, só não estou em um momento bom.
- Princesa – ele disse colocando a mão na sua coxa – Vamos entrar e conversar.
- Tom\, eu também estava planejando que você ficasse comigo essa noite\, mas passar tempo com meu pai me deixa horrível\, vamos conversar outra hora?
- Eu não aguento mais não assumir que eu gosto de você! – ele confessou com certa agonia por manter isso tanto tempo em segredo e ela recuando.
- Eu sei disso – ela revelou com uma calmaria olhando para os olhos surpresos do Tom – E eu não sei se posso dizer o mesmo.
- No trabalho vivíamos grudados antes de eu virar seu chefe\, fomos ao teatro\, o encontro de hoje\, me parece simples saber se gosta ou não...
- Para você parece\, não é o mesmo que parece para mim... E hoje eu quero ficar sozinha! – ela foi rude.
- Eu acabei de ser um bobo\, vai descansar\, me desculpe por isso.
Catherine soltou o cinto, olhou para ele, Tom acariciou seu rosto até chegar ao seu pescoço e a segurar pelo cabelo, ela o beijou, foi caloroso, a ponto dele empurrar o banco para trás para que ela fosse em seu colo, mas Catherine recuou, abriu a porta e disse:
- Vamos sair em outro momento melhor.
- Claro – ele disse sorrindo timidamente e colocou seu cinto de volta.
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Atualizado até capítulo 59
Comments
Flora 🌹
Tom só fica no desejo, por que ela não gosta dele?
2023-12-23
5
Cecilia geralda Geralda ramos
queria que ela ficasse com o tom ,goto dele .
2023-09-25
3
Helena Oliveira
gostando bastante da história
2022-12-16
2