Leonardo observou Frank sair, ainda sem entender como ele havia autorizado tão rápido sua saída para ajudar seu pai, afinal, por mais que tivesse aceitado aquele acordo, ainda não fazia sentido.
Mesmo assim Leonardo saiu da academia e viu que Frank ainda falava com Roberto, Luiz estava ao lado também prestando atenção. Luiz olhou para Leonardo que se aproximou e Frank deu uma leve girada em sua cabeça olhando para Leonardo de canto de olho, ele deu um meio sorriso e desceu rapidamente as escadas, sumindo de sua vista.
— Vamos?
Leonardo disse confiante. Ele desceu acompanhado de Roberto e Luiz que estavam sérios e quietos como sempre.
Ao chegar na entrada da mansão Leonardo deu uma olhada para toda aquela estrutura luxuosa, quem sabe aquela não era sua última vez ali, quem sabe não surge a chance de fugir para bem longe.
Leonardo entrou no carro e junto com Roberto e o motorista foram para a casa de Leonardo.
Ao chegar ele correu portão a dentro e parou ao se lembrar que estava sem a chave, na última visita havia esquecido de devolver e agora a chave estava a mansão. Mas antes mesmo de que pudesse pensar em algo, a porta se abriu e Leonardo viu dois homens engravatados saindo de lá.
— Quem são vocês? Porque estão na minha casa?
Os homens o olham e o mais alto deles se manifesta.
— Somos do banco. Viemos olhar a casa, você é Leonardo Guerrero?
— Sou sim. A casa é nossa até amanhã, o prazo se encerra hoje, e pelo que sei, até a meia noite não podem fazer nada.
— Sabemos, mas temos um comprador e precisávamos fazer uma avaliação. Temos ordem judicial para isso. Bom, se nos dá licença, temos que ir.
Eles passam por Leonardo que os olha tremendamente chateado. Ele olha para a casa, aquela casa onde nasceu, cresceu e onde viveu tantos momentos felizes. Agora estava prestes a perdê-la para sempre. " Temos um comprador", foram as palavras ditas por aquele homem, então esse era o fim, sem casa, aprisionado por um homem inescrupuloso e sem saber o que faria com seu pai.
Ele respirou fundo como se o ar faltasse em seu peito magro e entrou na casa, a sala estava um caos, sujeira e bagunça possivelmente deixada por seu pai, ele foi entrando mais, procurando Tadeu pelos cômodos e ao mesmo tempo olhando tudo, em uma tentativa de memorizar cada coisinha que tinha ali.
Ao chegar em seu quarto, ele aproveitou e pegou uma mala em cima do armário, ele a encheu com suas poucas roupas e tirou da parede um pequeno porta-retratos onde havia uma foto dele, sua mãe e seu pai, tirada pouco antes da doença a debilitar. Eles sorriam na foto e Leonardo sentiu as lágrimas surgindo em seus olhos, o nó na garganta e uma sensação de agonia em seu peito.
Como tudo era tão perfeito e se transformou em um verdadeiro caos?
Após guardar a foto ele fechou a mala e a deixou em frente a porta do lado de fora do seu quarto, andou alguns passos e entrou no quarto de seu pai. Mas ele não estava lá. O medo o atingiu, se ele não estava lá? Onde estaria? Possivelmente em algum lugar bebendo ou fazendo mais apostas.
Ele pegou a mala e saiu pela porta vendo Roberto parado o aguardando.
— Ele não está aqui.
— Me dê a mala.
Leonardo dá a mala e Roberto a coloca no porta malas do carro.
— Preciso encontrá-lo. Não posso voltar sem achar meu pai.
Roberto sabendo de toda a armação de Gold, olha em seu relógio e assim como ordenado diz.
— Temos duas horas.
Leonardo sorriu esperançoso, duas horas poderia ser suficiente, ele sabia exatamente os lugares que Tadeu costumava frequentar. Ele entra no carro e pede para o motorista o levar primeiro em um bar a algumas quadras dali. Mas nada de seu pai naquele bar. Eles foram a mais quatro endereços, mas sem sucesso. Leonardo só tinha mais uma opção. A Luxurious, ele sabia perfeitamente que a boate funcionava como um cassino clandestino durante o dia, e sabia que seu pai frequentava sempre o local.
— Por favor, é, desculpe, eu não sei seu nome.
Ele fala se inclinando na direção do motorista que o olha pelo espelho retrovisor.
— John, me chamo John.
— Ok John, nosso último destino é a Luxurius.
Assim que disse o nome da boate, seu coração acelerou, sua última vez ali lhe custou um tiro no peito e um machucado que ainda doía. Suas mãos suavam e uma sensação ruim o consumia. Mas precisava tentar, era sua última esperança de achar seu pai, antes de declarar a si mesmo que ele estava oficialmente desaparecido.
— Não sei se o Sr. Gold vai gostar de saber que vamos na Luxurius Sr. Guerrero.
Roberto disse enquanto o carro seguia.
— Ele não tem que gostar ou não, ele me deu autorização para vir atrás do meu pai, estou fazendo exatamente isso.
— Vai me colocar em encrenca, John, segue para casa.
— Não John, vamos para a Luxurius. Vamos achar meu pai lá, eu sei disso.
Mas ao dizer isso Leonardo nota o carro retornando à rua, seguindo na direção oposta. John havia seguido a ordem de Roberto e eles iam retornar a mansão.
Leonardo não pensou duas vezes e abriu a porta do carro se jogando para fora e rolando no asfalto, ouvindo os carros freando e buzinando bravos para ele.
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Atualizado até capítulo 103
Comments
caroline souza
O cara é maluco de pedra , mas acho que se fosse eu faria a mesma coisa 😛
2025-02-09
1
♡<My_Aiko>♡
Karaí mlk, tu é doido (e provavelmente masoquista, porque não é possível um troço desse)
2024-11-11
1
Fatima Gonçalves
gente que PORRETA AMEIIIII
2024-11-10
0