Leonardo olhou para seu pai totalmente decepcionado. Este ainda chorava sentado no sofá e tremia pelo medo que sentiu com aquela arma apontada para sua cabeça.
— Quando isso vai acabar pai?
— Me perdoa filho, eu vou parar eu juro.
Leonardo balançou a cabeça e saiu da sala deixando seu pai lá. Estava tão bravo e assustado, ele não queria
discutir agora e sabia que se ficasse ali acabaria falando coisas que os magoariam. Isso era uma das coisas da qual ele havia aprendido com sua mãe. Ela sempre dizia que devemos pensar antes de falar pois as palavras ferem e depois que as soltamos não há volta.
Leonardo entrou em seu quarto retirando o uniforme e vestindo uma roupa mais à vontade, ele sentou em sua cama pensativo, como arrumaria esse dinheiro??
Pensou em pedir ao seu patrão na lanchonete que trabalha pela manhã, apesar do valor ser alto e ele já imaginar a resposta, ele deveria tentar, caso não conseguisse poderia tentar pegar um empréstimo no banco ou talvez hipotecar a casa.
Ele ouviu seu pai subir as escadas e abriu a porta, espiando-o entrar no quarto e deitando em sua cama, não podia negar que estava preocupado, mas também estava cansado dessa vida. Era sempre a mesma coisa.
Pela manhã Leonardo se levantou mais cedo e tomou um banho, se vestiu e antes de sair deixou o café pronto para seu pai em cima da mesa.
Ele saiu caminhando até o ponto de ônibus para ir a lanchonete, seu plano era chegar mais cedo para conversar com Gerard antes de abrir a lanchonete.
Ao chegar entrou em seu trabalho diurno, foi até a cozinha, onde encontrou seu patrão que fazia a lista de compras.
— Bom dia Gerard, posso falar com você um minuto?
Leonardo perguntou se mostrando sério e Gerard o olhou e assentiu.
— Claro Leo, vamos ao meu escritório.
Leonardo o acompanhou e sentou-se olhando ansioso para Gerard a sua frente.
— Diga Leo, em que posso te ajudar?
— Sei que pode parecer loucura, mas preciso de um dinheiro emprestado. — Ele foi direto ao assunto, com Gerard, não precisava de rodeios.
— Ah sim, e de quanto precisa?
Leonardo o olha receoso, e respira fundo antes de responder.
— Vinte e oito mil dólares.
Gerard o olha surpreso, esperava que a quantia fosse um pouco menor.
— Meu Deus Leonardo, é um valor muito alto, se fosse até cinco mil dólares eu conseguiria te ajudar. É seu pai novamente?
— Sim. — A expressão em seu rosto, não nega a preocupação que ele estava sentindo.
— Desculpa Leo, mas eu não tenho essa quantia para lhe emprestar.
— Tudo bem. Sem problemas. — Ele pensou um pouco e logo prosseguiu. — Será que posso sair mais cedo hoje? Preciso arrumar um jeito de levantar esse dinheiro ainda hoje, sem falta.
— Claro que sim. Assim que a Denise chegar as dez você sai ok?
— Certo, obrigado Gerard, com licença.
Leonardo trabalha até as dez, como combinado. O movimento pela manhã era grande e a hora passou rapidamente.
Ele sai caminhando até o banco onde pede para falar com o gerente.
Ele se senta aguardando, suas pernas balançavam constantemente, ele estava ansioso para conseguir o dinheiro.
— Senhor Leonardo Guerrero?
Um homem baixinho o chamava na porta de uma sala, ele se levantou indo até o homem e o cumprimentou com um aperto de mãos. O homem fecha a porta assim que ele entra e se dirige a sua cadeira se sentando.
— Sente-se rapaz. — Ele aponta para a cadeira, indicando que Leonardo se sente.
Leonardo senta e o senhor o olha com curiosidade.
— Me chamo André, em que posso ajudá-lo senhor Guerrero?
— Eu preciso de um empréstimo, tenho conta aqui a algum tempo.
— Certo, poderia me emprestar seu documento?
Leonardo o entrega o documento para ele e observa o senhor mexer em seu computador.
— O senhor tem liberado um valor de empréstimo sete mil dólares.
— Só isso? Eu preciso de um pouco mais.
André o observou ainda mais curioso e retirou os óculos de seu rosto, querendo saber para ele que ele precisava do dinheiro, seria talvez, algum investimento? Uma viajem?
— E qual valor seria?
— Vinte e oito mil dólares.
— Hum, entendo. Infelizmente faz pouco tempo que o senhor abriu a conta conosco e este valor não podemos liberar.
— Então eu quero hipotecar minha casa, eu trouxe os documentos necessários para isso.
Ele retirou do envelope os documentos da casa colocando sobre a mesa de André, que os pegou surpreso e olhou com um olhar mais analítico, notou que Leonardo parecia um jovem responsável e se sentia curioso do porque ele queria este dinheiro. Mas com sua vasta experiência, sabia que poderia também haver a possibilidade de ele ter se metido em algum rolo.
— Só um minuto.
André olhou os documentos e mexia ainda em seu computador, totalmente concentrado, mas fez uma expressão da qual Leonardo não gostou muito, era aquela cara de sinto muito não posso ajudar da qual ele conhecia bem.
— Senhor Guerrero, a sua casa já está hipotecada, inclusive está com as parcelas atrasadas, se não forem pagas até o próximo mês você perderá a casa.
Leonardo ouviu aquilo e foi como se pesadas pedras de gelo caíssem em suas costas.
O gerente lhe mostrou os dados da hipoteca feita a alguns meses e Leonardo descobriu que seu pai havia feito sem ao menos comunica-lo.
Leonardo saiu do banco frustrado, como faria agora? Sua única esperança era a hipoteca. Agora estava tudo perdido. Perderia a casa e seu pai seria morto por um agiota.
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Atualizado até capítulo 103
Comments
FOXHDvw33 💞
literalmente
2024-04-18
1
Santos 💗
bom conselho 🌸
2024-04-04
1
Yara 🏳️🌈🏳️🌈🤙😙
meu filho com um pai desse que precisa de inimigos!
2024-03-24
14