Frank o segurava em seus braços e o olhava de cima com o olhar imponente, enquanto Leonardo o encarava quieto observando aquele grande homem que o segurava.
— Será que pode me soltar?
— O que quer com as minhas coisas?
— Eu quero me vestir. E depois eu vou para a minha casa, não fico nesse lugar nenhum segundo mais.
— Você não vai sair daqui Guerrero.
— Pois veremos então.
Frank tomado pela raiva e por um desejo inexplicável, puxa Leonardo para si e o beija nos lábios ferozmente. Leonardo se assusta com tal atitude e trava sua boca que continua a ser invadida, ele mesmo sabendo não ter força para sair dali empurra o peitoral de Frank com as mãos, mas como esperado Frank parece nem notar. Ele então morde a boca de Frank, que o solta levando a mão aos lábios que sangravam.
Frank empurra Leonardo contra o armário do closet e Leonardo sente suas costas doendo com o atrito.
— Aaaii, seu ser asqueroso, como ousa? Seu nojento.
Frank o olha ainda com a mão na boca e sai furioso dali, deixando Leonardo sozinho e confuso com o que aconteceu. Então Leonardo aproveita e pega uma camiseta branca, a vestindo, em seguida procura por calças, mas só vê calças sociais por ali.
— Não é possível que ele só tenha calças assim, ele não dorme?
Leo continua procurando e ao abrir uma das gavetas, acha as calças de moletom de Frank, ele pega a erguendo no alto para olhar a peça e mesmo sabendo que ficará grande a veste.
Após vestido ele se olha no espelho, como esperado as roupas haviam ficado enormes, ele achou isso engraçado e riu, mas logo se deu conta de que não podia perder tempo, precisava de dar um jeito de sair dali.
Ele saiu do quarto de Frank, olhou para o corredor, que era grande e como sempre, o dourado se destacava em tudo por ali. Ele caminhou apressado, indo em direção as escadas, descendo os degraus rapidamente, mesmo ainda sentindo seu corpo fraco e dolorido, estava decidido a sair dali. Ele olha para o hall de entrada, vendo que haviam dois seguranças ali do lado de fora.
— Droga.
Ele olha para as portas no hall e percebe que além das portas que dava para os dois corredores ainda há uma outra onde podia ver uma grande mesa, ele entra admirando a sala de jantar, observando que há outra porta. Ao entrar por ela, se vê em uma enorme cozinha. Era uma cozinha toda planejada e com janelas grandes, uma bancada e uma mesa onde deviam caber umas oito pessoas. Diferente do resto da casa, ali não havia os dourados em sua decoração e ele achou aquele lugar o mais suave até então.
— Olá senhor Guerrero.
Uma voz feminina o assusta, o fazendo se virar, vendo a mulher que há pouco o havia dado comida.
— Oi, sabe me dizer onde tem outra saída? Preciso sair para ver meu pai.
— Desculpe rapaz, mas você não tem autorização para sair.
— Tenho sim, ele me permitiu, é para ver meu pai.
Ele resolveu mentir, teria de arriscar, se ela acreditasse e o ajudasse a sair dali ele poderia sumir com seu pai e Frank nunca mais o encontraria. Seria só ele e seu pai em algum lugar longe de Seattle.
— Não pense que só porque tenho uma idade mais avançada que sou burra rapaz.
— Eu não pensei isso, me desculpe. — Leo respondeu constrangido.
— Tudo bem, devia tentar conquistar a confiança dele, quem sabe não consegue sair para ver seu pai. Ele não é tão ruim como parece.
Ela sorriu e caminhou até a bancada, onde destampou uma bandeja, revelando um belo bolo de frutas. Leonardo sentiu sua boca salivar com aquela visão.
— Gostaria de um pedaço? Fiz para Frank, é o bolo favorito dele.
— Sim, eu gostaria.
Ele se aproxima enquanto ela pega dois pratinhos, uma espátula e dois pequenos garfos dourados. Leonardo riu balançando a cabeça negativamente.
— É claro.
Ela cortava o bolo e o olhou curiosa por sua reação.
— O que é claro?
— Algo aqui nesta cozinha tinha que ser dourado. Isso é algum tipo de obsessão? Ele é viciado em ouro? Até mesmo o seu nome não foge disso, Gold. Isso é meio estranho.
Ela estendeu o prato para Leonardo, que o pegou e puxou a cadeira da bancada se sentando e pegando um pedaço do bolo com o garfinho dourado. A senhora fez o mesmo se sentando ao seu lado e sorrindo.
— Isso se chama legado meu rapaz, ele herdou o nome Gold e herdou também a casa. Não há muito o que se possa fazer não é.
Leonardo então deu de ombros enquanto comia aquele bolo em seu prato, a massa era admiravelmente leve, de forma que derretia em sua boca, o creme parecia ser adocicado na medida certa, contrastando com o azedinho das frutas.
— Nossa, este bolo está maravilhoso.
A senhora sorriu e se levantou, levando os pratinhos já vazios para a pia.
— Pode me dizer seu nome?
— Ella, me chame de Ella.
— Certo Ella. Bom se não posso sair, acho que vou subir para o quarto. Não estou me sentindo muito bem.
Ella o olhou preocupada e foi apressada em sua direção, tocando no rosto de Leonardo, sentindo que ele estava quente novamente.
— Você está febril. Eu disse para aquele cabeça dura não te deixar lá embaixo, ainda mais com esse ferimento.
Leonardo olhou com simpatia para Ella, ele não gostava de Frank e muito menos daquela casa fria como ouro, mas ele gostava de Ella.
— Vá se deitar, descanse.
Leonardo que se sentia meio mole e estranho, concordou com Ella e fez o caminho de volta para o hall. Sua visão começava a embaçar e ele hesitou em subir as escadas, pousando sua mão no corrimão dourado.
Ele respira fundo e resolve subir logo, mas quando está no meio da escadaria, sua mente fica turva, ele cambaleia para trás, sua mão que suava frio, escorregando pelo corrimão. Quando ia caindo, sentiu alguém o segurar. Ao olhar para ver quem era, Frank o ergueu em seus braços o levando escada acima. O deixando totalmente surpreso e confuso com aquilo.
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Atualizado até capítulo 103
Comments
«Ash»
para resumir oq eu entendi:-Aaaiih seu asqueroso, nojento 👁️👄👁️💅🏻💅🏻💅🏻
2024-12-27
3
Eternal Whisper
amém, frank fez algo de útil para Leo
2024-10-06
5
Hayashi Silva
Ajudou muito 🤠👍
2024-09-24
2