Leonardo chegou em casa totalmente frustrado, seu pai estava sentado na sala, vendo o canal de esportes e em sua mão havia uma garrafa de vodca já pela metade.
— Pai, já está bebendo de novo? — Ele fala indignado.
— Não enche Leo. — Tadeu o responde meio enrolado, demonstrado já estar alto pela bebida.
— Não enche? Você está de brincadeira comigo, não é? Aliás quando pretendia me contar que hipotecou a casa?
Quando estivessem colocando as nossas coisas para fora?
Tadeu o olhou surpreso e tomou mais um gole da bebida resmungando algo que Leonardo não conseguiu entender.
— Pai, eu estou cansado disso, não posso mais viver assim, eu vou dar um jeito de te internar.
— Você não é nem louco Leonardo, eu não vou pra lugar nenhum.
Ele se levantou do sofá, mas não conseguiu se sustentar de pé, tanto por já estar bêbado como pela dor que sentia em se corpo pela surra da noite anterior. Leonardo respirou fundo e o encarou, ainda nervoso. Resolvendo ignorar o conselho de sua mãe, ele despeja sua raiva.
— Já chega, eu não aguento mais isso, você é um bêbado nojento, eu tenho vergonha de você, minha mãe estaria totalmente decepcionada. Você está acabando com a sua vida e está me levando junto. Eu não consegui o dinheiro e sabe de uma coisa? Eu estou bem pensando em pegar as minhas coisas e ir embora, te largar aqui para aqueles vermes te darem o que você merece.
Tadeu olhava para seu filho totalmente espantado por esta atitude e por suas palavras. Leonardo jamais havia alterado a voz com ele.
Leonardo então vai para seu quarto e bate a porta com força, encostando as costas na porta já fechada.
Assim que disse aquelas palavras ele se arrependeu, mas já estava dito, não há nada que ele pudesse fazer. Ele andou de um lado ao outro pelo quarto, estava nervoso e tentava pensar em algo.
Ao passar novamente ao lado da cômoda ele viu o cartão preto com o nome em escrito em letras douradas “ Frank Gold” . Ele o pegou e sentou na cama o olhando pensativo, girando aquele cartão entre seus dedos.
— É isso, eu vou até lá e vou pedir mais um tempo e quem sabe eu consiga esse dinheiro.
Ele passou a tarde nervoso e trancado em seu quarto. Estava totalmente sem fome e quando os ponteiros do relógio em sua mesa de cabeceira apontaram nove e meia da noite, já arrumado ele saiu passando por seu pai largado bêbado no sofá.
Leonardo caminhou até a avenida e chamou um taxi que passava por ele, por mais que estivesse ruim de grana, ele não iria caminhar até lá. Assim que entrou pediu para o motorista deixá-lo na Luxurious.
Após descer do taxi, ele olhou a grande faixada da boate e as pessoas na fila. Não estava nada afim de ficar naquela enorme fila e levou a mão no bolso pegando o cartão de Frank.
Ele olhou para a porta onde havia um segurança grandalhão e caminhou decidido até ele, se sua ideia ia dar certo ele não sabia, mas ainda assim parou na frente do homem e o olhou decidido e lhe mostrando o cartão em sua mão.
— Boa noite, o senhor Frank me aguarda.
O segurança o olhou dos pés a cabeça e sorriu de uma forma que o incomodou e lhe deu passagem para que ele passasse.
Leonardo entrou agradecendo e feliz por sua ideia ter funcionado.
A boate estava lotada e ele passava entre as pessoas que dançavam animadas, mas para ele essa noite não era nada animada, ele precisava tentar salvar a vida de seu pai.
Ele parou no meio da multidão e olhou em volta procurando a área vip e logo encontrou ao olhar para cima e vendo Frank que estava em pé olhando para baixo.
Ele passou pelas pessoas até chegar na escada que dava para a área vip. Lá um segurança o barrou e ele logo se lembrou do cartão em seu bolso, o retirou e mostrou ao homem falando alto para que ele pudesse o ouvir.
— O senhor Frank Gold me aguarda lá em cima. — Leonardo gritou, apontando seu dedo indicador para cima.
O homem então ao ouvir e ver o cartão, libera sua entrada. Leonardo estava surpreso com o poder daquele cartão. Queria que ele fosse tão poderoso para o livrar dos problemas que seu pai estava causando.
Ele subiu as escadas e ao chegar na área vip pôde reconhecer alguns políticos ali com mulheres em seus colos, ele resolveu ignorar pensando em como esse mundo era sujo.
Caminhou até onde Frank Gold estava, mas ao se aproximar dois homens param em sua frente o barrando, o impedindo de se aproximar de Frank, que ao notar a movimentação de seus homens se virou e viu Leonardo parado ali.
— Deixem-no passar. — A voz de Frank soou forte, quase como um trovão inesperado.
Os homens se afastam e Leonardo se aproxima, não havia reparado na noite anterior em como Frank era robusto e tão alto, seus olhos negros ainda eram sombrios e o deixava estranhamente desconfortável.
— Conseguiu minha grana Senhor Guerrero?
Leonardo balançou a cabeça negativamente, mas precisava tentar um prazo maior, não ia desistir tão facilmente.
— Não. Preciso de mais tempo Sr. Gold.
Frank se aproximou, pegando Leonardo pelo pescoço e o prensando contra a parede, seus pés não tocavam mais o chão e ele olhou para os lados, esperando que alguém o ajudasse, mas todos pareciam alheios ao que acontecia ali, o deixando ainda mais desesperado.
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Atualizado até capítulo 103
Comments
Lucia Moura
Será que o marido vai ser sentir atraído por ele?
2024-04-18
0
Ethan Kim
como já dizia minha mãe: "Tua boca é teu guia"
2024-04-07
0
Santos 💗
isso aí!!! poço está no fim, mas chego de táxi.😾hum hum
como diz a 🎶 musica:🎤 vou de 🚕 táxi 🤭
2024-04-04
5