Leonardo continuou observando a grande sala, era luxuosa como aquelas mansões dos artistas que passam nos programas de tv, com sofás grandes e duas poltronas próximas a grande lareira, haviam quadros nas paredes com pinturas que o fez lembrar da realeza, mesmo com as cortinas fechadas ele percebeu que as janelas da sala eram enormes. Se virando para olhar mais detalhadamente, viu que a decoração toda era em detalhes dourados, tanto nas molduras dos quadros, quanto nas estátuas que haviam ali enfeitando o lugar, até os detalhes da cortina branca eram dourados, ele achou tudo aquilo meio estranho. No teto um grande lustre aceso iluminada o lugar.
Após admirar todo o cômodo ele se sentou no sofá, que era tão macio, jamais viu um sofá tão confortável, o da sua casa era velho, duro e rasgado, ele não tinha como não desejar um sofá desses em sua casa.
Mais alguns minutos se passaram e Leonardo já estava ficando impaciente, além da grande vontade de usar banheiro. Ele então se levantou e olhou em volta, saindo da sala e voltou a grande entrada da escadaria, vendo um corredor cheio de portas a sua esquerda e outro a sua direta, logo ao lado da escadaria dupla. Alguma daquelas portas deveria ser o banheiro. Ele seguiu pelo corredor da esquerda e parou na frente da primeira porta, girou a maçaneta, mas ela estava trancada, as três portas seguintes também estavam trancadas.
Quando ia girando a maçaneta da quarta porta, uma voz fria e grossa o assustou e ele se virou olhando para aquele grande homem de terno preto e barba por fazer parado a sua frente.
— Não deveria sair bisbilhotando a casa dos outros.
Seus olhos foram para aqueles olhos negros e frios, sua expressão era séria e suas mãos estavam guardadas nobolso da calça social.
— Eu não estava bisbilhotando, preciso usar o banheiro.
Frank o olhou ainda sério e se virou caminhando até o final do corredor, onde parou em frente a penúltima porta.
— Este é o banheiro.
Leonardo caminhou até Frank que o olhava. Ele entrou e fechou a porta. O banheiro era social, isso se podia notar, mas ainda assim era enorme, Leonardo julgou que era quase do tamanho de seu quarto, que de tão pequeno cabia apenas sua cama de solteiro e um pequeno guarda roupas de duas portas.
Após lavar suas mãos, ele as secou em uma toalha branca e felpuda e saiu do banheiro dando de cara com Frank ainda ali.
— Nossa – Ele disse assustando com aquela figura que o olhava sem demonstrar expressão.
— Venha, temos um assunto pendente. — Gold disse e saindo andando pelo corredor a passos firmes.
Leonardo seguiu Frank pelo corredor e foram para o grande corredor da direita, onde entraram na terceira porta.
Leonardo olhou para o escritório onde havia grandes prateleiras com livros, um sofá e uma grande janela, próximo a janela estava uma mesa com um notebook aberto sobre ela, tudo ali naquele escritório tinha toques de dourado em sua decoração.
Frank estendeu a mão direita o indicando para se sentar no sofá e assim Leonardo fez. Ele olhou ansioso para Frank desejando do fundo do seu coração que aquele homem perdoasse a dívida. Gold ainda calado se serviu de alguma bebida da qual Leonardo reconheceu ser whisky pela cor do líquido. Frank então sentou-se no sofá ao lado e o encarou.
— Senhor Guerrero, ainda temos a dívida de seu pai ativa, por este motivo tenho uma proposta a te fazer.
Leonardo o olhou desanimado, mas não surpreso. Suas pernas balançavam ansiosas para saber que proposta era aquela, ele estava sim muito chateado com seu pai, mas faria qualquer coisa para evitar sua morte. Ele era sua única família e lutaria para mantê-la.
— E o que seria Frank?
— Senhor Gold por favor. Me chame de senhor Gold.
Leonardo riu e Frank o olhou confuso e irritado.
— Qual foi a graça senhor Guerrero?
Leonardo notou que Frank agora o olhava mais sério do que o comum, se é que isso era possível, mas ele tinha uma dobra entre as sobrancelhas, aquelas de quando uma pessoa enruga a testa enquanto questiona algo em sua mente.
— Desculpe, mas... —Ele procurou pela palavra em sua mente — é engraçado sabe, tudo aqui tem um toque de ouro assim como seu nome. É curioso.
Frank para analisando aquelas palavras e toma um gole de sua bebida enquanto analisa Leonardo com seus olhos negros. Não havia reparado a fundo naquele baixinho, ele parecia magro e seus cabelos estavam bagunçados, mesmo lisos pareciam rebeldes, a pele bem branca de Leonardo fazia suas bochechas se destacarem com um leve roseado e seus olhos não eram nem azuis, nem verdes, mas cinza, lhe dando um destaque diferente de todas as pessoas que Frank já vira. Como um homem frágil daqueles tinha tamanha coragem para se jogar na frente de uma bala?
— Não tem nada de curioso.
Ele pousou o copo na mesinha de centro, por cima de um porta copo e apoiou os braços em seus joelhos ainda o encarando.
— Para pagar os vinte e oito mil que seu pai me deve quero você aqui me servindo.
Leonardo olhou curioso e tentando entender, o que seria servi-lo? Trabalhar para ele? Isso seria fácil. Se tinha algo que Leonardo não fugia era trabalho, estava acostumado e trabalhava desde os treze anos para ajudar em casa.
— Certo, eu acho justo. E o que eu faria? Limpeza? Cozinhar? Ser seu motorista?
Frank riu ironicamente, Leonardo ainda não tinha o visto rir, mas não gostou da forma que esse riso surgiu.
— Você não entendeu, não é? Você irá me servir. Como um escravo pessoal. Ficará a minha disposição para o que eu quiser, independente do que for.
Leonardo ficou chocado com tal proposta, sua mente fervilhou em milhões de pensamentos, onde aquele homem estava com a cabeça? Como assim escravo pessoal? Oque ele estava pensando? Independentemente do que for? O que isso queria dizer? Ele viraria também um escravo sexual? Isso era um grande desaforo. Jamais que ele se prestaria a tal coisa.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 103
Comments
♡<My_Aiko>♡
Ele tá querendo chá de 🆒️ e não tá sabendo pedir
2024-11-09
8
★Mymy★
Pega fogo cabaré
2024-09-16
2
★Mymy★
Vai dar merda,Man ele vai abrir todas as portas,não duvido nada que ele vai dar de cara com o Frank.
2024-09-16
5