Leonardo acordou assustado ao sentir algo frio, tocando em seu rosto. Ele abriu os olhos e viu Frank em pé o olhando e afastando a mão de perto dele.
— Quer me matar do coração? Porque estava me tocando?
— Estava tentando te acordar. Levante, vamos sair.
— Sair?
Leonardo disse surpreso, essa deveria ser a chance que ele queria, saindo dali seria fácil fugir. Não estaria tão rodeado de seguranças por toda a parte, ele daria um jeito de distrai-lo e fugiria para bem longe, onde ele não o encontrasse.
— Posso saber para onde iremos?
— Logo descobrirá, naquela sacola tem roupas para você, não dá para sair usando as minhas.
Frank disse e um pequeno sorriso quase imperceptível formou no canto de sua boca, ele se virou saindo do quarto e fechando a porta.
— Que surpreendente, senhor douradinho sendo gentil.
Ele levantou-se e foi até as sacolas que estavam sobre uma cadeira no quarto, tirou as roupas de dentro, vendo que haviam duas calças, quatro camisetas, cuecas e meias, em outra sacola havia uma jaqueta, e no chão duas caixas de sapato. Em uma delas um tênis e na outra um sapato social preto.
Ele vestiu-se com uma das calças jeans e uma camiseta polo azul marinho, colocou o tênis e foi ao banheiro dar uma ajeitada no cabelo que como sempre estava despenteado. Ele molhou as mãos e após ajeitar os cabelos seguiu para fora do quarto, desceu a grande escadaria e olhando em volta viu Frank, na sala onde foi recebido assim que chegou.
— Estou pronto.
Frank que estava parado olhando pela grande janela que agora estava aberta, revelando um belo jardim ao lado de fora se virou. Ele segurava um copo de whisky na mão e a outra mão estava no bolso da sua calça social. Ele olhou para Leonardo, de baixo para cima, como se o analisa-se e tomou a bebida de uma só vez.
— Não é muito cedo para beber?
Leonardo disse apontando para o relógio dourado na parede da sala que indicava nove da manhã.
— Cedo? – Frank riu e deixou o copo sobre a mesinha.
— Sim, cedo.
— Eu já estou de pé a séculos Leonardo. Vamos.
Frank sai e Leonardo o segue animado, cheio de esperanças e ao mesmo tempo curioso para saber onde iriam. Eles entram em um grande carro preto todo filmado, sentando no banco de trás.
O carro percorria as ruas de Capitol Hill, um dos melhores bairros da cidade, exatamente onde ficava a Luxurius, a boate onde aconteceu o maldito atentado.
Ao passar em frente a boate Leonardo sentiu seu corpo estremecer em um arrepio horroroso, a lembrança daquela noite era algo que ele realmente queria esquecer, sem perceber ele levou a mão em seu ferimento de bala o tocando levemente, ali ainda doía e logo ele sentiu uma mão na sua. Ele olhou para o Sr. Gold que o olhava enquanto descia sua mão dali a pousando em sua perna e logo ele afastou a mão da de Leonardo.
— Tudo bem, não estamos indo para lá.
Leonardo o olhava pensativo e se sentindo estranho com aquela situação.
Ele fitava Frank, que agora olhava para fora do carro e após mais alguns minutos notou que o caminho era até bem conhecido para ele, estavam cada vez mais próximos do subúrbio, cada minuto mais perto de sua casa.
— Está me levando para casa? — Leonardo perguntou esperançoso.
Frank o olhou sério como sempre e Leonardo sorriu entendendo que estava realmente indo para casa, ele se sentiu eufórico, e olhou para fora, observando o bairro em que crescera, que apesar de ser um lugar feio e perigoso, sentia falta, apenas por ser seu lar.
Assim que o carro parou Leonardo desceu apressado e foi entrando em sua casa, o portão sempre ficava aberto, então ao entrar ele correu para a porta da frente. Ao girar a maçaneta a porta estava trancada, o fazendo lembrar que ele estava sem a chave. Mas ele se abaixou e embaixo do capacho pegou uma chave reserva que guardavam ali.
— É sério que guarda a chave aí? Num bairro como esse?
Leonardo que não tinha notado Gold atrás dele, dando um pulo de susto e o encarando bravo.
— Gosta de me assustar, não é?
— A culpa é sua que vive aéreo.
Leonardo revirou os olhos, abriu a porta e ao entrar viu seu pai largado no tapete com uma garrafa de vodca em sua mão e um papel caído ao seu lado. Ele se aproximou assustado com o estado de seu pai e ao se ajoelhar no chão o balançou para acorda-lo.
Tadeu abriu os olhos lentamente e ao ver Leonardo ali ele se sentou rapidamente, mesmo sentindo sua cabeça rodar pela bebedeira, Tadeu o abraçou forte, fazendo Leonardo sorrir e o abraçar também, ele não era abraçado assim pelo pai desde a infância e isso o alegrou muito. Mas logo Tadeu viu Frank parado observando-os e soltou Leonardo rapidamente, ainda sentado o chão foi se afastando para trás até encostar na parede.
— Por favor não me mate, eu imploro. Faço o que você quiser, mas não me mate.
Frank o olhava com seus olhos negros e frios, ele se aproximou de Tadeu e Leonardo se sentiu apreensivo, será que Frank o levou ali para vê-lo matar seu pai? Afinal o prazo dado havia expirado e Leonardo não havia aceitado a sua proposta.
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Atualizado até capítulo 103
Comments
MiBoy_7z
estou tendo um surto de fofura, Frank é frio? com certeza ✅, mas olha ele demonstrando sentimentos.
só pq é frio não significa sem coração /Proud/
2024-12-15
1
Eternal Whisper
Diz isso e eu começarei a pensar que é uma estátua de ouro ambulante
2024-10-06
6
✨🌈BL'ssexual🌈✨
Eu tô achando que ele vai dizer que vai perdoar a dívida dele, se ele der o Leonardo pra ele(Na minha cabeça vai ser isso)
2024-10-01
3