Capítulo 02

Estava prestes a completar meus 19 anos, mas ainda era virgem por escolha própria. Sempre fui muito focada nos meus estudos e nunca havia me sentido atraída por nenhum outro rapaz a ponto de me entregar, até que reencontrei o Tomás. Depois de todo esse tempo que passamos juntos, não vi motivo para me negar a essa experiência, então não o impedi.

Já não estava mais prestando atenção ao filme, mas sim nas sensações que a mão do Tomás estava me proporcionando. Quando ele percebeu que meus olhos estavam fechados e que eu estava entregue aos seus movimentos, ele retirou minha cabeça de seu colo e colocou uma almofada no lugar. Em seguida, ajoelhou-se diante de mim, aprofundando suas carícias. À medida que ele me beijava, sua mão tinha acesso ao meu corpo. Ele ergueu minha blusa, liberando meus seios do sutiã para explorá-los com sua boca, o que me fez suspirar profundamente.

A boca do Tomás era quente como fogo e cada vez mais acendia o meu corpo.  Quando ele começou a descer com sua boca, fiquei apreensiva, pois nunca havia feito aquilo, assisti a alguns vídeos, no entanto, na prática, nunca havia praticado.  Outro motivo era o fato de estávamos na sala, e seu amigo poderia entrar a qualquer momento.

— Relaxa, Chloe! O Vitor não vai chegar até eu avisar que o apartamento está liberado. Apenas aproveita a sensação, sei que você vai gostar.

E assim, como idiota, acreditei nas palavras dele. Realmente foi o melhor sexo oral que havia recebido, porque aquele foi o primeiro de minha vida. Não tinha como comparar a nada e não tinha com quem conversar, porque sabia que a Maya não confiava no meu namorado e não queria ter problemas novamente com minha amiga.

Depois daquele dia, minha relação com Tomás esquentou bastante, até que finalmente, numa noite, literalmente transamos em seu quarto. A prova da perda da minha virgindade ficou evidente na cama, o que me deixou extremamente envergonhada diante dele, apesar de já ter mencionado que ainda era virgem.

— Não precisa ficar constrangida. Isso só prova que fui o seu primeiro, e amei ter essa confirmação. Só preciso trocar o lençol. Não tem como ter sujado o colchão, porque tenho um lençol impermeabilizante por baixo.

Naquele dia, eu tentei lavar o lençol, mas ele disse que não precisava me preocupar, que ele daria um jeito, e me puxou para deitar com ele novamente, o que foi maravilhoso. Porém, a idiota aqui não desconfiava que os livros poderiam inspirar atitudes na vida real. Sabe aquele livro chamado 'After'? Pois é, me vi fazendo o papel da Tessa, só que com um Haddin bem mais escroto.

Todos os nossos momentos íntimos foram filmados, desde o sexo oral no sofá até a perda da minha virgindade no quarto dele. Sabe aqueles momentos em que os amigos nos observavam, sem que eu percebesse? Alguns daqueles momentos também foram filmados. E sabe o que resultou disso? Um pequeno vídeo que foi divulgado na nossa universidade.

Claro que o rosto do garoto não aparecia, apenas o meu virando os olhos e gemendo feito uma louca. Como para comprovar que aquilo de fato havia acontecido, o lençol que insisti em lavar, mas ele não me permitiu, foi estendido em um varal improvisado diante do meu prédio na faculdade.

A minha humilhação estava diante de mim, e eu não acreditava que o Tomás tinha ido tão longe, até o vê-lo abraçado com uma das garotas de seu grupinho, encostado numa árvore, rindo da minha cara de idiota.

Naquele dia, não tive nenhuma reação. Todos me olhavam sem acreditar que aquilo era de fato uma realidade, porque todos só haviam visto isso em livros e filmes. No entanto, o Haddin da vida real estava se saindo mais cruel do que na ficção. Apenas o grupo do Tomás achava graça daquilo tudo.

A Maya, que também recebeu o vídeo, se dirigiu até o meu prédio e, ao ver o lençol estendido como uma bandeira da paz, foi até lá e o arrancou, destruindo também o varal improvisado. Ela se dirigiu até aquele grupo que observava tudo, ainda rindo.

— Sabe, isso não me surpreende, Tomás. Eu já sabia que você é um idiota, e ao fazer tudo o que fez, só provou o quanto é escroto. Acredito que nem precisava ter desfocado seu rosto na edição do vídeo, porque todos sabemos que é você. Agora, você foi muito idiota ao pensar que isso não daria em nada, porque se a ideia surgiu de um livro, você devia saber que aqui não é ficção, fora que o livro se passa em outro país. Aqui, Tomás, é a vida real, e existem leis contra isso. E advinha, a melhor amiga da garota com quem você resolveu mexer, por coincidência, é a melhor aluna de direito da universidade.

— Você não tem como provar que sou eu nesse vídeo, sua idiota! — Tomás rebateu a Maya.

— O único tolo aqui é você, Tomás, por acreditar que apenas seus amigos são habilidosos com tecnologia. — Nesse momento, o celular de Maya emite um alerta, indicando a chegada de uma nova mensagem. — Timing perfeito! Deixe-me te mostrar outro vídeo que um amigo meu produziu...

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