17

As coisas pareciam melhores agora, pois Elisa parecia mais tranquila com a minha proximidade.

Estacionei o carro e desci, senti-me constrangido ao notar que a lanchonete estava cheia e Elisa não estava exatamente bem vestida, mas eu não podia desistir agora.

Deixei o meu braço descansar em torno dos seus ombros e empurrei a porta, dando espaço para ela entrar e fiz o mesmo logo em seguida.

Cumprimentei uma pessoa ou outra e caminhamos até a única mesa desocupada.

— Hum! O que vai querer?

Perguntei olhando o menu que ela segurava com as pontas dos dedos.

— Não sei.

Deu de ombros e eu voltei meu olhar para a tabela de lanches.

— Eu vou pedir um esse aqui.

Disse decidido, ela me olhou e voltou os olhos para o menu.

— Acho que... vou pedir um também.

Mordeu os seus lábios insegura, e eu confesso que eu estava um pouco surpreso, afinal, esse lanche é o maior.

— Boa escolha.

Eu disse sorrindo.

Fizemos os pedidos e entramos num assunto qualquer sobre rede de lanchonetes.

Eu dizia que ali era a melhor lanchonete, e ela discordava, dizendo que ainda preferia o clássico Mc Donald's, eu dizia que ela era padrão e então ela brigava comigo.

Admito que em cinco minutos eu me esqueci das pessoas que estava nos encaravam e cochichavam. Na verdade, eu não estava me importando com isso, e desde que cruzei a porta eu percebi isso.

Elisa é engraçada...

Terminamos de comer quinze minutos depois e ainda sobraram as batatas para ficarmos a comer, uma vez ou outra quando o assunto acabava.

— Eu não acredito, isso é... ridículo.

Ela negou com a cabeça, a sua boca estava toda borrada com o lanche, eu sorri divertido.

— Eles deveriam ter dado uma oportunidade, isso é sério, não ria.

Disse Elisa me olhando e eu sorri mais ainda.

— Você...

Deu de ombros e umedeceu os lábios.

— Dani, você está bem?

Eu estava paralisado no movimento dos seus lábios contornados, eu nem reparei quão próximo já estava.

— Poderia... ser melhor.

Ela disse constrangida e engoliu em seco.

— Não é?

Eu não poderia mais esperar, eu queria beijá-la, então colei os meus lábios nos dela de uma vez, pressionando-os de leve.

Abri os olhos e me afastei devagar, Elisa estava parada com os lábios entreabertos e os olhos fechados. O meu coração acelerou quando ela abriu os olhos e me encarou com uma expressão confusa e inocente.

— Eu... eu... eu... Não sei o que fazer.

Sussurrou com uma voz fraca.

— Shh!

Pedi silêncio novamente, aproximando o meu rosto do dela, chegando à rápida conclusão de que Elisa poderia nunca ter beijado, agora isso parecia claro para mim.

Feche os meus olhos e pedi também em tom baixo, vendo-a me obedecer.

Coloquei uma das mãos no seu pescoço e a vi apertar os seus olhos, passei o meu polegar na sua bochecha e toquei os seus lábios com os meus.

Os meus olhos pesaram e baixaram por vontade própria, eu pressionei um pouco mais os nossos lábios antes de apartá-los nos de Elisa, até ela dar espaço suficiente para um beijo.

Deslizei minha língua por sua boca e ela hesitou por alguns segundos, mas depois cedeu e me deixou beijá-la.

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