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Elisa aceitou contra a sua vontade pisando firme no chão, eu ri um pouco mais quando ela parou perto da porta.

O carro era um pouco alto e eu notei que seria difícil dela subir com os joelhos machucados, soltei o meu cinto e estiquei-me outra vez, estendi as mãos para pegar os seus livros, ela me entregou de má vontade, sem me olhar ainda, coloquei-os no banco de trás.

Estendi a mão para ela, que segurava a saia para conseguir erguer a sua perna, ela segurou a minha mão e eu pude notar que estava muito gelada e suada, firmei os meus dedos em torno dos dela e ela apoiou-se ali para subir.

Eu sorri divertido e soltei a sua mão, Elisa ajeitou a saia sobre os joelhos e colocou o cinto, descansando as mãos sobre as pernas.

Coloquei o meu cinto e relaxei, notei que ela estava emburrada e queria dizer algo, mas eu simplesmente não sabia o que dizer.

Elisa não era como a Jéssica, se eu dissesse que ela tinha belas coxas provavelmente ela se magoaria por uma semana.

— Quer ouvir música?

Perguntei animado, esticando a mão até o som, Elisa apenas deu de ombros.

— Que tipo de música você gosta?

Perguntei com mil intenções, se eu soubesse os seus gostos eu já teria uma base.

— Qualquer tipo.

Murmurou quase num sopro... Suspirei pesado e abri o porta-luvas, pegando o meu estojo de CD's e colocando no colo dela, ela deixou escapar um soluço assustado.

Ela passava as páginas olhando a minha coleção lentamente.

— Boa escolha.

Disse mais para mim do que para ela, Elisa virou o rosto rápido para a janela, mas eu pude observar os seus músculos cederem um sorriso, coloquei o CD recostando-me e acelerando um pouco.

— Pode ir um pouco mais devagar?

Ela pediu delicada, eu rolei os meus olhos e enchi o peito de ar, tentando controlar a minha raiva. Diminuí um pouco a velocidade e apertei os dedos no volante.

— Obrigada.

Após um tempo, Elisa me disse para virar e por um momento eu ri, ela sabia que eu não fazia ideia de onde era sua casa, ela era muito mais esperta que eu.

— Aqui.

Ela murmurou e eu diminui um pouco da velocidade, estacionando perto ao meio fio.

O meu rosto se virou na direção dela, mas logo desviaram para a casa, peguei-me querendo entrar e observar a casa por dentro, mas isso logo passou quando a porta do meu carro bateu, só então notei que Elisa já havia pegado os seus livros e saído de dentro do meu carro.

— Hey!

Gritei, tirei o meu cinto rápido e desajeitadamente estiquei-me e apoiei as mãos no assento do lado.

— De nada!

Disse e ela me olhou.

— Eu disse obrigada, você que não escutou.

Disse ela apertando os seus livros, mordi os meus lábios, sem graça pela sua resposta.

— Ah, tá!

Dei de ombros.

— Nós se vê amanhã.

Acenei e a vi voltar para o caminho que fazia antes e indo apressada até a porta da sua casa.

— Essa aposta será a mais difícil do que eu imaginei que fosse.

Disse num sussurro.