A manhã e a tarde, passaram‐se rápido, só percebi que estávamos apenas eu e a Glória além dos guardas óbvio, quando a mulher atendeu a chamada do interfone e me avisou que todas as salas iriam ser trancadas automaticamente dentro de meia hora.
Levantei o olhar para o relógio, percebendo que já passava das sete da noite. O que não deixou de ser preocupante, ainda estava no laboratório anotando o último resultado de uma amostra celular de uma micro alga rara, e pelo que tudo indicava, era um perigo para a vida, se não fosse bem manipulada, ela tinha agentes que mataria um ser em instantes, e sem deixar muitos vestígios, o que me fez lembrar da tartaruga saudável encontrada morta sem vestígios algum de doença. Mais logo descartei a ideia sem lógica, todos animais ali, eram bem tratados, ninguém as alimentaria com algo tão perigoso, seguiam a risca a dieta de cada espécie. Além do mais, provavelmente teria encontrado algum vestígio daquilo nos exames que fez...
" A não ser, que.. " — lembrei da Vespa ‐ do mar, os sintomas eram parecidos, a picada daqueles animais, ele era considerado um dos 5 mais perigoso e mortais do mar.— Não podia ser? Poderia?— questionei a me mesma em pensamentos, tentando entender.
— Que merda! — Voltei a atenção para o equipamento microscópico, só precisava de mais alguns instantes, afastei o material com a pince, aumentando o grau da lupa. — Só mais dois minutos... — pedir concentrada.
— Enquanto isso vou desligando alguns aparelhos, e organizando essa bancada ali, — Não respondo nem tiro os olhos do que estou fazendo, mais posso ver que ela foi em direção da outra bancada de amostras in vitro, tive receios que ela derrubasse algo, apenas alertei sem olhar o que ela fazia.
— Por favor! Não tire nada do lugar, e pelo amor de Deus, não quebre nad..a..!
— Aí, Aiii!
A minha atenção foi roubada, polo som de um gritinho mais assustado que dolorido, ouvir o barulho de vidros sendo estilhaçado com o contato ao chão. A minhaa palavras ficaram presa na garganta. Corri na direção da mulher preocupada.
— Deixe isso aí, você machucou-se? — ela estava de cocoras, tentando pegar os cacos de vidro com a mão, ajudei a se levantar.
Ela avia si cortado, pois eu tinha ouvido o grito de dor após o barulho, olhei a mão dela, mais… Como? Não tinha vestígios de sangue...
— Você está com um corte na palma da mão, mais não está sangrando? Quero dizer... pelo menos não a cor de sangue que estou acostumada ver...— tentei entender, pedindo uma explicação lógica. Em vez disso ela puxou a mão libertando‐ se e dando passos para tras, se encolhendo contra a parede, escondendo a mão atrás das costas, os seus olhos pareciam assustados.
— Eu, eu, sinto muito eu não queria ter feito isso, ele escorregou, estava muito perto da beirada, eu não vi quando bati o braço... — ouvia‐ a gaguejar.
Aquilo era o de menos, o pote de coleta devia esta vazio, porque não tinha vestígio de material no chão, apenas aquele líquido em azul dourado, que escorria da sua mão. Não conseguia entender como era possível... O que significava aquilo? Me sentir inpnotizada. Não tirava o olhar da direção dela, que estava claramente com medo de mim, depois de um certo tempo aproximei-me devagar pegando a mão dela que me deixou examinar‐ la receosa.
— Quer falar sobre isso? — pedir com voz branda, para lhe passar confiança, enquanto limpava o corte com um pedaço de gases e álcool que peguei na bancada. Depois da limpeza, coloquei um Band‐Aid para fechar o local do corte, aquele não era um local bom para alguém ficar com ferimentos abertos, por risco de contaminação, de ambas as partes.
Com luvas de material apropriado não cortante, fiz toda a limpeza do local, descartando tudo no lixo correto. Depois tirei o meu jaleco branco, o deixando-o sobre a cadeira. Ainda precisava terminar a pesquisa, olhei no relógio novamente.
19: 25.
— Droga!!!
Não conseguir evitar gritar, não tinha mais tempo, se não saíssemos imediatamente ficaríamos trancadas ali até amanhã, os guardas não poderia abrir, todas as fechaduras eram codificadas.
— Me desculpe! É tudo culpa minha... Achei que minha companheia lhe ajudaria, mais só atrapalhei. — ela diz com pesar.
— Não. Que isso minha amiga, você me ajudou muito, não sabe como singuinificou a sua presença para mim. — voltei até ela, e a abracei — seu café, para me mater desperta, se não tivesse aqui com seu cuidado até para pedir comida para mim, eu não teria almoçado até agora, e não teria aguentado tão bem disposta, até ajudou a organizar parte das planilhas... Você foi ótima minha querida, deixou de ir para casa, para me ajudar, eu que estou em dívidas com você. Venha aqui. Vamos sair logo desse lugar.
**
— Preciso dar explicações...— falou quando caminhávamos devagar pela rua, bem iluminada e com movimentação de carros e pessoas como sempre era a cidade o ano inteiro.
— Não, tudo bem. Se realmente quiser falar, teremos muito tempo. Agora estamos cansadas. — Estava sim, curiosa e assustada, mais não tinha direito de exigir nada dela. Ela sorri agradecendo, e nos abraçamos, caminhamos assim até nos despedimos na metade do caminho.
— Ufa! Que dia!
Falo exclamando, puxando o ar e depois o liberando de vez. Mostrando o cansaço daquele dia interminável.
— Eloi vai me depenar amanhã, quando ver que não consigui concluir minhas tarefas!
Falei alto, realmente preocupada, o que diria para ele? Seria demitida?
Pego o telefone fazendo uma chamada para a Jessi, precisando relatar os fatos para ela, afinal ela não era a autoridade maior da empresa? Foi o que ela havia tido quando me contratara, mais ela nunca aparecia na empresa, o que ela fazia então?. Além de dormir com o Ceo da empresa?
— Ah! — não era da minha conta. — merda! — era o caos, avia dado caixa se mensagem, então gravei a mensagem de voz e enviei. Aguardaria ela me ligar, e esperava que fosse a tempo de evitar minha demissão, precisava do emprego, caso contrario onde iria morar?
Com tudo, nem tivera tempo de ir procurar o Surfista prateado. Como já havia decidido logo após ter aquela conversa com a Gloria pela manhã.
Olhando a hora no seu Smartphone vejo que não era tão tarde assim, mas não poderia simplesmente aparecer no barco do rapaz, sem ao menos ter avisado, não teria aquela coragem, além do mais estava sentindo tão cansada e desmotivada, não teria ânimo para vê-lo, não era assim que imaginou encontrá-lo. Não era aquela aparência que queria que a visse, esperava que fosse um encontro mais romântico, estivesse pelo menos com os cabelos penteados e tomada banho. Volto a guardar o celular na bolsa seguindo para casa.
Quando levanto as vista, quem eu vejo? Ele estava há um pouco mais de 2 m de distância. Parado de braços cruzado no mesmo Jeep que formos para trilha.
Rio acreditando que aquilo nao era so mera coincidência, mal tivera o pensamento sobre ele e ele aparecia, como o Lian havia dito, parecia que tinha um imã entre eles, era coincidência demais mas estava feliz em ver‐lo. Algo bom no fim de contas.
Ele veio caminhando lentamente em minha direção dizendo divertido:
— Olá Bela Dama! Me daria o imenso prazer de acompanhar-te até sua casa?
— Claro que sim! — respondo entrando na mesma vibe descontraida, — Oh meu nobre e gentil Cavalheiro. seria um prazer! — não tinha como não ceder aquele belo sorriso.
*
A Vespa‐do‐mar (Chironex fleckeri) é uma espécie de cnidário marinho pertencente à classe dos
cubozoários.
Trata-se de um dos animais mais venenosos e letais do planeta. Seu veneno é 500 vezes mais potente que o da caravela portuguesa, podendo matar um humano, e animais em minutos.
(Fonte de pesquisa biologia marinha, Google )
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Atualizado até capítulo 51
Comments
nimorango
e vamos nos informando eee
2023-06-10
2
nimorango
e como se ele soubesse
2023-06-10
0
nimorango
como não?! kkk eu estaria em colapso
2023-06-10
0