Era por volta de 4 da manhã quando a secretária eletrônica tocou o alarme, não tive nem tempo de espreguiçar‐me. A mochila já estava sobre a pequena bancada de mármore da cozinha, nela avia tudo que precisaria para aquela exploração em campo.
— Finalmente! — falei super empolgada, pois iria fazer o que gostava.
O grupo de pescadores já aguardavam a minha chegada.
— Bom dia rapazes! — cumprimentei os três homens assim que me aproximei do barco parado no porto.
— Bom dia! — todos responderam ao mesmo tempo
— Espero que o dia seja realmente bom daqui para frente!
— Porque não seria? — indaguei a um dos homens, que já começava soltar a corda do barco, ele e os demais começaram a empurrar o barco para a água.
— Ouvir no rádio sobre o clima, que hoje irá cair um pé d, agua daqueles!
Olhei para cima, o céu estava com algumas estrelas ainda, e não dava sinal de chuva, aquela altura era quase cinco da matina as ruas estáva desertas e bastante escuras, não fazia ideia de onde íamos, apenas sabia ser em uma das ilhas dos arredores, precisavam de me para coletar alguns tipos de algas marinhas, medir a salidade do local e entre outras pesquisas simples. Era o Elói que sempre os acompanhava, mas ele me ligara no domingo a tarde e avisou-me que eu deveria substitui-lo. Nem fiz perguntas, estava tão feliz em sair no meu primeiro trabalho de campo, ja vestida com a minha roupa de mergulho, pois eu iria acompanhar o oceanógrafo nos seus mergulhos, a minha empolgação não cabia em me, tanto que acordei a cantarolar uma das músicas do Maicon Jackson." Não ia ser aquele pescador que iria intimidar-me, se ele estivesse a testar minha coragem, irá notar que tenho coragem de sobra para nos dois" — Pensei enquanto segurava na mão de um dos caras que estendeu a mão com educação para que eu pudesse apoiar-me ao subir na barca que se afastou das margens assim que o motor foi ligado.
— Obrigada! — falei ao homem que ainda me segurava para que eu não perdesse o equilíbrio — Pode deixar eu não vou cair. — retirei a mochila dos ombros, deixei sobre os meus pés e ficando de cócoras sobre os calcanhares para ajeitar as botas — E caso eu caia, nado como um peixinho, agua é a minha segunda casa! — sorrir dando uma piscadela marota.
— Se a senhora está tão segura do que diz...porque aqui só quem nada bem é o Aroldo ali — Seguir a direção do dedo que o homem apontava.
— Eu sou o oceanógrafo! — o homem de aproximadamente meia-idade apontou com o dedo polegar para si mesmo, ele enrolava uma corda no braço depois deu um nó no meio e a jogou no chão, fazendo barulho nas tábuas, estendeu a mão já livre na minha direção, cobrir a distância entre nós apertando a mão dele me apresentei.
— Então Aroldo, sou a Megh! Então você é o mergulhador?
— Sim, iremos mergulhar juntos, você esta preparada? — balancei a cabeça que sim.
— Moça! Va para dentro! Aqui fora esta ventando muito, talvez sentirar melhor lá
Novamente o rapaz gentil, gritou para eu entrar, achei por melhor não desobedecer, realmente o vento estava a ficar mais forte, soprava gelado no meu rosto, os meus cabelos estavam presos na touca de mergulho, sorte que me atentei a colocar assim que subir no barco caso contrario daria trabalho até para prender.
O sol apontou preguiçoso mais tarde depois se escondeu entre nuvens. O barco ancorou na pequena ilha de Cuincas, o Aroldo equipou-se e me ajudou a preparar para o mergulho, sentado na proa ele alertou-me:
— Caso prefira ficar na superfície ou no barco eu vou entender!
— Já avisei para não se preocupar, irei ficar bem, não sabe quanto tempo estou a esperar para isso acontecer, está louco que vou ficar de fora!
— Esta bem, mas caso sinta qualquer desconforto, algo fora do normal, me avise a fazer sinal de zero com os dois dedos e volte para superfície imediatamente, e estarei logo atrás te dando suporte entendeu?
O mergulhador foi bem claro e até receoso em ter a minha companhia. Não vi perigo, mas concordei, certifiquei que o oxigênio estivesse bem regulado, pulei na água fria e seguir o homem com os seus vastos anos de experiência.
Os primeiros minutos foram tranquilos, o oceanógrafo filmava os peixes, vez ou outra fazia-me sinais para manter distância de algumas espécies de peixes e de algas, num determinado momento ele pediu que fossemos para cima, sinalizei apontado para uma das algas um pouco mais abaixo, eu precisava de uma das amostras, o homem negou que não dava tempo, eu não entendi, o meu oxigênio estava quase cheio, apesar de estamos muito fundo não sentia nenhum tipo de desconforto, autorizei que ele voltasse sem me, prometendo que já o acompanharia.
Se negando a emergir, tive que acompanhar‐lo.
— Qual foi o problema? — indaguei assim que tirei a máscara na superfície
— Pensei ter visto um tubarão‐tigre, nos observar!
— Tem Certeza? — indaguei receosa com olhos atentos até onde os olhos alcançavam.
— Não tenho certeza! Estava muito escuro e sentir que a luz do capacete começava a falhar!
Vi o homem nadar em direção a costa e comecei a seguir‐lo, foi quando notei a presença de um golfinho que nadava ao meu lado, fiquei e cantada com aquela criatura de cor rosa, aproximei-me mais ainda dele, nadando lado a lado toquei a palma da mão com luvas nas costas do animal, ele não se afastou, pelo contrário, pareceu-me bastante feliz com o meu toque, ao fãzer aquele barulho gostoso de ouvir, ele segui-me até onde o barco estava, o Aldofo observava o espetáculo já no barco usava a câmara para tirar algumas fotos do animal.
— Ele gostou de você, deve ser um garotão — o homem brincou batendo uma última foto e guardando o material de trabalho.
— Que lindo esse golfinho, mais me parece estranho essa espécie rosa aqui nessa região, será que está sozinho?
O homem ajudou-me a subir, os pescadores retirou o alçapão de pesca colocando o barco em movimento.
— Vamos voltar agora! — Um dos homens apontou para as nuvens que se formavam no céu.
— Teremos tempo, antes que essa água toda caia estaremos do outro lado!
— Tem certeza Aroldo? — perguntei ao entrar na cabine, os pingos grossos da chuva começaram a cair inesperadamente.
— Parece que me enganei! Essa chuva veio de onde?
Era o que todos queríamos saber, o que se seguiu logo em seguida foi o mais intrigante, num momento estávamos todos conversando animados sobre a surpresa do tempo, quando um temporal se formou com ventos fortíssimos que começaram a sacudir o barco com muita violência, os outros se amarram em cordas para não ser arremessados na água, como eu era a única que estava no interior segurei firme no corrimão de ferro que ficava na entrada, ouvi os fritos dos homens que me orientava a não sair de onde estava, vi a pequena janela se soltar e cair aos meus pés, estava em desespero sentia que o barco se partiria em mil pedaços a qualquer momento.
Soltei‐me rapidamente para pegar o colete salva-vidas que avistei caído no chão no meio de tantas outras coisas, com uma das mãos livres passei o colete em um dos braços, assim que o alcancei, em seguida sentir o barco ranger com um solavanco, logo fui arremessada pela porta afora, segurei rapidamente na parte inferior da proa, um dos rapazes mandou-me segura firme e veio na minha direção para resgate, com um dos cintos de segurança, antes de ser alcançada recebir uma rajada de água salgada no rosto, os meus olhos ardiam, sentir as mãos escorregar e cai no mar, segurei o colete com força para não afundar na medida que tentava nadar de volta para o barco que foi ficando longe demais, vi quando alguém pulou na água preso na corda, mas foi inútil, quanto mais tentava nadar, mas cansada sentia-me, as ondas forte arremessavam contra me corpo, comecei engolir água, em desespero acreditei ser o fim, então sentir-me meio que flutuar, percebia algo tocar as minhas pernas, lembrei do tubarão e sentir o coração disparar, comecei a rezar, tentando manter a calma, sentir novamente algo em baixo, parecia me empurrando, e não estava errada, vi o golfinho rosa parecia está tentando ajudar-me, por incrível que paressece ele posicionou-se sobre minhá barriga e percebi que não era ameaça, então deixei-me ser levada.
Fechei os olhos já sem força e apaguei.
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Atualizado até capítulo 51
Comments
Lyu Lima
Teimosinha essa menina/Shame/
2024-01-26
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Lyu Lima
A coragem cega é uma atitude pouco inteligente
2024-01-26
1
Lyu Lima
Tenho maior respeito pelo mar, seria prudente remarcar
2024-01-26
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