Stop

As cinco da matina lá estava ele com um jipe estacionado na porta, coberto por um casaco de lã, um gorro e luvas para aquecer as mãos, o sol ainda não nascera, estava fazendo bastante frio aquela hora da manhã.

Também estava bem agasalhada, peguei a mochila joguei nas costas, não imaginava o que precisaria lavar, mas água, lanches, e um kit de primeiros socorros não podia faltar, também deixara recado na secretaria eletrônica avisando que atrasaria para o trabalho, e faria horas extras.

— Então tudo pronto!

sorrir esfregando as mãos para aquece‐la, depois o cumprimentei com um bom dia.

— Creio que sim!

— Então der-me isso e vamos embora.

O vi arquear a sombracelha, enquanto parecia curioso do conteúdo que tinha ali.

— Está levando pedras? — ele sorriu, abrindo a porta para mim, deixou a mochila no banco de trás, ao lado da dele.

— É minha primeira vez, talvez tenha exagerado um pouco... — disse sem graça

— É, talvez! — ele deu de ombros, entrou e pós o veículo em movimento.

— Onde vamos? — demonstrei uma certa preocupação — será longe?

— Só confia em mim, tenho certeza que irá gostar!

Balanço a cabeça concordando, e relaxo o corpo no banco observando as luzes da cidade ficar para trás rapidamente.

Após saímos da pista, foram quase uma hora de estrada esburacadas e bem estreitas. O sol já estava claro quando o jipe parou em frente a uma mata fechada, uma placa tinha aviso em vários idioma "não ultrapasse, área protegida"

Edwardh pegou as mochilas pendurando uma em cada lado das costas e convidou-me a segui‐lo.

— Tem certeza que podemos invadir? — estava receosa, não gostaria de ter problemas com os ambientalistas e a polícia.

— Esse aviso é para os caçadores, não se preocupe!

Esperei abri o portão de madeira pesada, e o segui.

— Fique sempre perto de mim, e tome cuidado ao, caminhar, a trilha é estreita e certo trechos tem subidas e pedras escorregadia, caso precise, pode segurar na minha mão.

concordei tentando acompanhar seus passos rápidos.

As copas das árvores eram densas, quanto mais as adentrávamos entre elas, mais escuro ficava o caminho, me assustando com o silêncio e outras vezes com o barulho de animais e pássaros, com certeza eles também estavam assustados com os intrusos.

— O que foi isso? — apertei a mão do Edwardh olhando assustada para a direção de um assobio arrepiante no meio daquele silêncio.

— Calma! Não precisa ter medo, é só uma ave.

Concordo sem soltar ou diminuir a pressão da mão.

— Já estamos quase lá, Tenho certeza que irá valer o esforço. — seguir a seu lado quando começou andar novamente, me sentia cansada.

Se quer olhava para onde estávamos indo, apenas lembrava de contos de curupira que os meus pais contavam quando eu era criança. Aquele era o perfeito cenário descritos na lendas assustadoras, mais eu não era mais criança, e nem podia acreditar em criaturas estranhas de folclore.

— Veja essa vegetação! Não é relaxante? – diz, empolgado, quase meia hora depois.

Olhei o local onde uma variedade de vegetação e flores silvestres crescia abundante, intocada pelo homem. Estavamos perto de um penhasco, lá embaixo uma enorme queda d'água formava uma exuberante cachoeira cristalina.

— Uau! – fiquei maravilhada, aquela imagem era algo surreal, parecia tirada de sonho.

— A natureza é perfeita! linda não é?

Não respondi, minha expressão boqueaberta, já dizia tudo

Descemos com cuidado a passagem de pedras escorregadia

— Espero que tenha trazido biquíni! – ele diz deixando as mochilas no chão de uma grande pedra lisa, com um sorriso convidativo, começa tirar as roupas já suada pela longa caminhada.

Não avia trazido. comecei mim, despir também.

" Isso não será empecilho para não aproveitar aquela maravilhosa cachoeira tão convidativa" pensei

— Então vamos?

Ele deu um pulo na água gelada

Era louca por água, amava nadar, não precisou falar duas vezes, depois de tirar o casaco, blusa, tênis e por último a calça jeans, com a roupa íntima, pulei toda feliz na água. Nadamos por muito tempo, brincando de pega‐pega e longos mergulhos. O que me deixou surpresa por conseguir segurar a respiração por muito mais tempo que antes, até enxergar claramente debaixo d'água.

— Vamos comer algo! — diz depois de deixar-me vencer‐lo, no nado pela primeira vez, depois de perder cinco vezes.

Saímos da água

Espalhei a minha toalha no chão e retirei da mochila as frutas, os sanduíches de peito de Peru e uma garrafa de suco natural e algumas barras de cereais

Ele sorriu

— O que mais tem aí nessa bolsa mágica sem fundos?

Também sorrir divertida, achando melhor não falar que tinha alguns pães de queijos, uma lanterna, isqueiro, um canivete, o kit de primeiros socorros, até um espelho. só faltou a barraca de camp e o colchão.

— Eu avisei que nunca tinha saindo para fazer trilhas! Vamos comer bem, além desse paraíso! — ofereci o sanduíche, já mastigando a barra de cereal.

— Trouxe frutas, mais estava pensando em pescamos alguns peixes e assar... – apontou para alguns pés de coco verdes ali perto — tomar água de coco... viver da natureza que esse paraíso nos oferece.

— Ah!..! – aquilo parecia ótimo, era bem a cara dele, bem estilo livre. termenei de mastigar, apoiei-me na mão que ele me oferecia, levantando seguir-lhe, até a árvore alta, e o vi subir sem muita dificuldade, após colher dois cocos, ele voltou para a água de onde saiu com um peixe de tamanho médio, o suficiente para dois.

Não perguntei como ele fez para caçar um peixe daquele porte tão rápido.

Também o vir abrir a fruta sem usar facas, ofereci-me para limpar e salgar o peixe, enquanto, ele acendia a fogueira, depois o entreguei o peixe e fiz uma salada de frutas, servida em folhas de bananeiras.

Sentia-me uma aventureira, estava divertida, nunca avia feito nada parecido antes, apesar de está morrendo de fome, estava a amar, a experiência.

Conversávamos esperando o assado ficar no ponto.

— Você é de onde? – sentei mais perto

— De todo lugar! – ele entendeu o que queria saber depois de amarrar o cabelo no alto da cabeça, volta a falar sem se distrair do fogo — nasci em um recife, mais você não conhece... Isso não é importante, é? – ele virou para olhar para mim

Neguei com a cabeça. Passando os olhos em seu pescoço, queria saber o que aquilo significava para ele, mais desviei os olhos para as plantas diversas, ao redores, aquele lugar trazia uma paz. E com certeza ele também não julgava que seria importante para mim saber.

— Você gosta? – ele passou a mão sobre a tatuagem

— Fiquei curiosa...– ressalto, evitando voltar olhar para seu corpo bonito. Ele usava apenas cueca de banho, era tentador não admirar, aquilo parecia desconcertante. — Seria estranho se contasse que sonhei com ela? – falei sem pensar, e arrependir, ele não precisaria saber.

Vi ele olhar-me curioso

— Sonha comigo?

Eu corei

Não era do jeito que ele devia esta pensando

— Era mais com esse ⛛ símbolo...

— Um dia talvez eu lhe conte sobre ela. – ele diz voltando a atenção para o alimento que já emanava seu aroma bom. Ele levantou‐se, virou o assado quase no ponto. Antes de voltar a sentar, andou até uma planta cheia de flores, colhendo uma das flores silvestres.

— Posso? – diz se ajoelhado na minha frente.

— Claro! — sorrir

— Linda! — ele admira a flor que prendeu nos meus cabelos

— Linda mesmo! – concordo

— Você é linda! – ele fala. Rimos ao mesmo tempo, fiquei sem graça. Mechir nos cabelos, pois entendi que ele falava da flor. — ela também é, mais refiro a você!

Edwardh se aproxima devagar, olhando para meus lábios, fico imóvel. Sinto o toque das mãos em meu rosto, percebo através do seu olhar, que pretende me beijar, e não consigo afastar-me.

Ele roça seus lábios suavemente nos meus, fecho os olhos. Reprimindo a vontade de passar o braço em volta do seu pescoço para senti‐lo mais próximo, a sensação dos nossos lábios colados era docemente boa, sem ansiedade, sem pressa, nunca sentira nada parecido.

— Eu gosto de você, gosto mesmo...– diz segurando em minha nuca, sem afastar seus lábios, me vi sorrindo enquanto retribuía com prazer, seguindo o movimento da sua boca. Aquilo poderia durar a eternidade que não reclamaria... que beijo...

Estava ficando muito quente aquele lugar, as respirações estavam ficando ofegantes, desejando que ele fosse um pouco mais ousado e ...

" O que estava acontecendo?"

Abrir os olhos, voltando em mim, lembrando que não estava certo, afinal, eu gostava de mulher, não era? – questionei eu mesma em pensamentos.

Algo dentro de mim piscava o alerta vermelho, " Stop"

— Vamos parar por aqui! – coloquei a mão em seu peitoral e o empurro devagar

— Você não gostou? Fui indelicado? — demostra está confuso, já que eu dei entender que estava doida para abrir as pernas para ele.

Sorrir gentil

— Você Foi um docinho, é que não posso... Essa, não é realmente eu.

— Sei...

Ficou me olhando por um tempo, novamente sem graça, mordisquei os lábios, ele desceu o olhar para minha boca. antes que ele pensasse que era um convite para outro beijo, me levantei, se ele tentasse outra vez eu com certeza cederia, e só Deus sabia no que daria, depois nos odiariamos e o que podia ser uma amizade legal, acabaria tragicamente, não queria estragar aquilo.

— O assado está pronto. Estou faminta, vamos?

— Também estou.

Ele levantou‐se, e podemos comer finalmente.

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Comments

Lyu Lima

Lyu Lima

Pelo jeito não kkkk

2024-02-18

1

Lyu Lima

Lyu Lima

Desconfiada como sou, já imaginaria sendo jogada dali kkk

2024-02-18

1

Lyu Lima

Lyu Lima

Claro! Essa placa aí é de brincadeirinha.

2024-02-18

1

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