LUAU

Com a concentração ainda lerda levantei arrumei as pasta que acabara de revisar, peguei minha bolsa e fechei a porta atrás de mim, " Graças a deus o expediente terminou" — Pensei suspirando longamente já caminhando pelo corredor, parei na porta de uma das salas e batir, sem resposta chamei pelo Elói, ele não apareceu, girei a maçaneta devagar entrei dando conta que não avia ninguém alí, decidir deixar as pastas que ele pedira mais cedo, ali na mesa, notando o computador ligado, pensei que deveria desligar, segurei o teclado clicando na opção desligar, antes de fechar a página vi o conteúdo que era sobre o projeto L V T" leviatã" não estranhei o fato do Elói ter esquecidos a tela ligada, mas sim no canto em destaque avia uma data de teste recente, uma coleta de sangue de um golfinho de espécie rara, mais abaixo estava circulado o nome "sereia a criatura que tem o poder de curar, prolongar a vida da sua espécie, (testes ainda sem novidades) criaturas marinhas sem vestígio na região, esperando resultados de novas tentativas de coleta...

— O que você está fazendo?

Eu meia que fui pega no susto, coloquei a mão no peito, me virando para olhar o mau-humorado do Elói que entrara de repente, Parado perto, me olhava faiscando de raiva, sentir como se estivesse cometido um crime grave.

—Aff! Só vi entregar essas últimas pastas, como voce deixara a tela aberta, pensei que estivesse esquecido, e indo embora...

— Acredito que você não é paga para ficar xeretando o que não lhe diz respeito!

Não era novidade ele ser tão rude, mais aquele sermão pareceu desnecessário, arquiei a sombracelha, meia em choque quando ele passou por mim, olhou a tela que ainda estava aberta na página do projeto, depois falou quase gritando apontando para a porta:

— Saia daqui! e não volte a repetir essa ousadia!

Estava sem entender o porquê ele ficará naquele estado, me atrevir a tentar argumentar.

— Elói, nos somos colegas de trabalho, seria bom se nos tratassemos com respeito, se está trabalhando em algum projeto em segredo, tudo ok, mas creio que se pudesse me interar no assunto, com certeza poderia te ajudar, seria duas cabeças trabalhando!

— Não é secreto! Mas é algo meu, prefiro não dividir, então pare se ser enxerida, não preciso da sua ajuda!

— Nossa! Não precisa ser tão estúpido! — Disse pronta para sair da sala, mas parei na porta quando ele começou a falar e detectei em seu tom de voz algo ameaçador.

— Só estou sendo como foi comigo, deve mesmo esta acostumada à ser bajulada, — Com olhar acusador continuou:

— Acha que não reconheço garotas do seu tipinho?

Antes que eu tivesse tempo de entender onde ele pretendia chegar, foi logo falando aparentemente enojado

— Garotas como você, pisa em todo mundo, porque consegui fácil as coisas, novinha, bonitinha, posso imaginar como um sorriso seu para um empresário carente abre portas, se abrir as pernas então...

Ouvi aquele tipo de coisa pareceu-me pesado demais, até porque nunca dei parecer ser esse tipo de mulher, como ele podia ser tão indiota em falar aquilo sem mais nem menos?

— Olha Elói, não fale o que não sabe! Se uma coisa posso te dizer é que nada, nada mesmo na minha vida foi de mão‐beijada, jamais precisei me sujeitar a homem algum, — Estava magoada com aqueles insultos, mais tentei controlar o meu tom de voz, não podia deixar ele perceber o quanto me feria.

Continuei pacifica:

— Entendo que não gosta de mim, me sinto culpada pela forma que te tratei aquele dia, peço que esqueça aquele dia, e pelo bom desempenho do nosso trabalho, vamos tentar ser bons colegas aqui dentro?

Vi a forma desdenhosa que me avaliou, depois sentou-se esticou as pernas ao rescostar na cadeira pensou um pouco e falou por fim demostrando pouco interesse na trégua que eu sugeria.

— Não foi legal a forma que falou comigo, por isso não gosto de você, mais sim, concordo que devamos manter a paz aparente por aqui, então desde que não se meta no meu caminho...

— Cara eu reconheço errei, aquele dia eu estava de cabeça quente, não sou sempre assim! — Forcei um sorriso de lábios cerrado— Eu posso parecer jovem, inexperiente, mais verá que sou completamente apta ao que escolhi fazer!

— Para seu bem, espero que sim! — falou ainda com tom áspero

— Ok então!

concordei levantando a mão em sinal de paz, saindo daquele lugar, antes que perdesse o bom senso estava forçando a natureza para não pular no pescoço daquele insuportável, aquele era meu real desejo, dessa vez Elói avia extrapolado os limites "ser desprezível" Pensei depois desci as escadas trilhando para fora daquele lugar.

Enquanto caminhava de volta para casa recebi uma mensagem do Lian me perguntando sobre o meu dia e se eu gostaria de sair mais tarde para jantar. Numa mensagem breve contei a mesmice chata que era passar o dia sentada diante de uma tela digitando, não deixei de me queixar das dores na lombar, e nos dedos, depois agradeci o convite e recusei, falei que estava exausta, até que não era totalmente mentira, estava de certa forma envergonhada da noite passada, fleshs vieram durante todo aquele dia, e lembranças desagradáveis de domingo quando aceitei outro convite para ir em um luau com ele, e acabei bebendo mais que no sábado, na boate.

Naquela manhã de seguda feira fui despertada pela assistênte virtual, levantei péssima de ressaca, tomando um café bem forte amargo depois alguns analgésico, e consegui suportar o dia, agora falando com o Lian, as imagens da noite vinham como enxurrada, e nada podia ter sido pior, que ter feito o que fiz, aquele beijo fora completamente sem sentido, sem sentimento, apenas porque queria fazer aquele estranho que vira na boate e que estava também no luau, que parasse de me pequerar, pois ele estava incomodando, todo canto que olhava lá estava ele que não negava o intenso interesse, então não pensei, apenas puxei o China que estava sentado ao meu lado enquanto um grupo tocava violão e cantava ao redor de uma grande fogueira, dei aquele beijo bem demorado, pegando ele sem esperar, arregalando os olhos de espanto, no começo ficou sem reação, como eu insistir instigando enquanto esfregava meus lábios nos dele que correspondeu delicadamente, só assim o plano deu certo, depois que me afastei do Lian, olhei disfarçadamente para a outra direção, e percebi satisfeita que o homem com cara de surfista mão estava mais lá.

Depois do que fiz, era lógico que o clima ficaria estranho com o Lian, pois eu não sentia interesse algum, a não ser de amigo, me sentia mal por ter usado ele daquele jeito, até notei que o resto da noite ele ficara todo carinhoso, enquanto eu bebia todas para tentar esquecer a covardia que fizera, fiquei sem saber como explicaria meu comportamento já que não queria aquele tipo de afeto com homem algum; só me restava fugir e fingir que nada acontecera.

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Comments

Lyu Lima

Lyu Lima

Beijar o coitado não foi legal, vacilou

2024-01-24

1

Lyu Lima

Lyu Lima

Quê? Tá loucão?

Processinho, bb

2024-01-24

1

Lyu Lima

Lyu Lima

Aí não, está passando dos limites

2024-01-24

1

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