O SONHO

Nadava tranquilamente no imerso mar azul, o dia parecia perfeito para aproveitar aquele sol na praia. Ouvindo os guinchos e chiados muito perto, percebia que não estava sózinha, o boto rosa apareceu ao lado derrepente. Sorrir por ver o lindo animal, dessa vez ele não viera sozinho, havia outro, esse ficava mais afastado, sua cor era branca, muito branca, pude ver que a cor dos olhos er azul, o que impressionava, pois parecia que já vira aquele olhar assustado em algum lugar.

Tentando aproximação, vi o outro desaparecer nadando para longe, aquele parecera arisco, o que achava estranho, pois os golfinhos eram todos amigáveis e gostavam de se comunicar. Voltara a atenção para o boto rosa, que começará a saltar na água, brincando, parecia querer imprecionar de alguma forma. Amava os golfinho, mais sentia que aquele era diferente, e nem só pela cor, ou por ter salvo minha vida. Nadei até o animal e acariciei sua cabeça como um cafuné, o boto fechou os pequenos olhos aproveitando a carícia com seu comportamento feliz, emitindo variados sons.

— Como assim? — passei a não no desenho que via ali, parecia uma tatuagem, acreditei que também já havia visto em alguém, procurei na memória, não tive muito tempo de pensar, formos sugados para baixo por um forte redemoinho que se formou rapidamente, ambos nadavamos tentando submergir e afastar daquilo que parecia ter vida, mas quanto mais nadava, mais parecia afundar para a escuridão do mar, sentindo muito medo, agarrara ao animal, derrepente ele já não era ele, vi um rosto humano, que apontou para o algo que trazia no pescoço, lembrara do elixir, então abrir e tomando um pouco, logo sentir que respirava debaixo da água, podia enxergar com perfeição tudo ao redor, e nadava com a leveza de um peixe. Segurando na mão, o homem me guiava de volta para a superfície, onde o mar voltara a ficar calmo, aliviada, virei para agradecer, antes de poder falar qualquer coisa, o vi nadar de volta para o fundo do mar e sumir, mais antes disso, reconhecera o rosto do estranho.

— Edhward? — assustara de vez, ouvindo o som da própria voz falando o nome do rapaz que me salvara da tempestade, e trouxera para casa naquela noite. Era só um sonho ou pesadelo, mais parecia bem real.

Sentando na cama olhei o relógio, faltava 5 minutos para a assistente virtual despertar, como fazia todas as manhãs, antes que ela despertasse, a desliguei levantando bem disperta, sentia o corpo leve, parecia esta bem descansada, até parecia estranho, a tempos não sentia tão cheia de energia, nem parecia que havia estado a beira da morte a quatro dias atrás.

Depois da chuveirada, e organizar para voltar ao trabalho, ainda estava com tempo para um café, com a xícara na mão, passei em frente ao aquário, ficando arrasada ao ver os peixinhos mortos, aqueles dias fora de casa, eles haviam ficado sem comida. Sentir vontade de chorar, mais controlei a tristeza. Depois do café, enviei a mensagem para o Lian, contando o que havia acontecido, e que ja estava de volta, imaginando que devia esta preocupado com meu sumiço.

Em seguida liguei deixando uma mensagem na secretaria eletrônica do trabalho, avisando que estaria de volta no trabalho aquela manhã.

Estava pronta para sair, antes passei em frente ao espelho, vendo aquele negócio estranho no pescoço, resolvir retira‐lo, porque não combinava em nada com a roupa discreta que vestia. Também não acreditava muito na história que o homem contara sobre o tal poder milagroso daquele conteúdo, então não iria ficar fazendo papel de tola com aquele colar horroroso. Deixando o tal elixir na gaveta da cômoda.