Capítulo 14

Dylan

Não me surpreendo que Sean vá comigo fazer uma visita ao padrasto de Nadine, provavelmente Michel já fofocou a situação para ele ou um dos seguranças também pode ter feito a fofoca, mas o bom é que Sean vai me impedir de ir para a cadeia.

Quando eu desço onde sei ser o prédio que Nadine morava faço uma careta, o pior é que é um dos melhores prédios para morar nesse bairro de merda, saber que a minha deusa, minha joaninha e minha filha correram perigo esse tempo todo me dá uma angústia imaginar o que poderia ter acontecido com elas.

- Billy disse que o homem era policial do bairro – Sean diz assim que eu saio do meu carro junto a Gerard.

- Sim, e que é amigo da vizinhança- eu digo ele entende a piada, Bernard padrasto da Nadine ele é policial aposentado, aposto que se aposentou só porque conhece gente grande, ele é amigo da vizinhança, não como o homem aranha, mas amigo dos traficantes do bairro. Percebo que acabei de descobrir quem foi o traidor – Billy já foi mais esperto.

- Não o culpe, você me paga para cuidar da sua segurança, é o que os meus homens fazem me mantendo sempre informado, eles fazem a sua segurança, mas é a mim que eles obedecem – ele diz dando sinal para um dos seus seguranças irem na frente, já disse que quando se trata da nossa segurança Sean fica extremamente louco, não deixa passar nada e é por isso que eu tinha certeza de que ele estaria aqui antes mesmo da mensagem que me enviou.

- Me lembre de demitir você – eu falo caminhando para as escadas nos informaram que o elevador está com problemas.

- Por mim, ficarei agradecido caso queira pagar a multa do contrato – ele diz eu não me importaria em pagar os milhões para ele se agora eu não tivesse uma família, mas até parece que eu ia ficar pobre, não ia fazer nem cocegas na minha conta bancária, mas ele não precisa saber disso, vou deixá-lo se achar um pouco.

Assim que chegamos na porta do apartamento onde Nadine morava nós a encontramos aberta e um homem que aparenta ser mais velho do que é já está com uma garrafa de cerveja na mão, ele não olha para nós, somente sorrir, pelo que parece ele já está informado da nossa visita.

- Nunca imaginei que ela conhecia gente montada na grana – ele diz rindo provavelmente já sabendo quem somos – não vai me dizer que você é o pai daquela criança?

- Não sou seu amigo e não vim para esclarecer nada que você queira saber – tiro uns papeis que eu trouxe em minha pasta – assine

- Acha que é simples assim? - ele gargalha alto, olho para o ambiente sujo cheio de garrafas vazias ao chão, olhando o ambiente gostaria que Nadine tivesse ido a boate atras de mim, por mais que na época eu não desejava ser pai eu a ajudaria.

– Você nunca se importou com ela a não ser com a bebida – eu digo ainda pacientemente

– Aquela vadi4 sumiu quando eu mais precisei dela – ele diz furioso, eu tinha razão ela não me contou tudo, mas o modo como fala dela me faz quase perder a paciência, infelizmente eu não ´posso partir para violência, pelo menos não ainda.

- Precisou do que? Que ela limpasse o seu vomito? – indago contendo o meu ódio o instigando a contar o que aconteceu

- Nadine não contou tudo, não é? - ele diz e eu não deixo transparecer que tem razão – como você pode confiar em uma mulher que te escondeu um filho? – ele provoca, o filho da put4 é mais esperto do que eu pensava

- Vamos Bernard assine, ou que tal eu fazer uma visita para o seu querido amigo K2 – eu digo o nome do traficante do bairro, ele tenta conter a surpresa, descobrimos que enquanto era policial ele desviava algumas gramas da carga de droga do k2, o homem cujo criou sua fama de que odiava marginais, vivia batendo em garotos drogados na rua, enquanto fazia isso na verdade apenas porque os moleques não queriam dar uma parte das vendas, me admiro k2 não ficar sabendo disso.

– Você não sabe de nada – ele rosnou furioso – Elas são minhas, avise Nadine que ela tem dois dias para voltar para casa ou a polícia vai fazer uma visita para vocês, quer isso? se meter em uma briga que não é sua?

- Mesmo se Nadine não fosse minha – eu rosno me aproximando dele, que mesmo sendo alto precisa erguer a cabeça para me encarar – eu ia protegê-las, você não vai fazer porr4 nenhuma ou eu destruirei você, se bem que não é preciso, olhe ao redor, você já estar na merda.

- Tudo certo – Sean avisa, ele e Gerard estavam tirando fotos da casa e dos cômodos enquanto eu entretida Bernard, que ainda parece focado em me encarar, eu quero conseguir a guarda legal da joaninha por meios legais, mas seria tão fácil matá-lo, aqui e agora – Dylan, não.

Sean diz firme quando eu sem perceber estava levando as mãos até a minha arma, o homem só agora parece perceber que eu não estou sozinho, além de Gerard e Sean, tem mais dois seguranças na porta e mais lá embaixo nos esperando.

- Um milhão – o velho diz e eu gargalho – você poderia acabar comigo aqui e agora, mas aparentemente está apaixonado por aquela vadi4 e vai fazer tudo para que ela possa não odiar você, acredite, Nadine com aquele jeito todo certinho dela se descobrir que você matou uma pessoa ela vai ficar tão decepcionada e assustada que não vai querer nada com alguém sujo – ele diz e o ódio que já estava grande em mim queima o meu sangue me consumindo por inteiro – e tenha certeza eu poderia facilmente consolar a minha enteada, reparei que depois que teve aquela criatura ela ficou ainda mais gostosa.

Ele diz e ninguém tenta me conter, até porque se tentasse não iria conseguir, eu o soco com tanta força que ele cai no chão desacordado, mas ainda não é o suficiente para mim, eu continuo o socando não ligando para o sangue em minhas mãos, mas depois de um tempo Sean me puxa de cima do homem que em breve será morto, se é que ainda não morreu. O meu ódio é tanto que eu não me importaria em matá-lo e parar em uma delegacia por conta disso, eu ficaria feliz de livrar o mundo de mais um merda. É tão nojento o modo como ele falou da Nadine, me deu ânsia de vomito, não quero nem voltar a imaginar do porquê ela fugiu, se foi por isso meu Deus, o que ele queria fazer com as minhas meninas?

– Você não pode matá-lo, nós vamos conseguir a guarda da menina de um jeito ou de outro – Sean diz me puxando da casa eu continuo encarando o corpo do homem estirado no chão oro para que ele esteja morto.

– Se ele morrer a guarda passa a ser da Nadine – aviso rindo com ironia

– Mas aí você não vai fazer parte da família porque estaria preso, Dylan – o Sean diz ainda contido, mas sei o quanto tudo o que ouviu também mexeu com ele.

– Eu não me importaria em ficar preso se elas fossem livres e feliz – eu digo ele me olha com pena, sabe que aconteceu alguma coisa com o meu passado, mas Michel é fiel ele nunca contou nem mesmo para a Antonella, e eu não estou pronto para trazer essas lembranças dolorosas de volta, não agora.

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