Capítulo 16

Nadine

A preocupação que eu senti ao ver o Dylan com a mão machucada deu lugar a raiva quando percebi que a sua camisa é um tom mais escura do que a que ele saiu de casa, e que os seus cabelos estavam levemente úmidos e o cheiro de banho recém tomado com sabonete caro feminino exalada por todo o lugar, mas fiquei com raiva só por dois segundos antes de ouvir um grito estrondoso

–Dylan Foster – a voz diz cada vez se aproximando mais, Dylan me olha envergonhado e eu fico pensando em quem deve ser essa mulher que tem uma intimidade tão grande com ele para saber o código do elevador, e para entrar desse modo, lembranças da mulher que diz ser a sua namorada me vem a minha mente e eu arregalo os olhos, e se ele ainda não contou toda a situação para ela? – você está fazendo o meu mari... ouu

Ela entra na área da piscina e arregala os olhos assim como eu faço quando percebo que ela não é a mulher da internet, e se ele for tão pilantra que tem outra?

– Eu posso explicar – ele diz para ela que o encara surpreso – Nadine essa é a Barbara o furacão de quem eu falei, ela é a minha amiga e secretária. Babi essa é a Nadine minha esposa.

– Ai meu deus – ela diz paralisada e se vira para mim – Eu sou a Babi, pode contar comigo, ele te obrigou a fazer isso? se for me avisa eu tenho um melhor amigo que é advogado e.e.e a não, o amigo é ele – ela diz envergonhada e lembra de algo – mas o meu segurança gostoso não tem medo do Dylan e pode meter o soco na cara dele enquanto eu fujo com você para um lugar seguro.

Ela diz tudo rápido quase eu não assimilo nada, o meu agora marido, sim marido a essa hora os papeis já deve ter ido parar no cartório ou sabe deus onde, Dylan revira os olhos e pega a nossa filha do meu colo.

– Ele não me obrigou, está para nascer o homem que vai me obrigar a alguma coisa, mas acredito que eu possa precisar do punho do seu marido para socar o meu a qualquer momento – brinco também entrando no seu jogo e ela gargalha vindo me abraçar, acredito que somos quase do mesmo tamanho, porém os imensos saltos que usa dão a impressão de que é maior – prazer, Nadine.

– Ohh, você é a menina que a Antonella ajudou na clínica – ela diz parecendo surpresa e pelo visto todo mundo já sabia de quando eu fui até a clínica – Oh meu deusss crianças.

Ela vai até Dylan e admira a nossa filha, ela parece tão encantada que os seus olhos brilham enquanto olha para uma cópia do meu marido, em seguida olha para a minha Flora que segue pendurada nas pernas do meu viking, quem julgaria?

– Olá- ela diz se abaixando e ficando na mesma altura da minha irmã – eu sou a Barbara, mas você pode me chamar de Babi.

– Eu me chamo Flora – diz toda confiante – sou a jo alguma coisa do tio Didi, né tio? – ela diz virando o rosto para o Dylan para que ele confirme noto o brilho dos seus olhos e sei que mesmo implicando pela casa sobre ser chamado de Didi, no fundo ele gosta.

– Sim, você é minha joaninha – ele diz se sentando na espreguiçadeira ainda com nossa filha em seu colo, o grudezinho dele se senta ao seu lado, o meu coração além de ficar feliz por essa conexão entre os dois teme que ela venha a sofrer muito quando nós precisarmos ir embora – eu ia para o trabalho daqui a pouco e contaria tudo a você, aconteceu muitas coisas e não tive tempo ainda.

– Mas porque se casaram? – ela pergunta dessa vez para mim – não me leve a mal Nadine, o meu amigo é gato e deve ser muito gostoso, mas em questão de namoro ele não vale o que o gato enterra.

– Ei – protesta magoado, mas acredito que até ele mesmo sabe que é verdade, durante tudo o que eu vi nas pesquisas de internet ele nunca teve um relacionamento e saia todos os dias com uma mulher diferente, as vezes até mais de uma – Depois nós conversamos Babi, agora nós precisamos trabalhar, ok?

– O senhor precisa chefe – ela diz debochada para ele, confesso fiquei feliz em saber que ela não tem nada com ele a não ser amizade – mas se a Nadine, não se importar da minha companhia gostaria de ficar com ela mais um pouco e conhecê-la melhor.

– Não me importo – sou sincera, até porque cansei de não ter amigas, e ela me parece ser uma pessoa legal e confiável, minha melhor amiga está impossibilitada de falar comigo tenho certeza que quem me liga pelo seu número não é ela. Dylan me olha no fundo dos meus olhos como se perguntasse se eu tenho certeza, eu concordo.

– Tudo bem – ele suspira inala o cheirinho da nossa filha mais uma vez assim como da Flora que sorrir boba – Nadine não desça agora por favor, minha família – ele diz engolindo em seco arregalo os olhos diante da palavra, ele nunca disse que tinha parentes, mas percebo o seu olhar distante, mas que logo disfarça com um sorriso fraco – temos o histórico de ter alergia a produto de limpeza, espere diminuir o cheiro por favor, se precisar de qualquer coisa peça para babá trazer.

Ele avisa me entregando a nossa filha que eu pego cuidadosamente em meus braços evitando até em respirar para não inalar o seu cheiro, cheiro de sei la quem esse canalha gostoso, ai que ridículo Nadine, o home não te fez nada, penso enquanto miro ele se distanciando, dou um sorriso fraco para Nadine que me encara maliciosa, provavelmente eu suspirei ou bufei e nem percebi.

Eu saí de dentro da casa justamente por conta que já havia notado o incomodo da minha filha com os produtos, uma vez, não tem muito tempo na verdade havia feito faxina há uns quatro dias em casa, quer dizer na casa que eu morava e ela espirrou muito ficou bastante incomodada, e olha que eu usei pouquíssimo produto.

Passar a manhã com a Barbara foi uma das melhores coisas que me aconteceram hoje, ela é tão atenciosa e querida quanto Antonella, com a diferença que Babi é maluca de pedra, mas percebi que por trás desses sorrisos bobos que dá ela já passou por muita coisa na vida antes de chegar até aqui, contei para ela sobre como eu fugi e como eu parei na casa de seu amigo e casada com ele, fiquei encantada quando contou sua historia com o Dylan, eu fiquei feliz de saber que ele é desses que ajuda sem pedir nada em troca.