Capítulo 06

Dylan

Antes de darmos continuidade a nossa conversa o médico chega para avaliar outra vez a criança, ou melhor dizendo... a minha filha! Pelo que eu entendi ela está com resfriado e a febre estava alta quando ela chegou no hospital, mas a febre não voltou a um tempo, mas que pode voltar por durante três dias, informação essa que me deixou desesperado, e olha que eu tenho poucas horas sabendo que só pai e já estou surtando com a possibilidade de ela ficar febril novamente.

Fiquei ao lado da Nadine durante toda a consulta, acredito que é isso que se espera de um pai, o  médico avisou para que continue o tratamento em casa e assinou a alta, depois disso nos deixou sozinhos novamente.

– Vamos, vou te levar até o apartamento onde eu morava, eu o mantenho limpo, não se preocupe – Antonella diz para uma mãe leoa que segura a nossa filha em seu colo com tanto amor, enquanto eu olho para a pequena Hope, sorrio esse nome me transmite um sentimento bom, talvez seja isso que Nadine pensou ao dar um nome para a nossa filha... Esperança.  

– Não sei nem como agradecer Antonella – diz emocionada, me desperto quando mãozinhas pequenas pegam as minhas, eu olho para baixo me deparando com um sorriso doce infantil, de modo súbito eu me vejo sorrindo para ela e penso que a minha família não vai morar de favor na casa dos outros.

– Não – aviso talvez alto demais assustando um pouco o bebê no colo da mãe, as mulheres me olham confusas – Eu falei sério quando disse que vamos nos casar, para ser mais exato hoje eu darei entrada e amanhã seremos marido e mulher.

– Dylan– O meu nome sendo sussurrado saindo dos lábios da minha deusa me causa um arrepio na pele enviando ondas por todo o meu corpo. 

– Além de providenciar uma nova certidão para a..  – Não consigo pronunciar as palavras certas e o bebê me olhar com os mesmos olhos verdes que o da ... não me ajuda muito – para o bebê, eu sou o pai dela não preciso de um exame de dna para comprovar isso.

– Não esperava menos de você Dylan – Antonella diz satisfeita, a menina aperta as minhas mãos como se entendesse alguma coisa do que está acontecendo.

- Além do mais, você precisa pensar na joaninha aqui – digo o apelido que eu inventei para ela que sorrir para mim, viro o olhar para a minha deusa ela me olha desconfiada.

–  Eu nem conheço você Dylan – ela diz apertando nossa filha em seus braços, espero que ela não esteja com medo de mim, mas depois de tudo o que relatou é compreensível, eu só não gosto que ela pense que eu seria capaz de machucá-las.

– Conhece o suficiente – Aponto para a nossa filha em seus braços, foi golpe sujo eu sei – não tente dificultar as coisas Nadine, eu quero ajudar e proteger vocês, e só vou conseguir fazer isso se você tiver o meu sobrenome e morando sobre o meu teto.

- Dylan tem razão Nadine –  minha amiga resolve me ajudar – se nada disso der certo, você terá o meu apartamento para ir, acredite ele apesar de ser um idiota a maior parte do tempo, ele sabe o que fazer e tem o maior coração que eu já conheci, com um pouco de tempo você vai perceber isso.

Fico calado depois disso sem saber realmente como agir, eu não esperava por isso agora, porém fico verdadeiramente agradecido quando Nadine começa a refletir suas palavras, ela olha as mãos de sua irmã conectadas as minhas e olha nossa filha em seu colo por fim balança a cabeça concordando.

–  Tudo bem, apenas por pouco tempo até eu conseguir a guarda da Flora – ela diz me encarando firme, a possibilidade de ela ir embora me deixa aflito, porém ignoro imediatamente, devo pensar apenas no que vou fazer no agora.

Enquanto caminhamos para o carro, a menininha não soltou a minha mão até eu colocá-la em segurança dentro do carro. Vou no banco da frente com o segurança de Antonella e só então pego em meu celular notando várias mensagens de Michel, provavelmente minha amiga esqueceu o celular.                                       

                                                                             Mando uma mensagem pedindo para ele ficar calmo, reforçando que sua esposa está bem e que talvez esteja uns milhões mais rico, ignoro outras mensagens e coloco o meu celular em meu bolso, em seguida fecho os meus olhos, e começo a pensar em como de uma hora para outra eu virei pai em questão de segundos um homem casado.

Quando chegamos na casa de Antonella ela se despede da sua mais nova amiga e avisa que pode ligar para ela a qualquer hora, Nadine concorda envergonhada, é evidente o seu cansaço, eu queria conversar com ela um pouco assim que chegarmos em casa mas não sou tão cretino assim. Depois de pararmos em uma farmácia e comprar o que era necessário para a bebê seguimos para a minha cobertura. 

A pequena joaninha está bastante sonolenta mas assim que o carro para em minha garagem ela desperta e olha tudo admirada, diferente da irmã que não expressa absolutamente nada. agradeço ao segurança que nos trouxe e amigo, ele sabe que a situação é tensa e não disse nada.

–  Tio bobão é aqui que a gente vai morar agora? –a pequena joaninha diz, eu a olho ofendido, desde quando eu me tornei o tio bobão? que eu saiba eu sou o tio preferido das crianças, cai de patamar e não estou sabendo?

– Olha o respeito Flora – A irmã a repreende, mas noto que Nadine segura um riso, traidora. 

– Sim, é aqui que vocês vão morar agora – eu informo e aperto o botão da cobertura colocando o código logo em seguida 

 – Aqui eu vou poder ir para a minha escolinha ? – a joaninha, ou melhor dizendo Flora, pergunta e eu olho para a irmã em busca de resposta 

–  Por enquanto considere que nós estamos de férias – Nadine diz balançando o bebê que resmunga em seu colo querendo algo que eu não sei dizer o que é. 

– Agora nós somos ricos maninha? – ela pergunta fazendo minha deusa me olhar com os olhos arregalados e o rosto vermelho e eu luto com todas as minhas forças para não ter nenhum pensamento indecente.

–  porque diz isso Flora?– pergunto só para deixar Nadine mais envergonhada, ela balança a cabeça negando pedindo para a irmã não falar nada, mas pelo visto eu tenho uma aliada. 

– Nana diz que só rico tira férias, e que a férias de pobre, pessoas como nós é só ficar em casa inventando uma faxina nova todo dia – ela diz depois de tentar puxar as minhas mãos para que eu me abaixasse, porém eu a peguei em meu colo, eu não consigo conter a gargalhada que me escapa. 

– Flora – a irmã a repreende – isso não é coisa que se diga para estranhos. 

– o tio bobão não é estranho, ele é o pai da nossa Hope e agora nós vamos morar com ele – Diz simplesmente nos deixando surpresos. 

– e você me acusando de ouvir conversa de adulto não é sua espertinha? – eu digo e ela dá de ombros e a irmã nega. 

Assim que as portas do elevador se abrem em minha sala a menininha franze o cenho provavelmente  não gostando da decoração clean do meu apartamento, é tudo tão branco e agora tem uma criança aqui, penso assustado, já imagino a minha parede e os meus móveis riscados o meu coração sangra nesse exato momento. 

– Dylan o que aconteceu menino.. oh não – A  mulher que está comigo desde os meus sei lá quantos anos diz apressada limpando as mãos saindo da cozinha – olá minha jovem 

– Olá senhora – ela diz envergonhada, a bebê se esperneia bastante em seus braços. 

– Babá pode colocá las no quarto ao lado do meu por favor, dê a elas tudo o que precisarem – Eu comunico antes de ela fazer perguntas cabulosa 

– O tio bobão é um bebezão, ele tem uma babá – a menina Flora diz e começa a rir fazendo a minha Bertha gargalhar a quem eu chamo carinhosamente de babá desde os meus seis anos. 

– sim, minha criança ele é um bebezão- Bertha diz fazendo carinho na cabeça da pequena traidora – vem vamos , vou lhes mostrar o quarto, aposto que essa pequena princesa quer mamar. 

ah então é isso a agonia da minha pequena bebê, ela quer mamar, e provavelmente Nadine estava envergonhada de pedir. eu entendo a minha filha, até eu se pudesse me fartaria dos seios deliciosos da mãe dela se me lembro bem, eles são deliciosos. 

– Dylan, não pense que estou aceitando tudo numa boa e não vamos conversar, o casamento vai acontecer, mas sob os meus termos – Nadine avisa de modo sério, eu concordo prontamente, louco de vontade de pedir a ela para que eu posso vê-lá alimentando nossa filha, mas eu me contenho e apenas fico olhando para onde ela segue a minha babá. 

Dylan (Mantive a mesma foto)

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