Capítulo 11

Dylan

Não sei em que momento voltei a dormir depois do que aconteceu entre Nadine e eu, mas só sei que acordo com alguém me cutucando.

– Tio – Acredito que eu esteja sonhando, ou não, mas me recuso a abrir os olhos – Didi, eu tô com fome.

– Ah não – digo e abro os olhos me deparando com a joaninha coçando os olhos, tenho quase certeza de que Nadine ama quando essa menina me perturba – O que foi garota.

– A minha barriguinha tá fazendo barulho – ela diz e eu fecho os olhos e sorrio, tem uma pessoa que me dizia exatamente isso, e a sensação de saudade toma conta de mim, engulo em seco e me forço a levantar

– Onde está Nadine? – Pergunto e me levanto de uma vez com medo de ela ter ido embora, mas relaxa com a presença da pequena joaninha, ela nunca deixaria a irmã – A Bertha tá na cozinha, vai pedir comida para ela.

– Não Didi, eu tenho medo de descer as escadas sozinha – ela diz fazendo um biquinho e a barriga dela faz barulho.

– Misericórdia menina, quantos dias faz que você não come?– pergunto franzindo o cenho ela sorrir.

– Nana diz que eu sou um dragãozinho – ela diz sorrindo me esticando os braços para que eu a pegue no colo, é isso virei o “cavalinho” – isso quer dizer que eu como muito não e Didi?

Didi, pelo visto as irmãs são pegadas a apelidos, não me vejo corrigindo a pequena joaninha.

– Sim, joaninha – eu aviso – Você fica aí quietinha que eu vou no banheiro rapidinho, ou então procure a sua irmã, mas não desça as escadas sozinha, você pode cair.

– Vai tirar o bafo de dragãozinho?– eu a olho ofendido enquanto a coloco em pé em minha cama, como assim bafo?

– Porr4 eu não tenho bafo, e é feio dizer isso das pessoas – eu aviso e ela da de ombros começando a pular em minha cama.

– Feio é falar palavra feia – ela diz enquanto pula e só então lembro que eu falei um palavrão, vou ter que me policiar mais ou a irmã dela vai me matar

– Tudo bem, pare de pular ou você vai cair – Eu aviso ela me ignora eu corro para o banheiro para fazer a minha higiene, bafo, onde já se viu Dylan Foster ter bafo.

Depois de uns minutos eu saio do banheiro e vou para o meu closet e quando eu me visto para trabalhar sem mesmo ter aparado a barba ainda encontro a menina que parece ter pilha infinita pulando em minha cama.

– Tá cheiroso tio Didi – ela diz quando eu me aproximo para tira-la da cama, mas ela pula quase caindo.

– Cuidado joaninha, não quero levar um processo, ou pior um tapa da sua irmã, ela parece ser muito brava – eu aviso ela sorrir traquina

– Ela é brava quando tá chateada – Ela diz e eu suspiro, então vou ter que ir preparado para uma guerra porque até onde eu sei, Nadine não está chateada, ela deve estar com ódio de mim.

Quando eu passo pela porta do quarto sou agraciado em ver a minha deusa amamentando a nossa filha, é uma cena das mais fantásticas que eu já presenciei.

– Bom dia Nadine – Eu a cumprimento, ela me olha e vejo fogo em seus olhos lançando chamas em minha direção, tudo bem, é pior do que eu pensei.

– Bom dia Senhor Dylan – Ela diz tentando não demonstrar para a pequena joaninha pendurada em meus braços o quanto está com raiva de mim – E você senhorita, pode vim ficar aqui ao meu lado, o senhor Dylan tem muito trabalho para fazer e nós temos que ir embora.

Eu a ignoro, sei que estou errado mas a forma como falou merece também ser ignorada, eu caminho para a cozinha com a minha macaquinha em meus braços

– Ela tá brava – Flora sussurra em meus ouvidos eu sorrio

– sim, depois o tio Dylan doma a fera – eu digo piscando para ela que sorrir

– Bom dia crianças – Babá diz assim que chegamos a cozinha, ela me olha sorrindo de orelha a orelha, finjo ignorar

– Babá alimente esse dragãozinho porque eu preciso ir conversar com a Nadine – Eu aviso e ela concorda

– Babázinha, acho que a Nana tá com raiva do tio Didi – ela diz fingindo falar baixo enquanto cochicha a Babá olha para mim com os olhares de repreensão ainda mais severo que de outras vezes que recebi, finjo não ligar e volto para o quarto onde a minha deusa está.

Fico encostado no batente da porta esperando ela colocar a nossa filha na cama, quando ela faz isso e vem em minha direção parando a mais ou menos um metro e meio de distância, ela cruza os braços o movimento faz os seus seios parecerem maiores, antes de ela falar qualquer coisas eu tomo a frente.

– Não, você não vai embora dessa casa Nadine – Eu rosno de repente e ela arregala os olhos – Após o café vamos para o escritório assinar os papéis do nosso casamento, e viveremos aqui, você não vai embora

– E quem você pensa que é para decidir algo assim da minha vida? — ela me enfrenta, porém eu estou acostumado a vencer.

– Eu sou o pai da sua filha, sou o tio preferido da joaninha, e serei o seu marido – eu aviso olhando em seus olhos para ela entender que não tem como fugir disso, percebo quando ela ficar ofegante.

– E a sua namorada o que ela acha disso?– ela diz sem desviar os olhos do meu, eu sorrio e me aproximo dela, sem tocá-la infelizmente, eu me inclino para ficar na sua altura.

– Eu não tenho namorada Nadine, o que eu tenho agora é uma família, aceite isso – eu falo próximo a sua boca, ela por um momento fecha os olhos e deixa um gemido baixinho escapar.

– Eu.eu – ela gagueja e passa a língua pelos lábios

– Você – Eu falo instigando, inalando o seu cheiro feminino tão gostoso.

– Eu vou entrar nessa só para conseguir a guarda da Flora, não pense você que vou cair no seu joguinho, você não vai me usar e descartar como faz com todas as outras – ela diz e noto um tom magoado em sua voz.

– Isso não vai acontecer minha Afrodite – Eu digo colocando uma mão em sua cintura impedindo que ela se afaste, ela me olha surpresa.

– Você lembra – ela diz em um fio de voz

– Todos os dias, é impossível esquecer a forma como você apertava o meu membro enquanto cavalgava em mim dizendo que eu era o seu viking – Sussurro com uma voz rouca, aperto a sua cintura desejando descer um pouco mais a minha mão e apertar a carne macia da sua bunda.

– Dylan – Geme fechando os olhos, mas somos obrigados a nos afastar com a nossa filha reclamando a nossa atenção.

– Agora eu vou cuidar da nossa pequena viking enquanto você vai comer– Eu dou um beijo no canto da sua boca e a abandono ali indo até a minha filha que balança as mãozinhas no ar, pelo visto ela amanheceu muito melhor.

E eu amanheci com as forças renovadas para me empenhar em enfrentar o padrasto da Nadine e a Alexya, estou determinado a manter eles bem longe de nós.

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