Táticas de paquera

Eu olhava para o homem misterioso totalmente confusa, não conseguia compreender o que estava acontecendo. Não podia ser real. Aquele homem deveria existir apenas na mente dela. Ouvindo a mulher que havia feito diversas participações especiais em seu sonho, gritar com ele, chamando-o de August, me levantei dos seus braço. Em meu pensamento, aquela mulher deveria ser esposa dele.

— Eh.. Me desculpa.. e obrigada por me salvar. — eu disse com um sorriso sem graça, continuou descendo a escada, mas o homem misterioso segurou seu braço.

— Tome cuidado para se machucar. Pode ser perigoso o que pretende fazer. — O homem disse antes de descer a escada deixando. Eu estava totalmente confusa com o que tinha acontecido, mas não podia deixar de perceber o olhar fuzilante que a mulher dava para ela.

— O que foi aquilo, Lissa? — Gabriella perguntou totalmente surpresa com tudo que havia acontecido.

— Lembra do homem que aparecia nos meus sonhos desde pequena? — eu respondi andando e Gabriela me acompanhava curiosa com o que eu havia dito.

— Lembro. Você até foi para terapia. Nossa mãe chegou a pensar que você tinha sido abusada e ela não sabia. O homem aparecia nos seus sonhos todos os dias. Ainda sonha com ele? — Gabriella sabia que eu havia parado de sonhar com ele depois que conheceu Arthur, mas não sabia que impacto teria em mim depois do nosso rompimento. Nunca se soube ao certo o motivo daqueles sonhos.

— Sim, esse homem do sonho. Aquele cara que me segurou antes de sair é idêntico a ele. Do mesmo jeito. Sem tirar sem por . E para deixar tudo ainda mais sinistro, aquela mulher que gritava por ele apareceu algumas vezes em meu sonho. Isso não faz sentido nenhum. — Eu explique a minha irmã que estava em choque com a história.

— Será que você ver o futuro? Nossa avó tinha a história que todas nós tínhamos magia dentro de nós. Ela lia o futuro na mão das pessoas, certo? Vai que você meio evoluída e consegue ver o futuro em tela colorida nos seus sonhos? Pode descobrir ai os números da Mega-Sena? Ela está acumulada novamente. Eu iria adorar nunca mais trabalhar e viver viajando. Ia ficar puro abuso. Só ia pisar no chão porque não conseguia voar. — Gabriela brincou comigo.

— Idiota. Esquece essa história. Deve ser bobeira da minha cabeça. Para onde vamos mesmo? — Decidi mudar de assunto, não fazia qualquer sentido nada daquilo. Não iria ganhar nada tentando compreender.

— Para as Falésias. Quero assistir de camarote os surfistas gostosos que saíram daqui. Vai que escolho meu alvo já. Viu aquele peitoral deles? Certeza que aquilo não é de Deus. Eu quero. — Gabriella disse segurando na minha mão e correndo puxando ela em direção da rua.

Junto com Gabriella partimos caminhando e seguindo as placas enquanto conheciam as ruas. Para cada homem que passava por nós, Gabriella dizia que estava apaixonada. O amor dela estava indo e vindo ao ver o peitoral, além do bronze de quem pensava. Andamos um pouco mais e finalmente chegaram nas Falácias.

— Owwww! Aqui é muito lindo. — eu disse olhando para o horizonte deslumbrada, podia ver pessoas saltando, um mar lindo, pessoas na areia da praia e o vento batendo no rosto.

— Estou chocada de como é bonito. Só perde para os caras gostosos que passaram por nós. Ei! Ali não são os surfistas que estavam saindo quando chegamos? — Gabriella gritou olhando para baixo, apontando para um grupo que estava próximo ao mar.

— Como diabos tu conseguiu enxergar daqui eles? Eu só vejo pontinho. — brinquei, por que por mais que eu apertasse os olhos, não conseguia enxergar. Podia ser tanto gente, como cachorro ou até mesmo um brinquedo.

— Prioridades. Amiga, você precisa ter prioridades. Assim sua visão vai além. Vamos. Precisamos nos encontrar sem querer com aqueles gatos. — Gabriella disse me puxando para beira do bar, onde os sufista estavam reunidos.

Gabriela que não era besta, super experiente na arte da paquera sem vergonha na cara, guiou elas duas. Planejava como deveriam fazer, explicou para mim que conversariam empolgadas sorrindo passando pelos seus alvos. Como Gabriella previu, chamamos atenção dos homens.

— Oh! Vocês não são as meninas que chegaram a pouco tempo no hotel? Nos passamos por você na entrada, quando chegaram. Tudo bem, eu sou o Felipe, esse é Pedro e aquele é Matheus. Como se chamam? — Felipe segurava uma prancha e estava sem camisa. Quase podia ver Gabriella babando.

— Eu sou Gabriella e essa é a minha irmã Melissa. Vocês conhecem Pipa? — Gabriella perguntou, por mais que tivessemos pesquisado e visto lugares para ir, sabia que conhecia de verdade sabia dos melhores lugares. Ainda mais para a noite.

— Sim, estamos quase todos os finais de semana aqui. Somos de Natal. Precisam de algo? — Felipe respondeu com um sorriso, se aproximando de Gabriella.

— Sim, gostaria de saber alguns bons lugares para ir hoje a noite. Queríamos curtir um pouco o lugar. Disse que Pipa tem uma noite maravilhosa. — Gabriella explicou.

— Não se preocupe. Aqui em Pipa você consegue escolher para onde quer ir pelo ouvido. Você desce para o centro. Vai ter samba, pagode, eletrônica, forró. Você pode ir em todos e escolher o que prefere. Se quiser podemos ir juntos. Também iremos hoje a noite. Claro, se você quiser minha companhia. — Felipe disse com um sorriso largo.

— Eu vou adorar. Que horas saímos? — Gabriella falou animada com o que viria.

— Nos encontramos as 21h no hall do hotel, o que acha? — Felipe perguntou.

— Está combinado. Nos vemos então. — Gabriella confirmou, pegando na minha mão e me puxando para voltar a caminhar.

— Você vai mesmo sair com pessoas que nunca viu? — Perguntei confusa com a ideia de sair com seres que nunca nem vimos

— Não precisamos ficar com eles. Vamos até lá onde eles dizem ser bom. Assim não vamos nos perder. E ainda teremos boas indicações de lugares. — Gabriella perguntou.

— Eu te conheço, sem futuro. Final da noite tu vai tá na cama daquele doido. — eu disse rindo.

— Primeiro vou analisar as opções do lugar, se ele for o melhor, quem sabe. Por enquanto, nada é certo. Vamos nos arrumar? — Gabriela disse animada.

— Não é cedo demais? — Eu nunca demorava muito para se arrumar e ainda era de tarde.

— Claro que não é. Precisamos achar um lugar para comer. Depois vamos descobrir o que vestir. Então, não é tarde.— Gabriella disse animada.

Bom, assim como Gabriela disse passaram bom tempo procurando um lugar para comer, passearam um pouco na cidade e finalmente foram se arrumar. Demoraram um pouco para se trocar, Gabriella me fez trocar de roupa, também decidiu que ela faria a maquiagem. Finalmente prontas, a noite que mudaria tudo acabava de começar. E eu não sabia naquele momento como meu mundo iria mudar.

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Comments

Joelma Oliveira

Joelma Oliveira

essa noite vai ser tudo menos calma. tomara q não se metam numa confusão enorme

2022-10-28

4

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