19- O Casamento - Ep 18

Mei-Lin ficou na porta do quarto, tentando ouvir se Minerva e Giancarlo estavam fazendo alguma coisa mesmo. Por isso, acabou ouvindo os gritos de Minerva brigando com Giancarlo, algo que poderia ser confundido com gritos relacionados a outra coisa…

A mulher ficou ainda mais raivosa. Não entendia o que Minerva tinha que ela não tinha. Ela julgava Minerva, assim como muitas pessoas, uma mulher feia e sem modos. Já Mei-Lin, era linda e já tinha até feito algumas cirurgias plásticas para manter sua beleza e juventude. Ela aparentava ser uma jovem garota de dezoito anos, mas já tinha passado dos vinte e cinco.

Ela foi até o banheiro de seu quarto e ficou observando sua aparência, se perguntando se deveria fazer mais algum procedimento no rosto, para conquistar Giancarlo. Mas e Minerva? Por que Minerva não fez nenhum procedimento estético e o conquistou? Ela não conseguia admitir que isto estava acontecendo.

Mei-Lin se moldou ao padrão de que se espera, de uma esposa de um mafioso. Tentava sempre se manter linda, com uma atitude de garota virgem e pura, apesar de não ter mais nada ali virgem (Nada contra, viu?) e sempre se mostrava gentil e frágil, na frente de Giancarlo.

Mas o que ela não percebeu é que esse padrão já era muito marcado. Todas as esposas escolhidas pelos mafiosos eram assim. O que chamava a atenção de Giancarlo em Minerva, era que ela estava pouco se "fodendo" para muitas coisas, inclusive para ele. Ela era autêntica e não fazia tipo para conquistar ninguém.

Ela pegou seu telefone e discou alguns números e disse:

– Como estão indo as coisas?

– Mei-Lin, o firewall deles é muito bem construido. Está difícil de entrar.

– Se virem! Usem outros códigos!

– Você está doida? Se usarmos outro código podemos ser detectados e por o plano do chefe em risco.

– Não importa! Usem outro código! Se conseguirmos entrar e fazer o estrago, não vai importar mais se formos detectados.

Mei-Lin desligou o telefono è se olhou novamente no espelho, pensativa. Agora sua única chance de separar Giancarlo de Minerva, era se o plano dele desse certo. A partir do momento que as coisas iniciassem, a princesa iria comer o "pão que o diabo amassou" com ele e com ela também, já que agora, ela a declarou sua inimiga.

…

Os dias passaram e Giancarlo e Minerva pareciam estar se entendendo, na medida do possível. Mei-Lin não fez um outro ataque, pois sabia que Minerva podia usar Giancarlo contra ela, como fez anteriormente, com claras intenções de lhe provocar.

Minerva, se recuperou do tornozelo e voltou para a universidade e Mei-Lin como sua nova guarda-costas teve que a acompanhar.

Na saída, a princesa encontrou Rafaela Duarte e foi logo direto ao assunto.

– Ei Rafa, o Palito te ligou?

– Ligou, mas eu não quis nada não.

– O quê? Mas por que?

– Ele falou assim: "A princesa me pediu para convidar você para sair. Passo na sua casa às sete em ponto."

– Sério que ele falou desse jeito?

– Pois é? Parecia até um garoto de programa contratado por você para me levar para sair.

– Ah, não leve a mal, o Palito não tem jeito com mulheres.

– Pois é… e você queria que saísse com esse brutamontes, sua louca?

– Mas não era você que disse que gostou do jeitão dele, de mal? – disse Minerva estupefata.

– Eu não! Eu gosto de homem romântico e carinhoso.

– Os brutos também amam, Rafa. 

– Cale a boca, Minerva! Me diz aí? Como vão as coisas com a bruaca?

– Eu estou colocando ela bem no lugar dela, Rafa. E se ela crescer para cima de mim, eu não vou pensar duas vezes em dar três tapas na cara dela.

– Por que não conta pro gostosão chato do seu marido, que ela aprontou com você?

– Por que eu não preciso de homem para me defender, não, Rafa! "Seja a pessoa que for, se me atacar, eu vou atacar também!"

Minerva foi embora, em direção ao carro, deixando Rafaela sorrindo da petulância daquela garota.

Minerva entrou no carro e sem trocar nenhum palavra, Mei-Lin deu partida.

Elas estavam já próximas da cobertura, quando Mei-Lin percebeu que Minerva esqueceu de colocar o cinto, então, por pura maldade pisou bruscamente no freio, fazendo a princesa ir com tudo para frente e bater com o rosto no banco da frente.

– Oh, está tudo bem aí princesa? Me desculpe a freada brusca, é que um gato passou bem na minha frente. – ela disse olhando para trás, com um sorriso no rosto.

É claro que Minerva não iria deixar barato, então surpreendendo Mei-Lin, ela empurrou a sua cabeça com toda força para frente a fazendo bater com a testa no volante e deixando um galo no local.

– Ah, me desculpe Mei-Lin. Nossa, será que se machucou? Achei que tinha visto uma abelha bem na sua cabeça. – respondeu Minerva, com deboche.

Mei-Lin olhou a sua testa no espelho e percebeu o galo. Ela ficou possessa de raiva nesse momento.

– Sua nariguda do caralho! Feia, horrorosa!

– Vá se foder, sua boneca de plástico! Mais feio que meu rosto são suas atitudes de merda, falsiane!

– Ninguém liga para minhas atitudes, já pra essa sua cara feia, todo mundo aponta! Princesa Esquisita!

– Que bom que eu não baseio minha vida na opinião dos outros. Já imaginou? Eu me tornar vazia como você? Tentando se fazer de coitada e boazinha para conquistar um homem que pouco se importa comigo? Que vidinha merda que você tem não é?

– Eu juro, sua esquisita! Juro que vou fazer da sua vida um inferno e o homem que você acha que te ama, vai fazer pior!

Minerva revira os olhos e novamente empurra a cabeça de Mei-Lin com toda força para frente, a fazendo bater novamente no volante e criando outro galo.

– Ih! Passou outra abelha! É melhor continuar a dirigir calada, ou quem sabe passa um enxame.

Mei-Lin rosnou de raiva, batendo no volante, mas ela não podia fazer mais nada, além de aceitar que naquele momento era a subordinada de sua inimiga e deveria seguir suas ordens.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***