17- O Casamento - Ep 16

Minerva continuou pensativa, com toda a cena que presenciou. Se perguntou se Giancarlo e Mei-Lin tinha algum tipo de relacionamento estranho ou a ideia do relacionamento dos dois era coisa da cabeça dela.

– Quer que eu te ajude a tomar banho? – ele diz e dá um tapa na coxa dela.

– O quê!? – ela quase dá um pulo assustada, só percebendo agora que estava sentada há um bom tempo no colo dele.

– O seu tornozelo ainda dói? Mais tarde um médico virá aqui para examinar.

– Não precisa me ajudar… – ela diz se levantando, um pouco vermelha – Acho que consigo ir sozinha.

– Quer que eu chame a Mei-Lin…

– Não, Giancarlo! – ela grita – Deixe que eu me viro.

Após ela foi pulando em um pé só, indo em direção ao banheiro.

Giancarlo exibiu um leve sorriso de canto. Ele não conseguia admitir, mas estava adorando saber que ela estava com ciúmes dele.

Ao tardar, um médico apareceu e examinou o tornozelo da princesa, constatando que foi somente uma torção mesmo. Receitou uma pomada para o inchaço e pediu que ela ficasse em repouso, esperando que se recuperasse.

Na madrugada, Minerva não conseguia pregar os olhos. As dúvidas sobre Giancarlo e Mei-Lin, ainda lhe torturavam

Se perguntava também, se ele não sairia da cama de madrugada, para encontrar sua amante, que agora estava morando no mesmo teto que eles e isto era o que mais não lhe deixava adormecer.

Giancarlo, sendo acordado por sua agitação, a puxou para perto e a abraçou rente ao seu corpo.

– Gian! Pare com isso! – ela diz reclamando.

Ele não diz nada e apenas continua a abraçando.

– Gian? Você está acordado?

– Estou. – ele diz com uma voz profunda.

– Você sabe que eu sou a Minerva e não a Mei-Lin, não é?

– Quê? É claro que eu sei que você é a Minerva.

– Hum… Eu pensei que você sentia falta de abraçar ela e por isso me abraça.

– Eu te abraço porque eu gosto de te abraçar, não tem nada a ver com a Mei-Lin. Ela é apenas uma subordinada e nada mais. – ele diz a apertando em seus braços.

– Gian… Você está sendo mau com ela.

– Eu tenho os meus motivos, Minerva. Um dia você irá entender.

– Gian…

– Durma, Minerva! Amanhã conversamos mais.

A princesa não entendia porque, mas as suas palavras a confortaram. Então ela acabou adormecendo em um sono profundo.

No dia seguinte, como o médico indicou que Minerva evitasse fazer esforço, ela não se levantou da cama. E em pouco tempo, já estava se sentindo entediada e por isso resolveu pegar o seu celular e ligar para Rafaela.

– Oi Rafa! Recebeu o meu presente?

– Menina, porque me deu aquilo? Olha, eu não gosto dessa fruta não, hein?

– Deixa de ser boba, Rafa. Comprei para você usar em um encontro com o Palito.

– Minerva! Eu já te disse que não quero.

– Você quer sim! Ficou toda saliente quando viu ele. Agora não pode dizer que não tem calcinha para usar com ele. Ah, e vermelho é a cor favorita dele, hein? Capricha!

– Jesus! O que você fez?

– Nada ainda, o Giancarlo dispensou o Palito. Mas eu tenho o telefone dele e depois eu vou passar o seu.

– Espera aí? Para tudo! O seu marido chato dispensou o guarda-costas gostosão com cara de mau? Gente! Ele está com muito ciúmes!

– O quê? Não! Aliás… você acha que pode ser ciúmes?

– Ah, com certeza é.

Minerva ficou pensativa nesse momento, se perguntando se realmente poderia ser ciúmes.

– E quem ele colocou no lugar? – perguntou Rafaela.

– Mei-lixo…

– Quê?

– Ah, a Mei-Lin. Uma mulher aí que eu tento me simpatizar, mas não gosto nada da forma que ela olha para o meu marido.

– Espera, ele colocou uma mulher no lugar do Palito? Gente, o homem já está possessivo com você, amiga. Olha, vamos fazer assim, eu te dou uma das lingeries que você comprou, você veste e dá uma chave de perna nele. Dá logo essa pëpëkä, mulher! Não sabe o que está perdendo.

– Amiga, você não sabe da maior. Ele comprou uma lingerie para mim!

– O quê? Hahahaha! Você já está com a faca e o queijo na mão. Quem dera eu ter um gostosão rico querendo me dar uns pegas.

– Você vai ter um gostosão, o Palito. Eu vou sim dar o seu número para ele, não adianta reclamar.

Após ela desligar, alguém bateu na porta e ela pediu para entrar. Era Mei-Lin, carregando uma bandeja com chá, biscoitos e mais algumas guloseimas.

– Ah, é… pode deixar na mesa de cabeceira que eu mesma pego. – disse Minerva, um pouco sem jeito, pois não sabia como lidar com Mei-Lin.

– Não precisa se esforçar, senhora. Eu vou te ajudar.

Mei-Lin colocou a bandeja na mesa de cabeceira e colocou um pouco de chá quente em uma xícara e então levou a xícara até Minerva.

A princesa estendeu a mão para pegar a xícara, porém, antes que alcançasse, Mei-Lin entornou de propósito chá quente na mão dela.

– Aí aí! – ela diz choramingando.

– Me desculpe, senhora! Eu me desequilibrei! Espere um momento que irei buscar gelo.

Mei-Lin sai correndo do quarto e após passar pela porta, para de correr e começa a andar bem devagar. Com um sorriso maléfico no rosto.

Só depois de um bom tempo ela retorna ao quarto, com uma bolsa de gelo, para a mão de Minerva, que estava vermelha com a queimadura.

– Senhora me perdoa, eu juro que não foi por querer. – Mei-Lin diz fazendo uma expressão lamentável – O Sr DiBiasi vai me castigar novamente. Meu Deus! – após ela começa a chorar.

– Tudo bem, Mei-Lin, não foi nada. – diz Minerva, mentindo – Eu vou dizer a ele que fui eu mesma quem me queimei.

– Muito obrigada, senhora! Muito obrigada! – ela diz abaixando a cabeça, ainda chorando.

Mei-Lin tinha percebido que Minerva tinha um coração bom, quando ela se mostrou incomodada quando Giancarlo a obrigou a massagear os pés da princesa, porém o que Mei-Lin não sabia era que Minerva era bem inteligente.

A princesa percebeu logo o choro falso de Mei-Lin e resolveu jogar com ela, fingindo ter caído no seu teatro.

Ela já estava com um pé atrás com Mei-Lin, e agora tinha certeza que ela não tinha boas intenções.

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