18 - O Casamento - Ep 17

Giancarlo chega em casa e vai direto para o seu quarto. Chegando lá, encontra Mei-Lin colocando gelo na mão de Minerva. Ele fica preocupado e se aproxima, puxa a mão de Minerva e vê a queimadura, que já estava formando bolhas.

– Aí aí! Toma cuidado, Gian! – ela diz choramingando.

– O que aconteceu com ela, Mei-Lin? – ele diz se virando para ela.

– Gian, foi só um acidente. Ela não teve culpa. – disse Minerva, usando a mesma tática de Mei-Lin, fazendo uma expressão de coitada.

– Vou chamar um médico. – ele diz, olhando a sua delicada mão vermelha e com bolhas.

– Não, precisa. Eu só preciso de você para cuidar de mim.

– Eu? – ele arregalou os olhos espantado, pois ela estava tomando uma postura a qual ele nunca imaginou ver.

– Você mesmo! Você é o meu marido, não é? Maridos devem cuidar das esposas.

– Eu coloquei a Mei-Lin para fazer isso, peça o que precisar a ela.

– Não, Gian! Eu quero que você cuide mim. – Minerva abriu uma das gavetas e retirou de lá uma pomada para queimaduras e entregou a Giancarlo.

Ele se sentou na cama e não sabia o que fazer, mas acabou colocando um pouco de pomada nas costas da mão dela e passou com rispidez.

– Aí aí aí! – ela gemeu.

– O que houve? – ele perguntou, a beira do desespero.

– Você tem que ser mais gentil.

Minerva pegou em sua mão grande, e começou a mostrá-lo a como passar a pomada suavemente.

Após ela soltar a mão dele, ele continuou com os movimentos suaves.

Era uma cena bonita de um marido cuidando de sua esposa, pena que para a única espectadora, cena era como de um filme de terror.

Mei-Lin não conseguiu disfarçar a sua espressão de raiva e insatisfação e então Minerva, fez o impensado, ela abraçou Giancarlo e o beijou no rosto. Após olhou para Mei-Lin e sorriu, debochando da cara dela.

A vontade de Mei-Lin naquele momento, era de voar na princesa e arrancar os seus cabelos, mas ela só podia assistir de camarote, a cena tórrida entre o casal.

Giancarlo se soltou de Minerva e a olhou confuso.

"Por que ela está agindo assim, carinhosa?" – ele pensou – "Será que ela irá mudar comigo? E será que eu quero isso?"

Ele podia não confessar, mas adorava o jeito brava e debochada de Minerva.

– Muito obrigada, meu amor. – disse Minerva acariciando o seu rosto – Agora eu me sinto muito melhor.

Aquilo deveria ser um jogo de provocação, mas estava ficando sério. Giancarlo sentou uma pontada no peito, ao ser chamado carinhosamente de "meu amor", ele sentiu uma sensação de como se ele sempre quisesse ter ouvido aquelas palavras. Apesar de ser um homem, ele guardou aquele menino, que não tinha mãe e teve o pai, segundo ele assassinado. Ele ainda tinha dentro de si aquele garoto que só queria um carinho.

Eles se encararam por alguns instantes, e Minerva tomou a iniciativa de aproximar os lábios aos dele.

Foi lento a aproximação, quase em câmera lenta, mas quando seus lábios se tocaram, o beijo aconteceu.

Ela fechou os olhos e se lembrou de como foi o primeiro beijo em seu casamento e pensou que mesmo que tenha feito aquilo por pura provocação, aquele beijo ainda era melhor.

– Rumrum… – pigarreou Mei-Lin, tentando interromper a cena tórrida. – Sr DiBiasi, o Sr não vai tomar banho após chegar da rua.

Os dois se soltaram de seu beijo e olharam para Mei-Lin, então foi nesse momento que Minerva resolveu dar o golpe fatal.

– É uma boa idéia, Mei-Lin. – ela sorriu graciosamente para ela e depois se virou para Giancarlo – Amor, que tal tomarmos banho juntos? Agora, além de não conseguir andar direito, a minha mãozinha está doendo muito.

Giancarlo ficou estupefato e logo começou a desconfiar do comportamento de Minerva.

– O quê? Não senhora Minerva, deixa que eu te ajudo a tomar banho. – disse Mei-Lin desesperada.

– Mei-Lin, não seja inocente. É claro que eu prefiro as mãos do meu marido esfregando as minhas costas do que a sua.

Mei-Lin estava quase tendo um ataque cardíaco de tanta raiva que estava sentindo.

E Giancarlo, estava mais perdido que "cego em tiroteio".

– Por favor, Mei-Lin, saia! – disse Minerva, balançando uma das mãos – Eu sei que gosta de ver a intimidade dos outros, mas eu não vou me sentir à vontade com você aqui, sabe? Esse quarto aqui vai pegar fogo!

O quarto corria um grande risco mesmo de pegar fogo, mas não era porque iria rolar algo entre Giancarlo e Minerva, era porque Mei-Lin estava soltando labaredas pelo nariz, de tanta raiva que sentia agora.

Mei-Lin saiu do quarto e bateu a porta, a fechando. Giancarlo olhou irritado para o comportamento dela, mas logo voltou a sua atenção a Minerva que se levantava da cama.

– Espera? Eu vou te ajudar. – ele diz tentando ampará-la.

– Não precisa, deixe que eu vou sozinha.

– Ué? Você não queria que eu te ajudasse a tomar banho? Não disse que o quarto ia ficar quente?

Ela olhou para ele, balançou a cabeça em negativa e disse:

– Nem nos seus sonhos, Gianzinho! Nem nos seus sonhos!

– Nem nos meus, sonhos? – ele se levantou e a pegou, colocando-os em seus ombros e foi em direção ao banheiro.

– Aaaah! Giancarlo, seu safado! – ela grita batendo em suas costas enquanto ele a leva para o banheiro.

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