CAPÍTULO 14

Matheus narrando...

Enrico está mastigando seu labio inferior nervosamente enquanto me mostrava onde as mamadeiras ficavam na geladeira. Agora eu sei onde ficam os lençóis, chupetas, fraldas, pomadas de bebês, meias, sapatinhos, cotonete e alguns brinquedos que eu espero não precisar porque metade dessa porra parece ser dar muito trabalho pra usar.

Yuri está fazendo caretas e brincando com os bebês, uma deitada em cada braço seu enquanto ele as segurava perto de seu peito.

"Lembre que Ava gosta de dormir com seu cobertor e se você não der o coelhinho pra Olivia antes de ela cair, ela vai pirar e começar a gritar." Enrico falou.

Meus olhos cresceram com isso e eu ofeguei. Cobertor. Coelhinho. Entendi. "Agora... Não me mate, mas Ava é a que está de lilás e Olivia está de rosa, né?

Enrico rapidamente fechou os olhos e balançou a cabeça. Ele pegou uma caneta e começou a escrever num bloquinho que tem na porta da geladeira. "O-l-i-v-i-a \= l-i-l-a-s e A-v-a \= r-o-s-a.”

"É. Foi o que eu disse." Eu assenti firmemente, mesmo sabendo que eu sou um completo idiota.

Enrico me olhou com dúvida. "Ah, claro.”

Yuri entrou na cozinha e me deu um dos bebês. Ela está usando um pijaminha cor-de-rosa. Essa é Ava. "Oi, Ava." Eu disse pra ela suavemente e Enrico é um cara sortudo porque suas crianças são fofas pra caralho, as duas com olhos azuis enormes e cachinhos castanhos escuro.

"Enrico, meu velho. A gente vai ficar bem.” Yuri disse. "É só por algumas horas e se você não sair daqui nos próximos cinco segundos, você vai se atrasar e Kira vai ficar puta."

"Tá, tá, tá.” Enrico suspirou e pegou sua carteira e as chaves no canto. "Só não usem o forno... E certifiquem-se de manter sempre uma mão nelas, senão elas vão cair da mesa quando vocês estiverem trocando elas... E não..."

"Enrico!" Yuri interrompeu e apontou pra porta.

"e não deixe Matheus se aproximar de uma fralda porque ele vai surtar. Okay, eu estou indo! Vocês têm meu celular e eu não vou demorar muito pra voltar.”

“Tchau!" Eu gritei e fui pra sala, balançando meus braços de leve. Enrico disse que as meninas tiraram um cochilo muito cedo então provavelmente elas vão capotar em uma hora, ou antes.

Yuri seguiu Enrico até a porta e ficou olhando pelo olho mágico até ele sumir. “Papai é doidinho, né?" Ele perguntou pra Olivia que riu e apontou pro nariz de Yuri. "É, ele é." Ele disse com voz de bebê.

Eu sentei Ava no meu colo e assisti Yuri sentar do meu lado, levantando Olivia e fazendo uma coisa estranha em sua barriga. "Yu, você acha que Enrico descobriu a gente?" Eu perguntei, rindo quando as duas menininhas sorriam pra Yuri com os olhos brilhando.

"Mah, acho que não. Mais cedo no estúdio ele só disse que entendia que a gente se distraiu um pouco e que provavelmente iria acontecer cedo ou tarde. Ele realmente pareceu não se importar.”

"Bem, isso é bom.” Eu disse, enquanto dava uma olhada no pequeno apartamento de Enrico. Ele fez uma nova decoração, desde que eu estive aqui. As paredes estão mais cremes e mesmo que algumas coisas estejam um pouco velhas, e aquela estante cheia de brinquedos no canto, eu posso dizer que ele tenta manter do melhor jeito que pode.

"É." Yuri concordou e bocejou. Eu ri suavemente não acreditando que ele vai dormir antes das garotas. Ava está choramingando nos meus braços, então eu peguei um brinquedo do chão e balancei na frente dela. Ela pareceu contente com isso e eu troquei ela de lado. “Então...” Yuri levantou sua cabeça como se estivesse pensando e ajeitou Olivia em seu braço também. "Então assim, o que houve com a tia do Enrico?”

Eu balancei meus ombros. "Eu não sei como aconteceu. Pessoalmente, eu acho que ela era uma doida ou algo assim, mas sei lá..."

"Isso é meio triste." Yuri murmurou.

Assentindo, eu movi minha mão para a parte de trás do seu pescoço e corri meus dedos por seus cabelos castanhos. "É, ele estava bem mal por um tempo. Kira apareceu e realmente ajudou ele com isso. Nunca entendi porque eles nunca tinham saído juntos.”

Yuri se inclinou no meu toque e chegou mais pra perto de mim. "Talvez ele estivesse com medo de arruinar o que eles tinham, sabe? Como se caso não desse certo, ele não ia ter ela mais por perto.”

"É, talvez." Eu disse. "Eu acho que se arriscar às vezes é melhor do que brincar no seguro.” Yuri riu.

“Eu sou seguro?"

Eu o peguei pela nuca e o puxei para um beijo rápido. “Você é um grande, grande risco." Eu disse suavemente e seus lábios encontraram os meus gentilmente.

Nós fomos interrompidos por Ava se esgoelando porque o brinquedo dela caiu do meu colo e ela apontava pra ele com seus olhos começando a ficar cristalizados com água. Rapidamente, eu peguei o brinquedo antes de ela começar a chorar e Yuri acariciou meu ombro quando eu voltei a sentar.

Nós brincamos por um tempo, rindo e falando como patetas com as meninas, até que o ar ficou pesado de repente, um fedor.

"Ew, cara." Yuri fez uma careta. "Foi a sua ou a minha?"

Eu levantei Ava, virei ela, e dei uma boa fungada. Vamos só dizer que foi uma lição aprendida porque eu nunca me arrependi tanto em minha vida. Yuri só riu até começar a tossir e então a se engasgar até que nós dois quase caímos do sofá.

"Você ao menos sabe como se troca uma fralda?" Eu perguntei esperançosamente pra ele e o olhar que ele me deu dava pra ler um enorme "não”. Ótimo.

"Ma, eu vou te dar um milhão de dólares se você for trocar isso agora.”

Eu sorri e saí do sofá, segurando Ava o mais longe possível de mim. “Que tal você me ajudar e a gente fecha por um beijo?"

"Okay." Yuri gemeu e se levantou. Ele plantou um beijo em minha boca e nós nos beijamos rapidamente, mas ainda é suficiente pra mandar um doce arrepio por minha espinha. Eu ainda posso sentir o sabor de glitter de mais cedo nos seus lábios e isso me fez sorrir. Eu talvez devesse perguntar pra Kira onde ela comprou essa porcaria brilhante de fruta, porque Yuri não se satisfez quando a gente chegou em casa. Inferno, às vezes quando ele se mexe de um jeito, eu posso ver alguns brilhinhos em seu cabelo.

Com um bebê em lado de nossos braços nós atravessamos o corredor até chegar no quarto delas que é totalmente rosa. Ursinhos rosas, bailarinas rosas, borboletas rosas, cortinas rosas, lençóis rosas, e coisinhas rosa por todo o canto. Só tinha um pato amarelo no canto, sentado sozinho.

"Aw, olha baby. Sua cor favorita." Yuri me provocou e eu dei um tapa em sua bunda.

Ele me encarou. "Não na frente das crianças, hein?!”

Eu ri e me coloquei na frente do balcão de troca. "Pra que merda serve isso?"

"Eu não faço idéia..." Yuri disse enquanto deitava Olivia gentilmente. Ele pegou Ava e começou a procurar alguma coisa na mesa, o que eu não tenho certeza do quê.

"Olha pra essa merda! Lenços, talco, pomada... Parece que está preparado pra uma experiência cientifica." Eu disse, olhando o quarto. Eu peguei o talco e balancei pra baixo, um pouco forte demais, e um pouco de pó branco saiu a mais da tampa. Eu murmurei alguma coisa e Yuri olhou pra mim.

"Oh, Deus, vai ser uma noite longa." Yuri riu e começou a tentar descobrir como funciona o adesivo da fralda.

Eu nem ouvi ele; eu estava muito ocupado tentando limpar o pó branco da minha camisa azul.

" Deus." Yuri disse lentamente, como se fossem suas últimas palavras antes de finalmente tirar a fralda de Ava.

"Eca!" Eu gemi. "Isso e terrível, a gente precisa de um pregador pra nossos narizes ou algo assim!" Eu disse enquanto apertava minhas narinas juntas com meu polegar e meu indicador.

Yuri apontou pro lenço. “Me dê isso, vamos acabar logo."

Eu me afastei o máximo possível e lhe entreguei a caixa de lenços umedecidos.

"Você é um ótimo ajudante." Yuri murmurou sarcasticamente. "Como eu faço pra encontrar a patrulha do cocô?" Ele colocou uma mão em Ava, a outra embrulhando a fralda suja em uma bola.

"Não sei." Eu dei de ombros, me locomovendo pra trás dele e encostado meu peito em suas costas, espiando as meninas deitadas lado a lado, suas pernas roliças chutando o ar. "Porque você gosta muito de mim pra me colocar em alguma coisa que talvez me traumatize?”"

"Uh..." Yuri colocou a ponta da língua pra fora, sobre o canto de seu lábio, enquanto tentava se concentrar em colocar a fralda limpa embaixo de Ava. "Não, acho que não é isso.”

Um olhar de choque falso cruzou meu rosto. “Você não gosta de mim?"

"Eu gostaria muito mais se você se livrasse disso." Ele disse, me dando a fralda suja.

"Cara, você sabe que eu não fui permitido pelas autoridades em fralda.” Eu suspirei alto e empurrei Yuri pra longe, então eu poderia ficar segurando as meninas.

Yuri rolou os olhos. "Você só não quer tocar nessa porra.”

"Bem, isso é verdade também." Eu concordei e fiz cócegas nas barrigas das garotinhas antes de fechar os pequenos botões na parte de baixo do pijama rosa e lilás que elas vestiam. Ava riu e eu a levantei lentamente, segurando sua cabeça contra meu ombro e deixei uma mão em Olivia até Yuri voltar.

"Você acha que a gente deveria colocá-las pra dormir? Eu sei que estou ficando com sono." Yuri bocejou e pegou Olivia, que coçou os olhos e deu um pequeno bocejo também.

Eu assenti e me encaminhei pros berços. "É, é melhor. Ei, você acha que a gente tem que ficar aqui por um tempo? E se elas acordarem e precisarem de alguma coisa? À gente podia deitar no chão e ficar aqui em caso de elas chorarem.”

Yuri estava rindo enquanto gentilmente colocou Olivia em seu berço e cobriu-a. "Baby, é pra isso que serve aqueles walk talk. Tem um no guarda roupa.”.

"Legal." Eu dei Ava pra Yuri e ele a colocou no berço também, e checou duas vezes, pra se certificar que elas estavam cobertas e tinham seus animais ajeitados na borda, em caso de elas rolarem.

O apartamento é pequeno e eu tenho certeza que a gente vai ouvir elas se alguma coisa acontecer porque a gente vai estar pouca coisa além do corredor. Mas ainda... Ter a vida dessas garotinhas em minhas mãos. Porra, eu não sei como Enrico consegue.

"Você ligou?" Yuri perguntou, apontando para o walk talk e eu assenti enquanto voltava e colocava um deles bem perto do berço.

"Tudo ajeitado." Eu peguei a mão de Yuri e nós paramos no vão da porta pra apagar as luzes. Engolindo minha respiração, eu pensei ter ouvido um choro, mas não, nem um piu.

Yuri bocejou alto novamente e se encaminhou para o sofá. "Eu estou cansado.”

"Eu estou com tesão." Eu sorri e me sentei ao seu lado. "Você acha que Enrico vai ficar chateado se a gente fizer alguma coisa no sofá?"

Rindo, Yuri se jogou no sofá e me puxou junto, até que a gente estava de conchinha. Eu estou desconfortável usando jeans e ainda calçado, e está apertado, mas a gente se ajeita como pode. Yuri enfia o nariz em meu cabeço e aperta seu braço em volta da minha cintura. Eu entrelaço meus dedos com os seus e me inclino em seu toque o máximo que posso.

"Eu acho que se Enrico achar gozo grudando em qualquer lugar próximo de seu sofá, ele nos mata." Yuri disse suavemente, se aconchegando em mim.

Eu sorri. "Eu acho que você está provavelmente certo. Eu acho que a gente pode esperar até chegar em casa.”

“Mmm hmm."

"Hey Ma..."

“Hmm?”

Eu bocejei e fechei os olhos. "A gente tem que mudar de posição antes deles chegarem. Não podem nos encontrar assim...”

À respiração suave de Yuri toi tudo o que eu tive como resposta.

Caindo de cara do sofá não é realmente o melhor jeito de acordar. Eu estava em um sono gostoso, do tipo profundo e onde você encontra um lugar quente e pode sonhar porque nada pode te machucar e onde não tem cores vibrantes, só preto e cinza enuviando sua mente em um sono fácil.

E uma boca cheia de carpete é tudo o que não era pra ser.

"Foi mal!" Yuri falou quando ele me viu caindo. No entanto, ele não me ajudou, ele só passou por cima de mim e se encaminhou pro corredor. E ele era pra ser meu namorado ou qualquer coisa que soe menos gay que isso, você acharia que no mínimo ele ia me ajudar a levantar.

Eu ouvi ele conversando suavemente pelo walk talk enquanto eu me sentava, tentando levar o sono pra longe de mim. "Oi, bebê... O que houve, Ava? Não consegue dormir? Está tudo bem, não se preocupe." Ele murmurou, calando o show dela. Eu sorri pra suas palavras, e elas eram tão doces e sinceras, meio que fizeram meu coração se acalmar.

Me encaminhando pro corredor, eu olhei pro relógio e gemi pra dor em minha bunda. Yuri olhou pra cima quando eu apareci no vão da porta e sorriu.

“Você está bem, baby?”

Eu dei de ombros, coçando a parte de baixo das minhas costas. “É, eu acho. Ela está bem?"

"Uhum, ela está se acalmando agora, não é bebê?" Ele perguntou suavemente e ninava seu corpo enquanto se abaixava pra colocá-la de volta no berço.

Eu me encostei na porta e assisti com um sorriso e uma certa pontada no estomago. "Você é bom com elas." Eu disse.

Ele corou um pouco e riu com isso, ajeitando os lençóis delas. "Eu meio que gosto de estar com crianças. Elas são fofas." Yuri se aproximou de mim em poucas passadas e descançou suas mãos em minha cintura. "Mas não tão fofo como você."

"Ah, é? Tem certeza?"

"Hmmm...” Ele mordeu seu lábio inferior enquanto pensava e olhou de volta pro berço, tentando decidir. “É, eu tenho certeza."

Eu ri e dei um soquinho em seu peito.

"Demorou demais pra decidir."

Dando de ombros, ele me disse que é uma puta por gêmeas em rosa e lilás.

"Ah, claro.” Eu assenti e corri meu polegar por seu maxilar. "Então, é... Você acha que vai querer crianças um dia?"

"Não sei, Ma. Tudo o que eu sei é que crianças talvez estejam em meu futuro, mas eu sei com certeza que você estará."

Eu posso sentir o calor crescendo em meu pescoço e eu me aproximei para um beijo rápido.

"Neném, que horas são?" Yuri bocejou. "Eu pensei que eles já estariam de volta.”

"Eu também. É quase meia noite." Eu respondi. “Eles devem estar se divertindo."

"Acho que sim.” Yuri passou por mim e uniu nossos dedos. "Que bom que o sofá é tão confortável."

"Você ainda está com sono?" Eu perguntei, bocejando.

"hum." Ele assentiu. "Você ainda está com tesão?”

"Mmm hmm.” Eu dei um muxoxo e projetei meu labio inferior pra fora.

Yuri se jogou no sofá como se eu tivesse dado um tiro em seu coração. "Deus, Matheus. Não me olhe assim.”

"Assim como?”

"Com esse olhar que me faz derreter e deixar você fazer o que quiser.”

Eu sorri e minhas sobrancelhas subiram enquanto eu me deitava do seu lado de novo, mas dessa vez nós estamos face a face. "Eu tenho um olhar que pode fazer isso? Mesmo?"

"Sim." Ele suspirou enquanto a gente se ajeitava e seus braços iam pra minha cintura. “E é até patético como eu me caio nessa toda vez."

"Eu posso fazer você fazer o que eu quiser, é?" Sorrindo maliciosamente, eu levantei sua camisa e corri meus dedos gelados por sua pele, aquecendo eles. "É meio poderoso... Conseguir fazer você fazer qualquer coisa.”

Nós começamos a nos beijar suavemente, sem línguas nem nada, só apenas lábios com a pressão suficiente por trás deles e logo eles ficaram mais lentos e preguiçosos, ao que a gente voltava a dormir.

A última coisa que eu ouvi foi Yuri me dizendo que a gente tinha que mudar de posição porque a gente não podia deixar Enrico nos ver deitado assim, aconchegados no outro e com os lábios claramente se tocando.

"Shh... Nós vamos acordar eles!" Kira brigou e então "Oh meu Deus, eu acho que essa é a coisa mais fofa que eu já vi!" e então "Wow, eles parecem realmente confortaveis juntos..." e aí "Eles viraram gays pelo outro e ninguém me disse?"

"Você tinha que ter visto eles no estudio hoje." Enrico alfinetou. "Você teria morrido.”

Oh, velho. Por favor, me deixe estar sonhando. Com o som vívido da voz de Kira rindo, eu descobri que não estou. "Acorde, Yuri ." Eu murmurei e dei um soco em seu ombro. “Eu acho que a gente acabou de se assumir pra nossos amigos."

Yuri gemeu e grunhiu e bocejou e se espreguiçou antes de abrir os olhos. Ele olhou pra cima pra Kira e Enrico, sorrisos e acenos, aí olhou pra mim, ainda dois centimetros de seu rosto e do nada ele estava bem acordado e se levantando. "Uh... Nós estavamos... Bem cansados e.... É, cara... Matheus, porque você está deitado tão perto de mim, velho?”

Eu rolei os olhos e levantei também. "Yu, acho que é tarde demais. Eu acho que eles são mais espertos que isso.”

Enrico balançou a cabeça, como se nós fossemos idiotas. "Já volto, vou dar uma olhada nas meninas."

Kira colocou as mãos nos quadris e se aproximou da gente como sua boca aberta. "Tem quanto tempo isso acontecendo?"

Yuri e eu nos encaramos. “Ah... por um tempo.” Ele respondeu por nós dois.

"Hmmm." Ela encarou a gente, mas ainda tem um pequeno sorriso que ela está tentando esconder em seus lábios. "Vocês são bons. Normalmente meu gaydar apita antes."

"Bem, isso é meio novo pra gente." Eu admiti. "A gente não estava esperando isso acontecer.”

"Então..." Yuri olhou rapidamente pro corredor. "Como foi o grande encontro?"

Kira deu gritinhos e bateu palmas. “Foi ótimo! Mas vocês tem que dar o fora, porque ele ainda não me beijou e eu acho que ele está quase, então vão pro inferno"

"Hey." Enrico está puxando as mangas até seus ombros enquanto ele voltava pra sala de estar. "Desculpa por ser tão tarde, caras. As meninas estão bem até, obrigada por não terem quebrado nada.” Ele provocou com um sorriso.

"Nosso prazer." Yuri disse e bateu em minha perna, me usando como apoio pra se levantar do sofá.

Eu dei um pequeno 'oof' por causa de seu peso todo em cima de mim, mas eu estou feliz que ele me ajudou a levantar. Nossos dedos não se separaram e pareceu um pouco estranho estar de mãos dadas no apartamento de Enrico, mas porra... Com o show que nós demos no estúdio essa tarde e ele chegando em casa e nos achar grudados, seria idiotice tentar esconder.

Nós pegamos nossas jaquetas e chaves enquanto Enrico nos levava até a porta e Kira foi dar uma espiada nas garotas mais uma vez.

"Hey Enrico..." Eu comecei suavemente e eu posso sentir Yuri apertando minha mão. "Obrigado por, sabe?... Ter sido de boa com isso. Muitos caras seriam julgadores e idiotas."

“Pssh." Enrico balançou a mão desleixadamente. "Eu não me importo com o que vocês fazem, com quem, e o que deixam de fazer. Tudo o que eu me importo é que vocês estejam felizes e sabe, se as coisas são sempre tão... Prazerosas enquanto tiram fotos como foi essa tarde, bem, vamos dizer que isso faz meu trabalho bem mais fácil.”

"É, hmm.." Eu hesitei e senti meu pescoço esquentar. “Desculpa por aquilo.”

"Não esquenta." Enrico sorriu. "Foi bem sexy, assim... Pra dois caras." Ele fez uma careta. "Na verdade, é meio podre, mas que seja.” Dando de ombros, ele abriu a porta e tremeu quando o vento frio entrou. "Vocês estão indo bem. Eu vi isso do começo, depois do lance estranho."

Yuri sorriu e puxou meu braço. “Vamos, Ma.”

“Tenha um bom resto de noite." Eu pisquei e ri.

Enrico riu, entendendo o que eu falava.

"É, vocês também. O que sobrou dela. Obrigado de novo por seus dotes insanos de babás."

"É, e Matheus nem foi atacado por uma fralda suja dessa vez." Yuri acrescentou enquanto nós chegávamos nas escadas.

Enrico riu enquanto Kira chegava na sala. Os dois se despediram da gente e acenaram enquanto ela puxava o casaco ao redor de seu corpinho e Enrico passou seus braços ao redor do ombro dela pra mantê-la aquecida. Eu estou feliz que tenha dado tudo certo entre eles.

Nós andamos de mãos dadas até o carro e nossos dedos se entrelaçaram de novo quando nos ajeitamos lá dentro. Não tem ninguém na rua essa hora e está tão quieto ao nosso redor, exceto pelo vento que está cantando através da noite. Nós ficamos em silêncio e Yuri continuava bocejando, balançando sua cabeça pra tentar se manter acordado.

"Você ainda está cansado, baby?" Eu perguntei, roçando meu polegar sobre o seu.

"Não." Ele mentiu. "Você ainda está querendo?”

Eu assenti, não tentando esconder isso mesmo. "Sim."

Ele virou sua cabeça e riu abertamente pra mim. "Pisa."

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Voltei com mais um capítulo, o que estão achando da história?

E esse casal? Finalmente se assumiram, vou sentir saudades desse meus "Hétero"

E sim estamos na reta final da história.

Tô pensando...

O que vocês acham de uma fic, que cada capítulo é uma mini história de (10 mil palavras) com cenas focadas no Hot de vários casais, héteros, bissexuais, lésbicas e gay?

Me deem a opinião de vocês!

Até mais meus doces :)

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