CAPÍTULO 4

Matheus narrando...

"Bem, isso foi clichê."

"É, bastante."

"Primeiro médico e paciente, agora bombeiros? Quem é que aparece com esse tipo de merda, afinal?"

"Provavelmente algum jornalista punheteiro."

Yuri sorriu com isso. Eu acho que gosto de fazer Yuri sorrir. Não é como se fosse um sorriso feio ou qualquer coisa assim, e meio que me faz rir também e porra, eu sou idiota por sequer pensar nisso.

Hoje foi até legal, e eu tenho que admitir, eu meio que estou pegando o jeito da coisa. Cada shoot é um pouco mais fácil e cada minuto que nos tocamos é um pouco menos tenso que o minuto anterior, e Enrico parece bem feliz com o trabalho que estamos fazendo. Ele está no telefone pelos últimos cinco minutos, deixando Yuri sentado em meu colo só de cueca. Eu acho que nós estávamos quase terminando quando seu maldito telefone me interrompeu de beijar o peito de Yuri, mas eu tentei não parecer desapontado porque convenhamos, eu não tenho que estar.

"Que porra ele deve estar falando?”

Eu dei de ombros, me ajeitando na cadeira. Yuri é um pouco pesado. “Talve seja alguma coisa com as crianças que estão com ele...”

Os olhos de Yuri relaxaram e uma preocupação tomou conta de sua expressão. “Eu espero que esteja tudo bem...”

Eu estava a ponto de dizê-lo que eu tinha certeza que estava, quando Enrico jogou seu telefone no sofá e virou-se pra gente, sorrindo gigantescamente. “Adivinhem garotos!" Yuri e eu não tivemos tempo de responder antes de Enrico mesmo dizer. "A venda da revista cresceu trinta porcento! Trinta! Tudo por causa de suas caras bonitinhas! Isso é do caralho! Eles estão depositando um brinde de trezentos dólares direto na conta de vocês hoje, e na minha também." Ele sorriu feliz.

"Wow, que doce." Yuri pareceu feliz também e me encarou. Eu assenti e retornei o sorriso.

"Então eu posso acreditar que os gays gostaram da gente, né?" Eu perguntei à Enrico, sorrindo maliciosamente e lançando meu melhor olhar de idiota sensual.

"É, quem imaginaria?" Ele riu.

"Ei!" Yuri agiu como se tivesse ofendido, mas rindo.

"Oh, caras. Eu odeio quebrar o clima, mas Yuri, querido, você não é levinho e eu tenho que ir ao banheiro.” Eu disse a eles, me ajeitando novamente na cadeira. Nós ainda usavamos as botas e os chápeus de bombeiros, e eu não podia esperar pra me livrar dessas malditas coisas.

"Okay, okay. Onde nós estavamos..." Enrico balbuciou e pegou sua câmera de novo.

"Eu acredito que nós estávamos para..." Yuri disse suavemente enquanto ele se ajeitava no meu colo e então se inclinou para começar a distribuir beijos descendo por meu pescoço. “Aqui...”

Eu segurei um gemido porque isso seria realmente estranho e optei por correr minhas mãos sobre suas coxas, brincando com sua tez bronzeada e apertando a ponta dos meus dedos em sua pele, mais forte quando ele começou a lamber e chupar.

"Matheus ..." Enrico começou, ainda tirando fotos. "Coloque sua mão dentro da cueca do Yuri .”

Repentinamente não havia mais lábios no meu pescoço e eu acho que grunhi em frustação. Deus eu espero que não.

"Como é?" Yuri perguntou, parecendo completamente mortificado pelas palavras de Enrico .

"É por menos de um segundo, se acalme. Eu não disse que ele tem que te tocar, nem nada do tipo.”

"É... Se acalme, Yuri. Eu não vou te quebrar nem nada." Eu disse maliciosamente.

Ele jogou sua cabeça pro lado e me encarou. “Só lembre-se de manter suas mãos pra si mesmo.”

Eu assenti e o disse que estava sob controle. Eu sou um profissional, porra.

Lambendo meus lábios, eu encarei a cueca branca que Yuri usava, ela o fazia parecer tão bronzeado. Eu queria ter uma barriga como essa toda definida e perfeitamente trabalhada. Não é como se eu não estivesse em forma, mas porra, ele tem um corpo incrível. Meus dedos brincaram com o elástico ao redor de sua cintura e eu sei que deveria ser rápido nisso. Uma vez lá, eu terei terminado e eu estaria mentindo se eu dissesse que não queria invadir. Yuri respirou profundamente enquanto eu escorregava minha mão abaixo da malha branca e tudo o que eu senti foi alguns pelos. Eu me certifiquei de estar distante de qualquer outra coisa, mesmo que parte de mim estava tentada a procurar por algo mais que eu pudesse encontrar.

"Ótimo, continuem." Enrico disse e eu levei isso como um incentivo à começar brincar com o mamilo de Yuri que estava mais próximo de mim. Ele inclinou sua cabeça pra trás e fechou seus olhos, parecendo realmente estar se divertindo.

Alguns segundos se passaram e eu me encontro enroscando meus dedos em seus pêlos, começando a ir um pouquinho mais abaixo, enquanto eu circulava minha língua em seu mamilo. Ele arqueou em meu colo e bem na hora que eu estava começando a esquecer onde nós estávamos, Enrico avisou que poderíamos nos vestir.

Porra.

Nós ainda evitamos olhar o outro trocando de roupa, mas fomos embora juntos, como da última vez. Eu abri a porta da frente do prédio e coloquei meus óculos de sol porque ele está forte hoje, despejando raios amarelados sobre nós.

"Então, uh..." Yuri começou timidamente e olhava pro chão, onde folhas laranias caiam, dançando ao redor de nossos pés. "Foi bem legal o negócio das vendas subindo, né?"

"Definitivamente." Eu concordei, fechando minha jaqueta. Não está frio, mas a brisa está e parece início de outono. Eu sinto que isso não é tudo o que Yuri quer falar, então eu dei um tempo, esperando pacientemente para ele terminar.

Ele engoliu em seco e seus olhos não deixavam o chão. "Nós deveriamos, sabe... Tipo, celebrar ou algo assim."

Um sorriso se formou em meus lábios e eu estou feliz que ele não possa ver meus olhos. "Sim." Eu concordei e tentei não rir quando ele suspirou aliviado. “Tem um bar no próximo quarteirão. Vamos marcar pra hoje à noite? Tipo, às nove? Eu tenho umas merdas pra fazer até lá.”

“Tudo bem, então. Te vejo lá.” Ele disse casualmente, dando um passo pra trás e se virando pra começar a andar.

"Ei, Yuri!" Eu hesitei, pensando no que eu realmente queria dizer.

"Oi?" Ele se virou, sorrindo expectativamente.

"Você, erm..." Eu olhei abaixo de suas longas pernas. "Você está com os cadarços desamarrados."

●●●●●●●●●●●●

É ruim eu ter escolhido esse bar por que é calmo? É ruim que eu já imaginado isso quando eu pensava em um lugar onde Yuri e eu pudéssemos celebrar nosso brinde? Espero que não. Espero que alguma dessas merdas que estão passando pela minha cabeça não me torne gay. Eu espero que esse incômodo em meu estômago não signifique que eu provavelmente esteja mentindo pra mim mesmo.

"Hey, Matheus! Aqui!"

Eu me virei na direção da voz de Yuri e sorri ao vê-lo no fundo do bar, bebendo uma cerveja. Onde ele estava é mais escuro e eu me pergunto se ele escolheu essa mesa de propósito.

Pedindo por uma cerveja também, eu me sentei ao seu lado e sorri. "E aí, então o que você achou?"

"Do bar?” Ele perguntou e olhou ao redor, assentindo em aprovação. "Eu gostei."

"Bom, porque é o único lugar descente por aqui." Eu sorri, agradecendo à garçonete quando ela colocou a cerveja na minha frente.

"É? Não é um bar gay, é?" Yuri perguntou, humor em sua voz.

"Eu não acho que seja, mas se for nós provavelmente não deveríamos falar merda” Eu disse. “Depois, eles serão nossos clientes."

"Eu acho que é verdade." Yuri balbuciou, bebericando de sua cerveja. "Talvez nossas fotos estejam coladas na parede do banheiro.”

"Como elas estão na sua casa?" Eu provoquei.

Ele balançou sua cabeça e riu. "Oh, sim. Eu me masturbo para nossas fotos todas as noites, Matheus."

"Hey, cara." Eu arquei uma sobrancelha e me inclinei pra mais perto. “Eu não te culparia se você fizesse."

Yuri olhou para o teto novamente e se não estivesse tão escuro aqui, eu juraria que ele corou. "Você viu alguma das revistas? Tipo, de verdade?"

"Inferno, não! Eu não vou comprar aquela merda." Eu disse. "Além do mais, eu acho que a unica que ja saiu foi a do primeiro ensaio... Provavelmente os de cowboys vão sair essa semana.”

Ele parou, provavelmente pensando em nós nesse negocio de parede, porque é isso o que eu estou pensando agora, e eu me pergunto quando elas saíram.

"Você não se importa em como elas vão ser publicadas?" Ele perguntou, praticamente lendo minha mente.

Eu dei de ombros. "É, talvez. Mas elas devem vir realmente caprichadas se nós até já ganhamos um bônus."

"É verdade." Ele disse suavemente, chacoalhando a garrafa na frente de seus olhos, e depois bebendo o último gole. "O que você acha de pegarmos uma torre?"

Sorrindo, eu peguei minha cerveja e brindei à isso. "Otima idéia."

●●●●●●●●●●●●●●●

Duas horas e três torres depois eu estou ótimo. Eu também conheço Yuri Marchionne um pouco melhor. Porra, seu último nome já é um bom começo. O álcool faz ele falar devagar, com quase um sotaque lerdo. Agora ele está colocando seu coração pra fora sobre sua última aventura amorosa, eu posso ver que ele ainda está um pouco abalado, mas tentando superar isso.

"O suficiente sobre minhas relações de merda." Ele se fechou um pouco. “E você, Radcliffe? Você tem alguma dor no coração?"

Eu balancei minha cabeça. "Não, bem, quer dizer... Todo mundo passa por isso cedo ou tarde. A minha já tem um tempo, então está tudo perdoado e esquecido."

Yuri suspirou e pegou seu copo. "Porra cara, eu queria poder já ter superado."

"O tempo passa, meu amigo. Você só tem que esperar.”

"É, bem, é ruim quando você se azeda por causa disso."

Eu ri, concordando com ele. "É, você talvez precise se concentrar em não ser um amargurado."

“Mas fácil falar do que fazer." Ele murmurou. “Eu não sei... Talvez eu só precise de sexo ou algo assim.”

Sorrindo, eu concordei com isso também. "Um boquete não machucaria agora.”

Ele me encarou, quase tentando ler além do que eu disse. "Então, Matheus... Deixe-me te perguntar então. Você acha que vai encontrá-la por aí?"

Eu lentamente comecei a assenti, cuidado em escolher minhas palavras. “Eu acho... Eu acho que vou encontrar alguém, sim.”

Ele pareceu entender o que eu quis dizer, mesmo que eu não faça ideia da porra que estou falando, e talvez eu esteja mais bêbado que pensei.

"Okay, eu já tive muito dessa merda por uma noite." Yuri esticou os braços e bocejou. "Eu estou cansado."

"É..." Eu bocejei um pouquinho também. "Tá ficando tarde."

Nós dividimos a conta e fizemos nosso caminho pelo bar. Está mais cheio desde da hora que nós chegamos e agora que me lembrei que é noite de sexta-feira. É claro que estaria cheio. Colocando nossas jaquetas, nós começamos a andar pela rua. Eu moro apenas alguns quarteirões e eu estou pra falar isso para Yuri, então nós teríamos uma conversinha, quando ele agarrou meu braço e tossiu.

"O que? O que foi?" Eu perguntei, preocupado por nós estarmos bem bêbados e agora nós vamos ter que fazer alguma coisa que envolva pensar.

"Olha! Nos estamos na porra da capa!”

Eu parei e encarei a janela da loja de conveniência onde Yuri está apontando. Ali estamos nós, na prateleira, tentando parecer malvados.

"Oh. Meu. Deus." Eu suspirei, ainda olhando.

"E se minha mãe ver isso?!"

Eu sei que fazia sentido, mas eu não pude evitar. Eu comecei a rir. "Bem, talvez ela pregue na geladeira." Eu pirracei. “Ela vai ficar orgulhosa, com certeza..." Eu cheguei mais perto, pensando que se isso é só a capa, eu tenho que saber o que

tem dentro. “Cara, Yuri ... Eu duvido que você vá lá e compre duas. Aí nós vamos pra minha casa, onde tem mais cerveja, olhamos as fotos, e superamos isso juntos."

"Deus..." Yuri gemeu. “Eu acho que nós provavelmente deveríamos. É bom que eu esteja bêbado e não me importe em comprar duas revistas de frutinhas." Ele suspirou e entrou na loja, enquanto eu estava do lado de fora.

É em horas assim que eu gostaria de ser fumante.

"Bem, aquilo foi embaraçoso." Ele me disse alguns minutos depois, quando abriu a porta. "Você que vai comprar a próxima.”

Eu sorri e dei um tapa leve em suas costas. "Vamos colocar mais cerveja em você, camarada.”

●●●●●●●●●●

Yuri é um bêbado engraçado. Eu amo o jeito como ele se faz completamente à vontade em meu apartamento, chutando seus sapatos fora, jogando sua jaqueta na mesa, e se servindo de qualquer coisa na geladeira.

Quando eu voltei de uma ida ao banheiro, ele está sentado no sofá, olhando a capa da revista, com uma cerveja na mão e parecendo bem triste.

"Não é tão ruim." Eu disse pra ele, chutando meus sapatos e jaqueta, e então sentei ao seu lado no sofá.

"Oh, eu tenho certeza que é."

"Cara..." Eu sorri, sentindo o alcóol correndo em minhas veias. "Eu realmente não sei como te dizer isso, mas... Eu nem sei como você é um modelo. Você só é simpático." Eu estou provocando, claro, porque Yuri é um dos caras mais lindos que eu já vi. Mas ele não tem que saber disso.

"O que?! De que merda você está falando?" Ele perguntou defensivamente, e eu peguei a outra cópia da revista, abrindo.

Eu apontei para a foto de nós se inclinando sobre o outro. "Que merda de penteado é esse cara?"

"Meu penteado é normal, idiota. E pelo menos eu tenho um cabelo bom." Ele murmurou.

"Ei! Meu cabelo fica bom quando tem hidratação nele!"

Ele balançou a cabeça e riu. "Sério? Hidratação?”

"Pelo menos eu pareço um homem... Não um pré adolescente.” Eu falei sob minha respiração.

"Eu não pareço ter doze.”

"Certo, criança. O que você falar.” Eu ri como um retardado.

"Bem..." Ele olhou pra mim de cima a baixo, tentando achar alguma coisa errada. "Eu pelo menos não tenho essa cara de nerd idiota.”

"Ei!" Eu falei sério com ele. "Eu posso ser idiota as vezes, mas eu não sou nerd.”

Nós nos encaramos, queixos travados e olhos semicerrados. Então Yuri começou a rir e caiu no sofá. "Você acabou de se chamar de idiota!"

Eu comecei a rir, odeio quando faço isso bebado, mas eu só posso sentir crescendo em meu peito. Eu me juntei à Yuri e comecei a rir estupidamente. Eu não me divirto assim há um tempo.

"E além do mais..." Ele continuou quando se acalmou um pouco. “Você falhou em notar meu nariz. Eu odeio meu nariz. E meus olhos são muito juntos.”

Eu dei a ele o olhar você-é-um-idiota e disse que seu nariz era normal. "Você não mencionou minhas sardinhas." Eu disse.

"Sardinhas? Você não tem sardinhas." Ele disse, se arrastando pra mais perto pra inspecionar meu rosto.

"Eu sempre digo à Kira pra cobri-las."

"Bem, você é um idiota." Ele disse calmamente, segurando meu queixo e virando meu rosto de um lado pro outro. "Porque suas pintinhas são fofas."

"É?"

"É. Se fofa não for uma palavra tão gay." Ele brincou e eu posso sentir o cheiro de cerveja em seu hálito. Ele está bebado, e eu não deveria estar me inclinando em seu toque, mas eu estou. A sensação é muito, muito boa e eu não consigo parar.

Yuri ficou com o olhar vago antes de tirar sua mão e se afastar. Nossos lábios nem ficaram perto de se tocar, porra.

"Você se importa se eu ficar aqui hoje? Tenho quase certeza que vou cair no sono em meio minuto." Ele bocejou e seus olhos se abriam e fechavam lentamente.

Eu balancei minha cabeça e me levantei para procurar por um lençol extra que eu tenho aqui em algum lugar. Estava no guarda roupa em meu quarto, e na hora que eu voltei para a sala, Yuri está encolhido e respirando suavemente. Rapidamente, eu cobri ele e fui para o banheiro, tomar um banho rápido, levando a nossa revista que achei no caminho. É tão ruim que eu tenha as piores intenções em me masturbar olhando o corpo quase nu de Yuri? Porque eu estou ficando duro só de pensar nisso e eu acho... Acho que esse relacionamento não é mais tão hétero assim.

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Oii amores mais um capítulo, espero que estejam gostando, beijos e até mais.

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Comments

Jeane Campos Campos

Jeane Campos Campos

se vc não falasse eu nem iria perceber 😏

2024-04-18

0

Jeane Campos Campos

Jeane Campos Campos

Matheus não gostou nada disso 😏

2024-04-18

0

tatsuki_bakugou_ kirishima

tatsuki_bakugou_ kirishima

jura meu amor??? nem percebi

2022-12-06

1

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