CAPÍTULO 6

Matheus narrando...

Mais uma cerveja e eu estarei pronto. Juro. Porque porra eu estou tão nervoso? Porque eu estou prometendo coisas pra mim mesmo em minha cabeça? Eu normalmente não faço isso. Geralmente, eu sou o cara legal com a jaqueta de couro e tal, mas hoje... Hoje é diferente.

"Já está bêbado o suficiente, Matheus? Não fique tão alto, ou então você pode não sentir." Yuri sorriu maliciosamente, inclinando a garrafa de cerveja para cima, engolindo as últimas doces gotas.

"É, se eu perder? Vai ter o que?"

"Talvez você machuque seu escroto." Yuri riu. “Eu terei que levar sua pobre bunda para o hospital."

"Oh porra, cara... Aposta cancelada. Eu não vou fazer isso, mesmo."

Yuri riu de novo, dessa vez mais alto. "Eu estou aqui, porra! Você não vai se machucar, eu prometo." A última parte veio suavemente, e eu não posso evitar acreditar nele. Porra, eu acredito em suas promessas, mais do que nas minhas agora. E então ele voltou a ser um idiota perturbado de novo. "Talvez você deva olhar uma certa revista com o modelo mais gostoso da cidade. Talvez ajude." Ele falou, batendo no meu colo.

"Quem?" Eu provoquei de volta. "Eu?"

Yuri fez uma careta e pegou minha mão pra me levantar do sofá. "Bem, se você gosta de se olhar no espelho enquanto se masturba, vai na fé, cara. Talvez você não machuque nada, já que vai estar olhando."

"Cala a boca! Você está me deixando nervoso!" Eu grunhi, deixando Yuri me guiar até meu próprio banheiro e me empurrar sentado no vaso.

Ele se inclinou pra perto, olhando nos meus olhos o mais sério que conseguiu com o álcool correndo em suas veias. "Não tem nada com o que ficar nervoso. Eu vou estar aqui."

"Você sabe o quão ridículo é isso? Você tem certeza que vale toda essa besteira?”

"Oh." Ele levantou e me olhou. "Se vale!"

Eu suspirei, e mandei ele sair. Meu estúpido pau já está começando a endurecer e eu preciso estar sozinho.

"Okay, okay... Espera!" Yuri parou no meio do caminho e se virou pra mim. "Você pegou o lubrificante, né?”

Confuso, eu balancei minha cabeça. "Pra que?"

"Oh, pra...” Yuri murmurou algo sob sua respiração e foi fuçar a caixa de primeiros socorros. Eu sei que tem um tubo em algum lugar, perto de alguma coisa, eu comprei há pouco tempo, mas eu fiquei na minha e deixei ele procurar. Sua camisa preta está apertada em seus músculos, e mais folgada em seu abdômen sarado. Ela sobe um pouco e eu consigo ver aquela pele bronzeada quando ele se abaixou pra pegar a pasta de dentes que ele derrubou.

Maldita pele... Eu a vejo o dia todo, por horas até, no estúdio. Eu até tenho que tocá-la e beijá-la e nada é pior do que agora, que eu não posso fazer nada disso. Eu preferia estar trabalhando e então eu poderia tocá-lo do jeito que eu quisesse, preferia isso do que ficar sozinho e com uma marca na cara, se eu tentar alguma coisa. Não é como se eu quisesse tocá-lo agora. Não que eu precise, nem nada. É que é bem legal, de um jeito bem estranho que eu não posso explicar.

"Aqui, idiota." Yuri arremessou o tubo e rolou os olhos. “Não economize."

"Você é um idiota." Eu tentei revidar, mas Yuri já está fechando a porta atrás de si.

Eu encarei o tubo. Eu encarei a porta. Eu voltei a encarar o tubo e suspirei. Como no inferno eu me meto nessas? Por que, por que eu tenho que instigar pra ver se Yuri realmente faria o que eu peço, porque é óbvio que ele fará... Se eu pedir com carinho, eu quero dizer.

"Ei, Matheus? Que porra você está fazendo aí?"

"Porque você não abre a porta e descobre sozinho?" Porra. Vê? Esses são tipos de coisas que não deveriam ser ditas, sem mencionar em pensar.

"É, você queria, idiota. Talvez eu me aproveite de você, quando eu estiver mais bêbado.”

E porque não agora?

"Você já está nu, Matheus? Vamos lá, cara, nós não temos a noite toda.”

"Ninguém disse que eu tinha que ficar nu!” Eu falei, divertido porque eu sei como vai soar pra Yuri.

Eu estava certo. "Anda, meu filho!!"

Rindo comigo mesmo, eu me levantei e abaixei o zíper da minha calça, deixando ela cair no chão. Minha camisa voou longe e eu acho que caiu em algum lugar perto da banheira, mas eu não ligo. Eu peguei o lubrificante e me sentei encostado na porta, sabendo que Yuri estava do outro lado.

"Okay. Pelado!" Eu disse, abaixando minha cabeça e abrindo o lubrificante. "Agora, o que?”

Eu ouvi ele murmurar alguma coisa, mas eu não entendi. “Coloque um pouco de lubrificante em seus dedos e abra bem as pernas.”

"É estranho que eu esteja pensando que amigos heteros não se falam esse tipo de coisa?” Eu perguntei, querendo saber a resposta dele. Mas seja o que for, por favor, me ajude a ser menos gay.

"Quem disse que nós somos amigos?" Ele gritou pela porta e eu posso jurar que ouvi o barulho de ziper abaixando. E isso me deixou ainda mais duro. "Você tem lubrificante nos dedos?”

Se não fosse pela cerveja em meu sistema, isso seria bem constrangedor. “Tenho.”

"O que?"

"Tenho!"

"Ótimo." Eu praticamente posso ver Yuri sorrindo pela porta. "Agora, só comece, sabe? A se tocar... Lá."

Eu suspirei e fechei meus olhos, encostando minha cabeça na porta. Talvez se eu acabar com isso logo, ele vai embora, aí eu posso tomar um bom banho quente e me masturbar até meu pau cair.

Meus joelhos se abriram e eu senti uma brisa onde eu nunca havia sentido. Foi um pouco excitante. Talvez um tanto obsceno. E com Yuri apenas a um segundo de mim, malditamente sexy. Mantendo meus olhos fechados, eu toquei minhas bolas com as pontas dos dedos. O lubrificante está gelado, mas não é ruim. Eu só sei que eu estou incrivelmente excitado e quando

eu finalmente tenho coragem o suficiente pra segurar meu membro, eu notei que já estou pingando feito torneira. Eu não queria estar tão excitado. Eu realmente não queria. E agora que eu estou... Bem, foda-se. Tarde demais pra voltar atrás.

"Só vá devagar..." Yuri disse, sua voz grave e rouca. "Não coloque dentro ainda, só vá curtindo, até você naturalmente... Querer colocar."

"Tem certeza?" Eu perguntei, minhas pernas abertas o suficiente, e eu estou o mais confortável que posso, sentado nesse chão duro do banheiro.

"Sim, se você estiver relaxado. Você esta, Ma?"

Eu sorri pra mim mesmo. "Se você continuar me chamando de Ma, então sim, estou chegando lá.”

Houve uma pausa e um barulho estranho atrás da porta. Eu me pergunto o que ele está fazendo.

Yuri pigarreou. "Então, uh... No que você geralmente pensa quando... Está fazendo..."

Ah, claro. Nem com a porra há possibilidade de eu dizer pra ele no que ou quem está na minha cabeça pelas últimas semanas. Não mesmo. "Uh... Geralmente, alguma coisa que eu tenha visto em filme." Eu menti.

"Deixa eu adivinhar... Você tem uma tara por loiras em roupas de couro, com algemas e chicotes.”

"Você me conhece tão bem." Eu rolei os olhos, ainda deixando meus dedos passearem por uma parte de mim, que eu nunca havia tocado antes, de verdade. Deus. Eu não imaginava que fosse tão sensível. Porra. Eu não sabia que era tão bom. Merda. Yuri estava certo... Eu quero isso.

"Então? Como está indo?”

“hmm...” Meus olhos rolaram e eu arfei suavemente. “Interessante.”

"O que?”

Pigarreando, eu tentei de novo. "Interessante!" Eu disse mais alto.

"De um jeito bom?”

"Oh, sim.”

"Eu imaginei." E eu posso ouvir a lascívia em sua voz. "Você ainda está brincando, ou já ficou mais sério?”

"Ainda brincando." Eu engasguei quando meus dedos lentamente começaram a entrar. “Você tem certeza que eu não vou quebrar nada?"

“Tenho! Vai ser bom.” Ele respondeu.

Eu respirei fundo e engoli em seco quando só a ponta do meu dedo estava dentro. Não machucou. Eu comecei a relaxar e quando meus músculos destravaram, meu dedo escorregou um pouco mais pra dentro. Na verdade, é bom.

"Sabia que os gays colocam suas línguas na entrada dos outros?" Yuri falou aleatoriamente. "Eu vi isso num video que... Acidentalmente eu aluguei. Consegue imaginar? Uma língua em sua bunda... Em sua bunda... Por toda parte? Não seria insano? Eu me pergunto se todos os caras fazem isso? Eu me pergunto qual deve ser o gosto... Como é a sensação..."

Oh, Deus. Eu não sei é meu dedo na minha bunda ou Yuri falando sobre línguas, mas eu estou gozando antes mesmo de notar isso. E não é um orgasmo comum. Esse é um recorde. Eu vi estrelas. E nós estávamos conversando, estrelas cadentes prateadas tomavam minha pálpebra, e tem um arco-íris que começa a desaparecer, como consequência do meu orgasmo.

"Wow... Parece que você se deu bem aí!" Yuri provocou e eu estou lutando para acalmar minha respiração. Eu olho para a sujeira grudenta em minha mão, e sorrio.

“É, eu me dei bem pra caralho.”

"Espero que tenha sido tão bom, quanto soou!"

Eu rapidamente lavei minhas mãos, achei minha cueca, e corri pra abrir a porta. Yuri caiu de bunda no banheiro e eu ri quando vi que sua barguilha estava aberta e sua mão dentro da calça.

“Mmmm hmmm." Eu apontei e dei um passo sobre ele. "Parece que você se divertiu também."

Ele ficou bestificado quando caiu, mas logo se recuperou e sentou-se normalmente. "É, talvez eu tivesse, se alguém pudesse durar mais que cinco minutos." Ele provocou.

"É, e talvez alguém não deveria ter comentado sobre línguas em bundas quando eu estava tentando me dedar pela primeira vez!"

Yuri me ignorou e começou a engatinhar para a cozinha, a fivela do seu cinto balançando com cada movimento seu. "Eu preciso de mais cerveja.”

Eu balancei minha cabeça e sorri para a visão lamentável do seu corpo enorme tentando chegar na cozinha. "Chega de cerveja, Yuri. Falando sério, cara, a gente tem sessão amanhã cedo.”

"Não! Trabalho não!” Ele gemeu e caiu no corredor. “Eu não sou gay.” Ele sussurrou, se virando pra deitar de costas. Agora seu jeans está caído no meio de suas pernas e ele ainda está meio duro.

"Não. Você não é gay, eu não sou gay, e nós não somos gays juntos, nem com a porra, mesmo que pareça ser gay pra caralho. Mas que porra eu sei? Eu só estou com tesão. E você é o amigo mais chegado que eu tenho há um tempo. Talvez eu seja gay. Não tem nada de errado nisso." Eu estou falando sozinho à essa hora, porque os olhos de Yuri estão quase fechados e ele parece que vai capotar bem aí, no carpete. "Yuri? Você quer que eu chame um táxi?"

"Nada de táxi." Ele murmurou.

"Sofá então, colega.”

"Nada de sofá. Muito longe." Ele murmurou de novo, dessa vez coçando o nariz e respirando suavemente, tão fofo.

Ele não é fofo. Yuri não é fofo. Não mesmo.

"Bem, você não vai começar com sua viadagem pra cima de mim, se a gente dormir na mesma cama, vai?"

"Nada de hetero. Gay!" Yuri grunhiu. "Espera... Eu disse... Hetero, nada de gay. É, isso. Isso aí.”

Bocejando, eu passei ele de novo e tentei levantá-lo. Ele é uma pilúla de músculos perfeitos e eu tento não cheirar sua pele, quando eu chego perto dele, mas isso é um tanto difícil. Ele cheira um pouco a suor e tempero velho, açúcar e pré-gozo, tudo misturado.

Eu finalmente consegui levá-lo pra cama e andei pro meu lado. Eu me sentiria um tanto desconfortável se Yuri não tivesse me visto de cueca antes, mas porra... Tem vezes que é a única coisa que ele me vê vestindo. Eu puxei o resto da sua calça e ela caiu com um baque surdo no chão próximo a cama. Não é como se eu não o visse praticamente pelado, também, então o que tem demais? Deitando, eu bocejei de novo e puxei a coberta sobre nós. Seu calor engolfa os lençóis e eu me aconchego, mais confortável do que eu estive há muito tempo.

E eu não acho que tem alguma coisa errada com isso.

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Oii anjos, o que acharam do capítulo?

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Comments

Rosimary Da Silva

Rosimary Da Silva

Tá difícil se manter hetero com tanta química entre os dois

2024-03-30

0

tatsuki_bakugou_ kirishima

tatsuki_bakugou_ kirishima

brotheragem 😼😎😎

2022-12-06

1

Eliane Pereira

Eliane Pereira

gente porque esses dois, não se assumem, coisa enrolada eu em

2022-10-04

3

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