CAPÍTULO 9

Yuri narrando...

Matheus esta grunhindo e gemendo ha pelo menos uma hora, o suor constantemente caindo da testa dele e dentro de seus olhos, e eu posso dizer que isso está o incomodando, porque ele várias vezes limpa a testa. Seu pescoço está inclinado para trás, enquanto ele levanta pela ultima vez, seu músculos tão tensos e rígidos; eu posso dizer que ele está tendo problemas em respirar, enquanto seu peito fica avermelhado.

"Puta que pariu velho. Eu não malho tem muito tempo. Esses pesos estão me matando.” Ele grunhiu, quase caindo junto, quando colocou os pesos no chão. "Eu acho que distendi cada músculo do meu corpo.”

Eu balancei a cabeça e diminui a velocidade da esteira onde eu estava caminhando. "É por isso que você não pode malhar só quando tem vontade, tem que fazer todos os dias."

Ele se alongou, tentando destravar suas costas. "Eu sei, eu sei. É que normalmente eu prefiro dormir. Talvez eu compre uma dessas coisas de ginástica em casa, então eu não tenha que sair do apartamento.”

"Talvez..." Eu falei, o encarando enquanto ele se abaixava. "Você até que tem um corpo incrível pra alguém que malha tão pouco.”

Isso fez ele sorrir e ele caminhou pra pegar uma toalha. "É, bem. Você já acabou com esse pobre corpo dolorido. Quer tomar banho aqui, ou lá em casa?”

Humm. Se a gente tomar banho aqui, eu provavelmente vou dar uma ótima checada na bunda dele. Essa manhã estava muito escuro no banheiro e eu mal pude me concentrar de qualquer maneira. Mas, se a gente tomar banho na casa dele, aí eu vou ter um motivo pra andar só de cueca depois. Assim, quem vai colocar jeans depois de um bom banho quente? Ainda mais se eu for passar a noite, o que eu sei que vou. Depois de a gente assistir "Os Caça-Fantasmas”, claro.

"Terra para Yuri.”

"Ah, é... Vamos. Eu não gosto de ficar nu em público.”

Matheus balançou a cabeça. “Cara, você pousa para uma revista de nudez. Você é um modelo. Como isso é possível?"

"Pow, cara." Eu ri, me aproximando dele. "Tem coisas sobre mim que eu não consigo explicar.”

"Meu nome é Yuri e eu sou doido." Matheus provocou enquanto a gente ia pro vestiário. "Eu sou solteiro, gosto de passear na praia e filmes românticos."

"Não se esqueça de acrescentar a parte onde eu sou vagabundo e fácil.” Eu ri, dando um tapa nas suas costas e abrindo a porta.

As sobrancelhas de Matheus subiram e ele me olhou sério.

"Eu estou brincando."

O canto de seus lábios se contraiu e seus olhos verdes sorriram um pouco. "Bem, eu ia dizer... Que sobre a vagabundagem eu sabia, mas ser fácil? Porra, eu não teria me esforçado tanto pra entrar na sua calça.”

"Que seja.” Eu rolei os olhos, mas sei que ele começou a flertar, o problema vai ser conseguir parar agora. "Se você estava se esforçando pra conseguir alguma coisa, já podia ter conseguido há um tempão.”

Ele riu alto e colocou sua camiseta. “Ah, não sei... Talvez sejam divertidos os obstáculos."

●●●●●●●●●●●

Nós acabamos passando num barzinho pra pegar umas cervejas e pizza pro jantar.

É ainda fim de tarde, mas como a gente malhou pra caralho, nós dois estamos praticamente rastejando até em casa. O que é bem triste pra dois jovens como nós, mas o que eu posso dizer... Eu prefiro ficar sozinho no pequeno apartamento com Matheus , do que em algum lugar barulhento, onde qualquer um pode ficar prestando atenção em cada movimento nosso. E eu botei Matheus pra malhar muito. Nós jogamos basquete por quase uma hora, antes de chegarmos aos pesos e eu acho que quase fiz ele desmaiar, quando sugeri que ele deveria fazer esteira também. Ele preferiu levantar mais peso, enquanto eu corria.

Quando nós chegamos no apartamento, estávamos fedendo, muito. Bem, eu não sei dele, mas eu com certeza. E eu quero me livrar dessas roupas que estão molhadas por causa do meu suor, e colocar algo que não seja sintetico.

Jogando minha mochila na mesa, eu avisei que estava indo direto pro banho.

"Não quer comer primeiro? Vai ficar frio."

Eu balancei a cabeça. “Tem problema, não. Eu esquento quando eu terminar." Eu disse, tirando minha camiseta e jogando ela em cima da mochila, que eu tinha esquecido que tinha colocado na mesa e acabei derrubando, algumas coisas caindo pra fora.

Matheus arqueou suas sobrancelhas, ao que ele pegava o DVD. "Não parece nem ser assustador.” Ele parou, mas aí começou a rir quando leu a parte de trás. "Okay, parece bom o suficiente. Adiante-se então a gente pode assistir e..."

Ele parou de falar quando olhou o outro pacote que caiu e eu nem tinha percebido. "Você trouxe camisinhas? No que você estava pensando? Você vai se dar bem hoje, ou algo assim?”

"Han... Não.” Eu disse rapidamente, pegando o pacote de suas mãos. Meu Deus. Não foi ruim suficiente ele me ver comprando camisinhas, agora isso? "Eu só coloquei elas na mochila e... Me esqueci delas." Eu sei que estou corando, mas eu não posso evitar.

"Eu só estou brincando, Yu. Não é um crime carregar camisinhas na mochila. Só me preocupa..." Ele falou e então balançou sua cabeça, como se desejasse nem ter começado a frase.

"Preocupado sobre o que?" Eu perguntei,

"Nada. Agora vá tomar seu banho, e seja rápido. Eu tenho que tomar também."

Eu sorri perversamente. "Quer tomar comigo? Assim, nós até já tomamos banho juntos hoje... Eu realmente não vejo o problema em ficar molhado com você de novo.”

Ele lança um olhar em minha direção, e eu posso vê-lo incomodado com os shorts de ginástica. "Não seja idiota e vai. E não gaste toda a água quente!" Ele gritou depois que eu comecei a andar pelo corredor.

"Se você tomasse banho comigo não teria que se preocupar com isso!” Eu pirracei, sorrindo pra mim mesmo, porque essa foi das boas.

Tudo o que eu ouvi em resposta foi uma garrafa de cerveja abrindo, antes de eu fechar a porta suavemente atrás de mim, não me preocupando em trancar, caso Matheus realmente resolva se juntar à mim, porque caralho, isso seria incrível. Talvez nós possamos repetir o que fizemos essa manhã, mas sem o constrangimento de ter Enrico no mesmo quarto. Eu tenho que me forçar a nem sequer pensar naquela sessão, porque senão eu vou ficar duro e vou querer gozar no chuveiro, o que vai me fazer demorar mais que Matheus espera que eu demore. Então eu respirei fundo, e liguei o chuveiro, silenciosamente me dizendo que eu não poderia ficar duro agora. Ou pela noite inteira, porque mesmo que eu tenha passado a manhã inteira com uma ereção, eu não sou atraído por caras. Tenho que me manter lembrando-se disso.

Depois que eu terminei o banho, eu me sentia muito melhor e amarrei uma toalha no quadril. Com meu short de ginástica na mão, eu abri a porta e senti o choque de temperatura penetrando em minha pele. Matheus deve ter ligado o aquecedor.

Eu comecei a andar pelo corredor, quando ouvi Matheus no quarto, ligando a Tv.

"Hey, o que você está fazendo?” Eu perguntei, me apoiando no vão da porta. Ele me olhou de cima a baixo, me comendo com os olhos.

"Eu achei melhor assistir aqui... A Tv é maior.” Ele apontou pra Tv que praticamente tomava toda a parede e eu assenti.

"Contanto que eu possa beber na sua cama, está tudo ótimo."

Ele fez uma leve careta. "Tá, mas não cuspa nos lençóis.”

Eu sorri e joguei a toalha que eu estava usando em cima dele. "Acho que eu posso sentar nisso, só pra assegurar."

Matheus pareceu surpreso com minha bunda de fora, mas eu não parei e deixei ele dar uma boa olhada antes de correr até minha mochila e colocar uma cueca limpa. Eu ouvi o chuveiro ligando, peguei as cervejas e minha mochila, voltando para o quarto de Matheus. Ele já tinha colocado o filme e eu me pergunto se ele desligou a luz de proposito, ou se ele nem chegou a ligá-la. O sol já está começando a se pôr e as cortinas estão puxadas. O quarto dele nem era tão interessante assim, eu notei quando sentei na cama de casal e olhei em volta. A Tv é maior que uma que tem na sala, tem um guarda-roupa com espelho num canto, uma planta no outro canto e eu estou surpreso que não esteja morta ainda. Aí, no criado mudo, tem um abajur que eu liguei. Deitando em cima dos travesseiros macios, eu deixei um suspiro sair e fechei meus olhos por um minuto, só ouvindo a água cair sobre o corpo de Matheus antes de tocar o chão.

Eu estou começando a me sentir em casa, aqui... E eu meio que gosto disso. Muito. Não é tão solitário quanto no meu apartamento. Nem um pouco.

A água de repente parou e eu posso ouvir quando ele puxou as cortinas. Eu cruzei meus pés, só relaxando e me deixando confortavel. Eu me pergunto se alguma coisa vai acontecer entre nós, hoje. Essa manhã foi uma encenação malditamente bem feita e eu me pergunto se ele ficou com tanto tesão quanto eu. Espero que sim.

"Hey, Yu?" Eu o ouvi chamando meu nome e abri os olhos. "Oh, aqui está você." Ele riu claramente quando me viu todo relaxado em sua cama, só de cueca. "Cara, você já olhou no espelho?"

"Pra que?” Eu perguntei.

Ele passou o indicador em seu queixo, como se realmente não quisesse dizer. "Não sei de você, mas eu tenho um chupão de hoje mais cedo.”

"O que?!" Eu guinchei e malmente reconheci minha própria voz, enquanto dava um pulo pra ficar em pé e corri até o espelho. Com toda certeza, tem uma marca em meu pescoço, um pouco abaixo da minha orelha. "Porra, Matheus!"

"Porra nenhuma! Não é minha culpa e você deixou um em mim também, gênio.”

Eu suspirei e me arrastei de volta pra sua cama. "É, mas meu agente conseguiu fotos de rosto pra eu fazer amanhã. Ele vai me matar."

"Oh, desculpe." Matheus disse, rolando os olhos. "Nós dois estávamos nus em uma banheira e eu apenas estava fazendo meu trabalho."

"E você tinha que fazer tão bem feito?" Eu gemi dramaticamente, me contorcendo pra tirar o controle remoto de baixo das minhas costas.

"Não é o fim do mundo, já ouviu falar de maquiagem?" Matheus sorriu e abriu a gaveta de cima do seu guarda-roupa, pegando um short. Ele colocou por baixo da toalha e meus olhos estão grudados esperando pra ver um centímetro daquilo que eu já sei que tem ali embaixo.

Eu suspirei e lancei pra ele um olhar de dúvida. “Quer ir comigo e explicar porque eu tenho um chupão?”

"Não, não mesmo." Ele respondeu e deitou perto de mim. "Agora, seja um mocinho bonzinho e vá esquentar pizza pra gente.”

Eu o encarei, mas começando a me levantar. "Não disse, por favor." Eu murmurei.

Ele sorriu de lado e apertou o play. "Desculpa, velho, essa palavra não está no meu vocabulário até ter o que eu quero.”

"Não me admira você não ter nenhum amigo." Eu provoquei e indo até a cozinha.

Eu ouvi uma garrafa de cerveja abrir e ele falou. "Oh, cara, eu tenho você! É tudo o que eu preciso!"

Eu estou feliz que ele não possa me ver, porque o sorriso que eu tenho na cara é provavelmente ridículo e infantil e tudo no meio. Porra, eu não tenho esse sentimento estúpido pulsando na ponta do meu estomago, misturado com nervoso e felicidade em eras... Não desde, bem, não desde que eu me importe lembrar. E estranho suficiente, nem importa que seja um cara que esteja fazendo isso comigo. Eu me pergunto se ele sente o mesmo.

“Fazendo uma nova carreira de esquentador de pizza?” Matheus gritou do quarto e eu balancei a cabeça, tentando tirar todos esses pensamentos da minha cabeça.

Dois minutos depois, nós dois estamos comendo com os olhos grudados na Tv. Nossos pés estão balançando na ponta da cama e eu olho pra Matheus que parece estar mesmo feliz. Ou talvez seja apenas eu querendo que ele esteja feliz. Eu não sei o que é isso, ou porque acontece, mas eu gosto de vê-lo rindo ou sorrindo. Tipo é quase mais importante pra mim que ele se divirta do que eu mesmo.

Pelo meio do filme, Matheus está rindo muito alto e bebe o seu último gole de cerveja. Nós nos aproximamos na cama e eu posso sentir o calor radiando de sua pele. Mais de uma vez, eu olhei discreta e rapidamente pra ele, e a única coisa que eu realmente conseguia ver era o chupão em seus pescoço. O lugar que eu marquei com minha boca... E eu tenho um pra combinar. Porra. Porque isso me excita tanto?

"Porra, cara." Matheus disse enquanto colocava a garrafa no chão. "Pausa aí. Tenho que tirar a água do joelho."

Eu estou mais interessado nele do que no filme, mas eu disfarcei antes de ele notar. "Huuum, tá." Eu procurei o controle e apertei o botão, enquanto Matheus se levantava da cama. Meus olhos seguiram suas bronzeadas e bem definidas costas, enquanto ele se afastava e eu estou começando a suar só por continuar olhando pra ele. Eu tenho que tirar minha cabeça desse caralho e parar. Apenas assista a porra do filme. Se eu continuar encarando, Matheus provavelmente vai me expulsar por eu ser um anormal.

Eu ouvi a descarga e rapidamente murchei a barriga e passei a mão no cabelo. Porque eu fiz isso, eu não tenho certeza, mas eu consegui respirar quando ouvi seus passos indo pra cozinha e a porta da geladeira abrindo.

"Quer sorvete de floresta negra?" Ele chamou e eu me ajeitei nos travesseiros, um sorriso grande em meu rosto.

"Claro que sim! Traga muito!" Eu gritei de volta.

Matheus riu e poucos minutos depois aqui está uma enorme travessa do meu sorvete preferido bem no meio de nós. "Desculpa cara, tudo o que eu tenho é uma colher. Acho que tenho que lavar a louça. Se importa em dividir?"

Eu fiz uma careta enquanto assistia ele colocar uma quantidade impressionante de sorvete dentro da boca. "Acho que a gente deveria dar uns amassos também, então." Eu disse, tomando posse da colher. "Já que eu terei seus germes na minha boca, de qualquer maneira."

"Ah, claro. Sonha." Ele murmurou, pegando o controle e apertando o play.

Ele se perdeu no filme novamente e sua risada é como música para meus ouvidos. Eu me concentrei no sorvete, fazendo uma grande bola com a colher e colocando toda na boca. Me ajeitando na cama, eu apoiei meu corpo em um cotovelo e levei a colher até Matheus. Ele olhou pra mim de uma forma engraçada, mas aí abriu a boca lentamente, sua atenção de volta à Tv. Eu tive que controlar um gemido quando eu via ponta da sua língua do lado de fora pra lamber uma gota de chocolate que caiu no canto do seu lábio.

Eu não posso fazer isso. Eu estou me torturando aqui. Esperando por alguma coisa que provavelmente nunca vai acontecer. Precisando de algo que eu não deveria. Querendo uma coisa ao ponto de praticamente machucar só de pensar nisso.

Deixando a colher de volta na travessa, eu me deitei de novo nos travesseiros e assisti o filme. Apenas olhando uma vez, ou duas na direção de Matheus. Meus pensamentos voltaram para o chupão no meu pescoço e o par no dele. Eu me pergunto se qualquer pessoa que nos visse juntos... Será que eles achariam que nós somos um casal? Não. De jeito nenhum. Isso é ridículo.

Antes de eu sequer perceber, o filme acabou e eu estou reclamando de ter comido demais. Matheus se levantou pra trancar as portas e desligar as luzes do seu pequeno, mas confortável pra caramba, apartamento. Eu estava cansado poucas horas atrás, e agora eu não tenho como ficar mais acordado. Eu deveria provavelmente ir pra casa, pra minha cama, e me masturbar até minha última gota de gozo estar fora do meu pau. Eu realmente deveria ir. Mesmo. Eu deveria.

Matheus parecia uma criancinha quando voltou ao quarto, pulando na cama e se aconchegando embaixo dos lençóis.

Ele suspirou felizmente, se esticando enquanto deitava e mexendo os pés de um lado pro outro.

Porra, não. Eu não vou pra casa. De jeito nenhum. Eu não vou a lugar algum, além do banheiro.

"Já volto." Eu disse rapidamente e tirava os lençóis de cima de mim.

"Vai com força." Ele riu, sabendo exatamente pra onde eu estava indo.

Eu fiquei lá tempo suficiente pra fazer minhas coisas rápido e só de saber que eu vou dormir ao lado dele hoje, me deixa um pouquinho aceso. Okay, muito aceso, mas ninguém precisa saber.

Voltando pra cama, eu percebi que Matheus está mais no meio agora, do que estava antes. Eu não tenho outra escolha, além de tentar relaxar com o calor de seu corpo tocando minha pele, e me levando a um doce paraíso.

Alguns minutos se passaram e eu acho que ele está dormindo, quando de repente ele limpa a garganta e sussurra. "Deus... Eu ainda estou de blueeggs."

Algo parecido com um guincho e uma risada desapontou da minha boca, e eu gostaria de todo coração, desfazê-lo. Matheus não notou ou é muito educado de comentar sobre isso. Ele só suspirou profundamente e eu posso ouvi-lo se mexendo.

"Bem, se você precisar ir de novo ao banheiro, eu prometo não te sacanear.” Eu provoquei, me aproximando um pouco mais dele. "Assim, nós íamos praticar seus dedos...Lá."

"É." Sua voz é suave e pensativa, como se ele estivesse em paz com o que está pensando. "No entanto, eu estou muito cansado pra ir lá. E eu quero estar completamente sóbrio e acordado quando eu tentar de novo. Sabe, pra fazer direito.”

"É." Eu concordei e empurrei o lençol um pouco, só pra ele cobrir apenas meu quadril. Está ficando um pouco quente aqui. “Isso quer dizer que você está cansando pra... Fazer outras coisas?”

Houve uma hesitação, mas só de um segundo. "Tipo o que?”

Eu desesperadamente tentei pensar em algo pra dizer, mas nada me veio na cabeça. "Hm... Não sei. Só sei que estou de blueeggs também.”

"Acho que nós estamos fodidos."

''Também acho.”

Matheus suspirou pesadamente de novo. Deveria ser bem mais constrangedor do que é. Só estamos decidindo quem vai dar o primeiro passo.

"Cara, eu estou tão excitado agora, que eu tenho certeza que vou ter um sonho molhado, ou algo assim.”

"Se você gozar nos meus lençóis, eu te mato."

"Ah, tanto faz." Eu sorri e me virei pra ele. "Eu pago a lavagem."

"Hmm..." Ele fingiu pensar no assunto. "Que pena que não somos gays, né?"

Decepção cresceu em meu peito. "É, uma pena.”

Ele chegou um pouco mais perto. "Aposto que eu poderia fazer gozar bem forte...” Sua voz está ficando rouca e profunda a cada segundo e eu posso me sentir pulsando.

"Pssh. Até parece. Aposto que você teria trabalho com isso." Eu disse baixinho, quase com vergonha.

Ele chegou ainda mais perto. "O trabalho é metade da diversão, lembra? E por outro lado... Eu aposto que poderia fazer você gozar só tocando, sei lá. Sua mão.”

Isso me fez rir. "O que? Minha mão? Claro cara vai com fé.”

Ele se levantou um pouco e se apoiou nos cotovelos. "Você está aceitando a aposta?"

Eu assenti. “Apostado."

"Okay." Isso saiu mais alto do que eu acho que ele planejou, mas ele está se aproximando de novo, então não importa. "Duas condições.”

Eu travei. "Não tinha nenhuma condição um segundo atrás."

Rindo, ele se inclinou sobre meu corpo e tirou o lençol de cima de nós. Em um rápido movimento, ele tirou minha cueca e de repente eu estou completamente nú em sua cama. Eu comecei a reclamar, mas porra, acho que ele quer isso tanto quando eu, e eu estou cansado de lutar contra.

"Nudez é obrigatório. Desculpe, eu sei o quanto você odeia isso e tudo."

"E daí?" Eu perguntei me segurando pra não me cobrir com a mão e só deixar ele me ver. O abajur ao lado da cama ainda está ligado, mas é apenas um feixe comparando à sombra que nos rodeia. "Trato de uma parte só, é? Eu não vou ter um streap também?”

"Okay." Matheus murmurou e eu finalmente tive a chance de poder vê-lo. Ele é malditamente lindo. Não tem uma falha, nenhum detalhe está fora do lugar.

Eu nunca vi uma pele tão dourada e tão tentadora antes em toda minha vida. Eu mal posso esperar pra tocá-lo completamente.

"E a segunda condição...” Matheus disse enquanto jogava a cueca no chão. "É que você não pode se tocar."

“Tudo bem.”

"Ou me tocar."

Porra. Porque o mundo me odeia? "Tudo bem."

Matheus sorriu e se rastejou na cama, deitado de bruços, respirou profundamente enquanto segurava minha mão. Eu apertei a minha outra quando ele virou ela sobre a sua, estudando cada centímetro da minha palma, depois virando de novo, e olhando meus dedos, um por um. Ele entrelaçou eles com os seus e olhou pra mim, olhou nos meus olhos e sorriu.

Deus, eu estou me apaixonando tanto.

"Dedos grandes..." Ele começou, quebrando nosso olhar rapidamente, pra fixá-los no meu indicador, começando a lentamente acariciá-lo de baixo pra cima.

"É." Eu respondi. "Bom pra alcançar coisas.”

"Ah, é?" Ele sorriu e se ajeitou de forma que seu quadril está apoiado no meu. "Aposto que você pode alcançar coisas direitinho." Ele sussurrou, abaixando sua cabeça e se inclinando pra roçar sua bochecha ao logo do meu dedo. Eu engoli um gemido quando o vi com os olhos preguiçosos e se rastejando na cama, um jeito que nós quase estamos cara a cara, mas eu ainda sou um pouco maior que ele.

Eu forcei um riso. "Bem... Eu tento. Isso está bom?" Eu perguntei, não tendo certeza do que eu estava falando. Eu tentei imitar a voz de Matheus , mas minha respiração falhou quando ele mordeu seu lábio inferior e me direcionou esse olhar incrivelmente sensual.

"Uhum, isso é bom, Yu você é bom." Ele disse baixinho, quase sério. Eu assenti brevemente, silenciosamente dizendo que eu ouvi o que ele disse... Mas sem saber como responder. "E essas mãos... Essas mãos, Yu... Você não sabe o que elas fazem comigo quando nós estamos no estúdio.”

Minhas sobrancelhas subiram por causa disso e, cara, eu quero ouvir mais. "É?"

"É sim." Ele sorriu e começou a beijar a ponta do meu indicador gentilmente. "Me mata, às vezes... Tendo você me tocando por tanto tempo... Sem saber se você quer mesmo ou não...“

"Eu quero." Saiu mais rápido do que eu pensei, mas nada além da verdade. Eu não quero que ele pense em porém. "Assim... Eu gosto de tocar você, Ma. Eu gosto muito.”

Ele começou outra trilha de lentos beijos da ponta do meu dedo médio até embaixo, nossos olhares nunca se quebrando. "Eu também. Provavelmente mais do que nós deveriamos, né?" Ele sorriu, permitindo sua língua brincar com a ponta do meu dedo. Minha boca abriu um pouco, e meu membro está pulsando tanto que eu vou começar a investir contra o ar a qualquer segundo por um pouco de alívio.

"Isso está tão bom." Eu digo, meus olhos vidrados no jeito que ele beija até a fim do meu dedo médio e começa outra trilha de beijinhos até meu dedo anelar, lambendo e mordendo ao longo do caminho.

"Eu também acho...." Ele direcionou seus olhos pra meu membro pulsante que está pingando litros de pré-gozo no meu estomago. "Então, como eu estou indo? Vou vencer essa aposta?”

Ofegante, eu assenti e fechei os olhos. “Porra, sim.”

Sua boca de repente está se afastando de minha mão e antes de eu perceber, ele está se inclinando sobre meu estomago e pegando um pouco de pré-gozo com sua língua. Com seus lábios há poucos milímetros da ponta do meu membro, eu gemi guturalmente e quando eu me dei conta, ele já está passando sua língua por meu dedo mindinho, subindo e descendo lentamente quando seus olhos estão completos com luxúria.

"Você trapaceou..." Eu sorri e grunhi, assistindo sua boca linda fazendo amor com meus dedos.

“Foi mal." Ele deu de ombros. "Mas é até gostoso.” E ele voltou a beijar minha palma aberta, enquanto ele desenhava círculos na parte de trás da minha mão.

Eu arfei com isso e meu pobre pau está dolorido. Eu preciso tocá-lo agora, especialmente desde da hora que Matheus colocou sua respiração quente bem na porra da cabeça. Deus. Eu não consigo controlar. Movendo meu outro braço pra baixo, eu me contorci e deixei minha mão descansando no meu quadril. Ele não disse nada e pelo que eu posso ver, eu tenho certeza que ele está se esfregando na cama enquanto morde meu polegar de cima a baixo.

"Matheus ...Eu, eu não consigo. Eu... Eu preciso...”

Ele começou a se movimentar um pouco mais rápido, seus quadris se enroscando nos lençóis, quando ele colocava meu indicador e meu dedo médio juntos.

“Vai em frente, Yu. Só faça, cara. Quero ver você gozar pra mim.“ E com isso, ele tomou meus dedos profundamente naquela boca quente e apertou seus lábios ao redor deles, chupando e passando sua língua ao redor.

Tudo estava embaçado quando eu alcancei meu membro e terminei em menos de um minuto. Eu assisto Matheus chupando meus dedos com os olhos fechados, como se ele estivesse se divertindo tanto quanto eu, antes de eu ter que fechar meus olhos também, deixando as ondas de um dos melhores orgasmos que eu já tive tomar conta de mim, por mim, e até dentro de mim, de forma que eu mal posso respirar.

Eu finalmente desacelerei minha respiração e eu estou com tanto sono que eu mal consigo jogar o lençol sobre o corpo de Matheus e o meu e desligar o abajur. Eu vou pagar pra lavar o lençol, de manhã, porque agora eu não estou me importando.

As sombras da noite que caí sobre nós é azul, e eu coloco meu braço em torno da cintura de Matheus , puxando ele mais pra perto. Nossas pernas se entrelaçaram e nossos pés estão se mexendo suavemente. Isso é algo que eu poderia chamar de perfeito.

"Ma?"

"Humm?"

"Você gozou?"

“Sim.”

"Bom."

Ele pausou e se aconchegou mais perto de mim e eu rocei meus dedos sobre sua espinha, até chegar em seu queixo e tracei uma linha sobre seus lábios. Rapidamente, eu coloquei meu polegar sobre ambos e o beijei, coloquei meus lábios sobre o de Matheus, que lentamente também me beijou. Nós dormimos assim. Quietos, contentes e completos...

●●●●●●●●○○○○○●●●●●

Finalmente esse beijo saiu amores, o que acharam do capítulo?

Até mais beijos :)

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Comments

Yakult

Yakult

Perfeito. Kkkkk a "primeira vez dos dois tendo contado físico " não poderia ter sido melhor.

2023-01-13

4

Yakult

Yakult

Que gay esses dois....

2023-01-13

2

tatsuki_bakugou_ kirishima

tatsuki_bakugou_ kirishima

já tá na cara que vcs são gays, não só gays, são totalmente gayyyyyyyyyyyssss

2022-12-06

1

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