La estava eu de joelhos entre as mudas de margaridas recém plantadas , as mão sujas de terra, alguns fios de cabelo grudando no rosto por causa do suor. Havia trabalhado ali por um bom tempo, separando as mudas de flores e carpindo a terra para formar os tão sonhados canteiros do jardim de Ana. Ela não estava em casa, havia ido a casa de Jude brincar com as amiguinhas em um piquenique da escola. Era estranho estar ali sozinha, aquele lugar era tão sossegado que o tempo parecia voar.
Levantei os olhos por alguns instantes e vi o carteiro que se aproximava do portão em sua bicicleta azul, acenou para mim, fui ate ele limpando as mãos:
-Ótimo dia pra plantar dona Sarah.- comentou ele sorrindo, me entregando as cartas. Concordei e ele se foi acenando.
Havia uma carta para mim em meio aos envelopes. Era a resposta de minha amiga. Fui ate a varanda e me sentei para ler. Meu coração batendo forte no peito, eu tinha medo do que podia encontrar no interior daquele envelope.
Sarah
Até que enfim recebi noticias suas, estava preocupada. Estamos bem por aqui e fico feliz que você também está. Vi o Jonah ontem... ele tem passado a maior parte do tempo bebendo...Me perguntou sobre você e disse que não vai descansar até encontra-la...
Mas não se preocupe, seu segredo esta seguro comigo. Amo você!
Respirei fundo...Era estranho como eu ainda tinha medo de Jonah mesmo estando tão longe. Mas, não teria como ele me encontrar, ele não poderia...
Bom, eu precisava esfriar a cabeça, parar de me preocupar, então resolvi andar um pouco. Ir até o riacho me refrescar antes de voltar a meus afazeres.
Aquele era um lindo e acolhedor lugar que Ana havia lhe mostrado, um riacho de águas frescas e claras que corria por detrás do bosque a uma meia hora de casa. Uma suave brisa balançava as folhas das arvores e o sol quente davam a impressão de que iria chover logo logo. Seria bom para meus canteiros recém plantados, eu só esperava que não fosse uma tempestade como da outra vez...
Neto
A casa estava escura quando voltei da cidade. Eu sabia que Ana não dormiria em casa por causa do piquenique da escola, mas onde estaria Sarah? Um relâmpago brilhoua distância. Sinal de tempestade iminente, pensei. Desanimado, fui à cozinha fazer café. Enquanto a água fervia, vários pensamentos começaram a me perturbar. Com o mau tempo, Sarah poderia precisar de ajuda. E se estivesse presa em algum lugar?
Mulherzinha teimosa!Onde havia se enfiado? Depois de meia hora e umas duas ou três xícaras de café a chuva torrencial já havia descido sobre a fazenda e a temperatura caíra consideravelmente. Sarah poderia ter se perdido. Ela não conhecia bem aquelas paragens. certamente tentara achar o maldito riacho e se perdera. Passei as mão pelos cabelos, tenso. Dane-se! Pensei. Não conseguiria ficar nem mais um minuto sentado. Peguei as chaves da velha moto de Kit e sai a sua procura.
Não foi tão difícil encontra-la, logo me deparei com um vulto surgindo do bosque. Eu poderia identifica-la apenas pelo modo decidido de andar. Iluminei-a com o farol e me deparei com o sorriso mais doce que eu já vira. Tremia de frio e estava encharcada pela chuva. Mas ainda assim sorria como se eu fosse sua pessoa favorita no mundo.Um short cobriaparcialmente as longas e bem torneadas pernas. A camiseta larga nadadenunciaria, não fosse a chuva a molhá-la e grudá-la sobre os pequenos seios. Sarah passou as mãos pelos cabelos molhados e os seios se ergueram com omovimento, me fazendo engolir em seco.Sem as roupas largas quevestia no dia-a-dia, parecia outra mulher. Agora podia ver sua cintura fina, ascurvas delicadas dos quadris, o tornozelo feminino. Imaginou aquele corpo nu aosabor das águas geladas do riacho. Eu precisava sair dali, senão não responderia por meus atos.
Balancei a cabeça tentando afastar aqueles pensamentos, deveria apenas me ater ao fato de te-la encontrado a salvo.
-Está tão frio!- Ela disse os dentes rangendo. E eu sorri, aquela maldita mulher quase me matara de preocupação e a unica coisa que tinha para me dizer era isso?
-Suba- ordenei.- Vou te levar pra casa.
-Tudo bem, posso voltar andando..- ela disse.
-Suba logo, ou vai acabar pegando uma pneumonia.
Sarah
Eu nunca estive na garupa de uma motocicleta, pensei comigo mesma. Sempre achei aquele um veiculo perigoso demais e não julgava ter coordenação motora suficiente para isso. Mas por algum motivo eu me sentia segura com Neto. Esperava que ele não sentisse meu coração palpitar desenfreado dentro do peito. Estava agindo como uma tola de colegial, pensei. Ele estava tão perto, podia sentir seus músculos enrijecidos sobre o contato de nossos corpos assim que me acomodei na garupa da moto.
A entrada da fazenda se aproximava. Neto estacionou a motocicleta ao lado do celeiro. Desci em silencio e fui em direção da casa. ..
- Sarah?
Um frio percorreu-me o estomago quando ele agarrou meu braço foçando-me a a encara-lo. Estava a alguns centímetros de mim, os cabelos molhados o deixavam ainda mais bonito, e havia algo diferente em seus olhos azuis.. Senti um arrepio percorrer minha espinha. Deus, o que estávamos fazendo? De repente a vontade de sentir o calor dos lábios dele preencheu minha mente.
-Oque você esta fazendo comigo?- ele murmurou, seus braços fortes envolvendo minha cintura em um abraço firme. Não resisti, deixei me levar pelos instintos, a muito tempo que eu não sentia um toque carinhoso de um homem, e Neto conseguira despertar em mim um desejo incontrolável de ser tocada.
Os lábios dele pousaram sobre os meus com delicadeza, deixei-me envolver por seus braços musculosos e aproveitei a sensação daquele beijo avassalador.
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Atualizado até capítulo 25
Comments
Rozana Silva
se apaixonaram
se o ex não atrapalhar tudo
aquele covarde que bate em mulher
quero ver bater no neto
vai apanhar até
2022-11-24
7
Carla Dos Santos
TOP DE MAIS!!!
2022-11-12
1
Socorro Santos
Gostando muito do. livro. Está bem organizado. E os personagem são maravilhosos.
2022-11-09
1