17

LILY CALLOWAY

Hoje é um grande dia. Não é dia do nascimento. Estou a muitos meses longe disso. Mas é o dia em que descobrimos o que Jonathan Hale quer.

Eu mando a gerente da loja Superheroes & Scones, Maya, um texto rápido sobre a compra das novas edições de Deadpool enquanto espero que todos me encontrem no balcão da cozinha. Suponho que estou adiantada, o relógio do forno mostra às 18h30. Lo deve voltar da Halway Comics em poucos minutos, passando pela porta.

— Você não tem que vir, Dais, — Ryke diz com firmeza, sua voz áspera ecoando da sala de estar. Eu estico meu pescoço para tentar localizá-los, mas eles estão sendo bloqueados pela parede.

— Seu pai disse que é obrigatório, — ela diz a ele, — e eu quero estar lá.

— Eu não quero que você esteja lá porque você está sentindo uma fodida dor agora.

O que? Eu pulo do banquinho e corro para a sala de estar.

— Eu me sinto incrível, — ela diz a palavra como ela pudesse correr dez quilômetros.

Eu entro na sala quando Ryke diz a ela, — Eu acreditaria mais em você se você não estivesse curvada, Calloway.

Daisy está curvada, a mão nas costas do sofá como um suporte. Seu gesso está ao seu lado e sua cabeça abaixada. — Eu estou de pé, — diz ela. — Eu estou mais do que bem. — E então eu noto seu pulso engessado se curvando para seu estômago como se seu abdômen doesse.

— Foda-se isso. — Ryke a pega e a segura facilmente em seus braços.

— O que há de errado? — Eu pergunto.

Ryke gira em minha direção, e Daisy vira a cabeça em seu peito, claramente estremecendo de dor agora. — Cólicas, — responde Ryke.

Eu franzo a testa e me sinto enrugando o meu nariz como Lo mencionou. Eu tento afastar esse olhar.

— Você está prestes a espirrar ou algo assim? — Ele pergunta de maneira tão grosseira e direta.

— Não. — Eu coro. — Eu estou apenas confusa… — Eu olho para Daisy, que segura a camiseta branca de Ryke, seu desconforto claro.

— Eu não vejo como essa porra é confusa, — diz Ryke seriamente.

Com medo de envergonhar Daisy, hesito em investigar o assunto, mas ele começou isso... talvez ele já saiba de tudo. Ela parece ser aberta com ele já que eles estão namorando, de qualquer maneira. — Daisy? — Eu digo baixinho.

— Hum? — Ela não vai tirar o rosto do ombro dele. Se recusando a me deixar vê-la com dor.

— Isso é meio longo para uma menstruação, não é? — Eu tento contar os dias desde que ela disse que começou. Tem que ser cerca de nove dias.

Ryke endurece, mas ele olha para Daisy, não falando por ela.

— Já faz algum tempo, — diz ela lentamente. — Mas eu já fiquei dez dias antes... você sabe, eu tenho essa teoria… — Ela faz uma careta. — ... é o jeito do meu corpo dizer que me ama. — Ela quase sobe mais alto no corpo de Ryke assim que as cólicas provavelmente retornam com uma vingança. Ryke usa essa preocupação dura que é nada menos do que masculina e meio que assustadora e fofa ao mesmo tempo.

Para ela, não para mim. Apenas para ficar claro.

E então clica. — Você ainda tem menstruações irregulares? — Ela costumava tê-las durante suas fases extremas de dieta. Eu culpo a modelagem.

— Elas não são tão ruins quanto eram. — diz Daisy.

Ryke não parece tão otimista. — Quatro meses de nada e então isso? — Ele diz a ela. — Eu não posso imaginar como elas eram antes de você me conhecer.

— O paraíso, — ela diz sarcasticamente.

— E agora você está no inferno, fodendo comigo.

Ela ri, mas morre depressa.

— Você precisa de Midol? — Eu pergunto.

— Eu já tomei alguns. Vai passar se eu não pensar nisso. É o que Rose sempre diz sobre cólicas.

Poder mental. Esse é um traço de pessoa inteligente que não tenho tanta certeza se tenho. Com cólicas ruins, eu apenas me enrolo de lado, me agarro a Lo e faço uma maratona de filmes da Marvel. Eu normalmente não consigo me concentrar nos filmes, apenas me concentro no aperto no meu abdômen.

Eu tenho fé que Daisy pode fazer isso. Ela é forte.

De repente, sapatos batem na madeira, e Lo aparece na cozinha, entrando pela porta dos fundos. — Ei, — ele diz para nós, primeiro examinando meu bem-estar, depois seu irmão e Daisy. — Devemos sair agora, caso haja trânsito.

Eu vejo sua ansiedade nervosa de seus ombros e queixo travados. Sua mão ainda treme um pouco, mas ele a coloca em um punho quando ele me pega observando.

Lo se aproxima de mim enquanto Ryke carrega Daisy pela porta da frente, ainda a embalando. — Estou bem, Lil, — Lo me assegura. — Vamos. — Ele envolve seu braço em volta dos meus ombros.

— Como foi o trabalho? — Eu pergunto.

— Chato, — diz ele, esfregando os lábios, outra dica que ele está ansioso.

Eu estico minha mão e seguro a sua. Seus ombros afrouxam por uma fração.

Ele fecha a porta da frente atrás dele. — O que há com Daisy?

— Cólicas, — eu digo.

Seu rosto se contorce como, o que?

— Eu questionei isso também, mas a menstruação dela ainda está desregulada. — O que é estranho é que discutir a menstruação de Daisy tem sido normal por algum tempo. Eu me pergunto se ela percebe que Rose espalha essa notícia como um incêndio, e isso se torna um tópico entre os caras também. Espero que ela não esteja tão envergonhada por isso.

Descemos as escadas e caminhamos até o Audi preto fosco de Lo, estacionado perto do pinheiro. Crescendo, Lo sempre andou de carona comigo, mas quando ele começou a Halway Comics, Jonathan removeu o limite mensal do fundo de fiança de Lo, então ele teve o suficiente para comprar um carro.

Ryke sempre tenta dirigir o Audi quando ele está com Lo. Realmente, seu amor e obsessão com o carro de duas portas é motivo para trair seu Infinity prateado.

Desta vez, em vez de pedir a Lo para dirigir, Ryke sobe no banco de trás com Daisy, primeiro que nós. Ele prefere cuidar de sua namorada do que dirigir um carro legal. Se eu pudesse mexer nas redes sociais, eu documentária esse momento e postava na internet, uma prova literal e fofa que Raisy estão destinados a ficarem juntos.

Digamos que era eu na posição de Daisy, Ryke não iria se arrastar para o banco de trás por minha causa. Na verdade, ele imploraria a Lo para dirigir, então ele não teria que suportar meus gemidos e reclamações. Os publicitários de nossas famílias não podem ver como essa evidência é útil contra os rumores de sexo a tres.

Lo solta uma risada curta e divertida — Ryke deve estar morrendo.

Eu tenho a sensação de que isso não é sobre o carro. Já que Daisy está menstruada, Ryke provavelmente não teve nenhuma ação por um tempo. — Ele passou quatro meses sem sexo, — lembro Lo. — Isso deve ser fácil.

— Tão fácil que ele provavelmente está se masturbando, contando os dias até que ele possa transar de novo.

Eu não sei.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!