5

Eu imagino esse abraço levando a outros atos sensuais. Mas eu não penso muito sobre isso. Eu me contorço um pouco, apertando minhas coxas. — Pelo menos você provavelmente vai transar hoje à noite, — eu digo para Daisy e cutuco seu quadril. Isso seria definitivamente uma vantagem no meu livro. Mas não com Ryke Meadows. Com Lo. Separadamente. Eu aceno resolutamente em minha mente e evito um rubor vermelho escuro.

— Eu estou menstruada, — diz Daisy, suas bochechas ainda pálidas. — Então, isso está fora de questão.

Estamos todas em silêncio por um segundo, e eu não consigo segurar. — Apenas faça sexo no chuveiro. — Estou me surpreendendo, mais aberta do que o habitual. Talvez todas as conversas sobre sexo que tenho com Ryke estejam subconscientemente ajudando um pouco. Posso compartilhar algumas dicas sem precisar de uma mesa para me esconder.

— Nós nunca fizemos assim. Seria estranho, — diz ela.

Minhas sobrancelhas franzem. — Vocês nunca transaram no chuveiro? — Espere. Eu levanto minhas mãos. — Ryke diz que ele transou na floresta antes. Mas ele nunca transou lá dentro? — Eu aponto para as portas de vidro do seu chuveiro gigante com três bocais e torneiras diferentes, além de azulejos de parede de paralelepípedos chiques.

Rose parece fascinada por essa conversa, as costas retas e os olhos alertas.

— Nós transamos lá, mas não enquanto eu estava menstruada. — Daisy não é tímida sobre sua vida amorosa com Ryke, o que eu realmente gosto. Isso torna mais fácil falar com ela sobre Lo. — Não é nojento? — Ela pergunta.

— Vale a pena ... — Eu paro. — Embora eu possa não ser a melhor fonte.

Eu sou conhecida por classificar o sexo acima da comida.

Daisy ri baixinho. Ainda bem que posso brincar com meu vício agora. Eu até sorrio.

— Que tal uma festa de pijama no quarto de hóspedes? — Rose pergunta a Daisy. — Vamos refazer as unhas dos pés de Lily e dormir na cama king size.

— Eu vou chutar vocês, — Daisy diz de repente. — Se dormirmos na mesma cama, quero dizer. Eu me movo muito e posso te chutar no útero ou algo assim e vocês duas teriam um aborto por causa de mim. — Ela inala bruscamente.

— Então você estaria me fazendo um favor.

— Rose! — Eu grito.

Ela revira os olhos novamente, arrependimento piscando neles. Ela não está filtrando nada ultimamente. — Está quente aqui. — Ela se abana mais um pouco, suando na testa.

— Talvez você devesse se sentar, — sugere Daisy.

— Vou me sentar depois de tramarmos nossa retaliação e nossos planos hoje à noite. Eles são mais importantes. — Ela gosta de fingir que a gravidez não tem efeitos colaterais nela, mesmo que ela tenha sido atingida por um enjoo matinal ruim. Eu felizmente contornei isso.

— Eu voto na festa do pijama e em jogar papel higiênico na casa deles. — Eu levanto a minha mão no ar, assim que passos apressados soam e a porta se abre com tudo.

LILY CALLOWAY

Ryke entra no banheiro primeiro, seguido rapidamente por Lo e depois Connor. Enquanto eles se erguem acima de nós, uma nova tensão aparece no ar, e acho que todos sentimos a dinâmica mudando um pouco. Costumava ser Daisy e Ryke do lado de fora do círculo interno.

Agora são os caras contra garotas.

Nós os examinamos enquanto eles fazem o mesmo conosco, medindo nosso bem-estar de longe. Percebo as marcas vermelhas no ombro e nas costelas de Lo, salpicadas de tinta azul e laranja. Ryke tem impressões de paintball semelhantes. É seguro assumir que eles foram baleados. Meu estômago se revira. Eles foram baleados. Essa frase - não. Eu não quero imaginar algo assim acontecendo.

— Espero que esses caras estejam dez milhões de vezes piores do que vocês dois, — diz Rose, cortando a tensão.

— Eles são adolescentes, — diz Lo categoricamente. Eles devem ter os deixado ir.

— Perfeito, vamos ligar para os pais deles.

Os caras estão quietos, e Ryke não tira os olhos de Daisy. Eu posso dizer que ela está envergonhada pelo que aconteceu e pela atenção extra que tem sobre ela. Ela levanta as pernas até o peito, protegendo os peitos (e a camiseta transparente) dos caras. Eu a vejo mexer no branco dentro de seu gesso, e então ela coloca sua bochecha de volta no meu ombro.

— Olá? — Rose estala os dedos para eles e, em seguida, se concentra em Connor, que está com as mãos nos bolsos de sua calça preta. —Você.

— Nós não estamos dedurando, Rose.

Ela o encara com raiva. — Por favor. Não é dedurar. É justiça.

— É ambos. Embora dedurar, sem dúvida, supera a justiça.

Ryke e Lo se aproximam de nós enquanto Connor caminha até Rose na pia.

— Dais… — Ryke sussurra, se agachando, no nível dos olhos com ela. A preocupação em seu rosto aperta meu coração de maneiras diferentes. Eu sempre quis que minha irmã encontrasse alguém que se importasse com ela, tão profundamente, mas nunca pensei que esse alguém fosse parente de Loren Hale. Eu sempre amarei esse vínculo extra que compartilho com Daisy, por quanto tempo ele durar.

Eu estou torcendo para que eles durem para sempre.

Ela levanta a cabeça e finalmente encontra seus olhos. Lágrimas derramam de seus cílios, cascateando pela longa cicatriz em sua bochecha. — Eu… — Seu queixo treme, e eu tenho uma suspeita de que ela estava prestes a dizer que exagerou mas se conteve.

Ryke se senta na frente de Daisy e abre as pernas ao redor dela, então quando ele a puxa para perto, ela se encaixa bem contra o peito dele. É um abraço terno e gentil que eu nunca esperaria de um cara agressivo como Ryke. Mas ele tem um lado gentil quando se trata da minha irmãzinha.

Ela vira o boné de beisebol e o abaixa, bloqueando os olhos dele e de todos os outros. Seu corpo vibra com lágrimas mais pesadas e não sei como consolá-la. Ela se sente como se tivesse falhado, chateada que ela teve um ataque de pânico sobre armas de paintball e causou uma cena.

Ryke a segura com força, e seus braços magros envolvem seu peito nu. Uma pedra impenetrável em uma tempestade violenta. É isso que Ryke Meadows sempre foi.

— Lily. — A voz aguda captura minha atenção. Lo está acima de mim. O foco de olhos âmbar é todo meu. Suas feições são maravilhosas, as maçãs do rosto bem cortadas e a pele irlandesa suave. Eu penso: o bebê dele está em mim. É um pensamento tão estranho.

Mas isso me varre em uma corrente elétrica, provocando cada nervo e adicionando uma batida extra ao meu coração.

— Oi, — eu respiro superficialmente, como se essa fosse a primeira vez que eu o vejo. Meu pescoço aquece, sem dúvidas com um tom vermelho vibrante.

Seus lábios se levantam em um lindo sorriso. — Lily, — ele diz meu nome novamente, roucamente em uma voz profunda e sexual.

Meu corpo se arrepia. — Não faça isso, — sussurro, ruborizando mais.

— Lily, — ele repete, sutilmente lambendo o lábio inferior. Oh meu Deus. Eu me levanto do chão para beliscá-lo ou socá-lo nas costelas por me provocar com o meu nome. Quem faz isso? Ele nem me tocou ainda. Assim que me ponho de pé, o mundo gira cento e oitenta graus. Eu me inclino para trás quando a minha visão se enche com manchas pretas e brancas.

— Lily.— A preocupação rompe sua voz, mas eu sinto suas mãos em volta dos meus quadris antes que eu caia. Ele penteia meu cabelo castanho curto para fora do meu rosto, e eu pisco algumas vezes, suas feições limpando a névoa tonta.

— Esse é... meu Lilymenos favorito, — eu digo em voz baixa.

Ele exala em voz alta. — Não fique de pé tão rápido da próxima vez. Sua pressão...

— ...está baixa, — eu termino. — Eu sei. — Tomei muitas medidas adicionais para garantir uma gravidez saudável: vitaminas, comer menos besteira e ler livros. Mas quanto mais eu tento, menos eu consigo. Rose deixa sua médica com uma nota 10 e um tapinha nas costas. Eu deixo a minha com uma lista de coisas para trabalhar.

Lo disse que eles provavelmente subornam a médica para dizer coisas legais, apenas para nos fazer trabalhar mais. Eu duvido. Embora, talvez a médica esteja com medo da ira de Rose. Essa é uma possibilidade provável, especialmente desde que ela passou por quatro ginecologistas antes de escolher a Dra. Freida Dhar.

Meu dedo roça a tinta azul em suas costelas, o lugar tão vermelho embaixo que eu me pergunto se isso vai doer. E eu apenas abraço Lo, meus braços voando ao redor de sua cintura. A ideia de uma bala real cortando sua pele quase sufoca a respiração dos meus pulmões. Perder Loren Hale é perder a minha vida. São esses momentos - de mudança catastrófica e de fatalidade brutal e feia - que reconheço o quanto eu o amo profundamente.

Ele inclina meu queixo para cima com os dedos, lendo bem minhas feições doloridas, e ele sussurra, — Estamos bem.

Eu concordo. E então ele beija meus lábios, cheios de pressão e força que entorpecem meu cérebro. Sim. Fecho os olhos e flutuo com as sensações arrebatadoras, sua mão caindo para o cós das minhas leggings. Sim. Eu me sinto tão molhada e pronta para aquela imagem de seu pau se tornar realidade. Mas talvez não seja um bom momento?

Não tenho certeza.

E então ele se afasta, meus lábios ainda quentes de seu toque. Ele sussurra, mais tarde.

Mais tarde. Eu posso aceitar mais tarde. — O que tem mais tarde? — Eu pergunto.

Ele apenas sorri.

Sua provocação está me matando. De um jeito bom-ruim. Eu cruzo meus tornozelos, me viro para as minhas irmãs, e me inclino contra o peito de Lo. Suas mãos se fixam em meus quadris, alguns de seus dedos mergulhando abaixo do cós das minhas leggings. Ele é sorrateiro.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!