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LOREN HALE

Neve e granizo pesado nos confinam dentro de casa pela manhã, mas mesmo que não possamos sair correndo, parei no quarto do meu irmão para ver se ele vai malhar com Connor e eu. Meus músculos se esticam, meu peito está tensionado, e preciso liberar essa tensão antes de abrir o envelope e especialmente antes de nos encontrarmos com nosso pai.

Quando tento virar a maçaneta, ela clica trancada. Eu suspiro agitadamente. Eu já tentei mandar mensagens para ele e ele não respondeu. Foda-se, eu estou acordando ele. Eu bato meu punho na madeira branca e espero por uma resposta.

Depois de alguns segundos de ruídos e passos silenciosos, a porta se abre. Ryke segura o batente com um braço rígido enquanto eu pego Daisy indo para seu banheiro atrás dele.

— O quê? — Ryke pergunta secamente, apenas usando calças de moletão. Não é a falta de roupas dele ou até mesmo Daisy dormindo com ele que eu acho um problema. Esses fatos eu já aceitei, não importa o quão estranho seja às vezes.

É a sua exaustão aparente que me incomoda. Mesmo sob seu olhar escuro e endurecido, posso ver como ele está cansado por seus olhos. — Você dormiu na noite passada?

O chuveiro range através da parede. Ryke balança a cabeça e fala baixinho. — Ela estava apavorada e nada que eu fizesse ajudava... — Ele corre os dedos pelos cabelos grossos.

Meu irmão mais velho gosta de se inserir em qualquer situação, para consertá-la, então isso provavelmente está o matando. — Ela tem que ir à reunião na quarta-feira, — eu lembro a ele. — Eu sei que isso é uma merda, mas precisamos seguir as regras dele. — Eu não quero descobrir o que acontece se um de nós cancelar com o nosso pai. E também tenho medo de empurrá-lo para beber. Ele está sóbrio há tanto tempo - e ele está diferente agora. Claro que ele ainda é um idiota, não exatamente suave, mas filtra muitos de seus comentários.

É mais fácil estar perto dele.

Ryke aperta os olhos e depois os esfrega com cansaço. — Vou ligar para a terapeuta de Daisy e espero que ela a veja antes da reunião Eu escuto o barulho da água do chuveiro contra os azulejos, e um pensamento entra em mim, um que torce meu rosto em uma fricção. Mas eu coloquei para fora de qualquer maneira. — Você já tentou fazer sexo? — Pergunto.

Ryke estreira os olhos e sua mão aperta o batente da porta como se ele fosse bater na minha cara.

Eu elaboro com uma voz afiada. — Eu não estou dizendo que é uma solução, mas ela estará exausta se você fizer por muito tempo e, em seguida, ela irá adormecer.

— É isso que você faz com a Lily? — Ele pergunta tensamente.

Eu cerro meus dentes. Ele não está virando isso contra mim. — É uma fodida vez, seu idiota, — digo a ele, — Daisy não ficará viciada nisso. Então vá foder ela, para ela poder desligar o cérebro e dormir.

Os ombros de Ryke diminuem. — Ela está menstruada, e ela não está animada com a ideia de ser fodida agora.

Jesus Cristo. Eu esfrego minha boca e tento não pensar muito sobre quem estamos discutindo. — Ela está na porra do chuveiro. Pare de falar comigo e vá fazer sexo. E quando você terminar, eu vou estar na academia com o Connor. — Eu começo a andar para trás enquanto falo. — Malhe com ela, não malhe conosco, e eu te vejo mais tarde.

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