E então Rose tenta se desvencilhar do forte aperto do marido novamente. — Me deixe ir, Richard, — diz ela, finalmente mudando para o inglês.
— Rose, — ele força o nome dela, sua voz tão fria que os cabelos dos meus braços se elevam.
— Connor, — diz ela tão friamente quanto ele. — Para. — Seus olhos verde-amarelo o atacam.
Ele solta os braços dela e percebo o envelope branco apertado no punho dela.
— Estamos tendo uma menina, — ela afirma como se fosse um fato. Definitivamente não é um. E então ela começa a abrir e fechar as gavetas da cozinha, procurando por algo.
— Rose, — diz Connor novamente, seu tom mais uniforme e moderado. — Tudo bem. Basta parar e respirar por um segundo. — Ela está deixando ele de fora —Rose.
Eu balanço minha cabeça enquanto observo Rose fechar a quarta gaveta.
— Ela perdeu a cabeça.
— Cala a boca, Loren! — Rose grita.
Eu recuo. Eu honestamente não achava que ela estivesse me ouvindo também. E então, na quinta gaveta, ela encontra um pacote de fósforos.
— Rose! — Daisy e Lily gritam em uníssono, mas Connor está ao lado de sua esposa antes que suas irmãs possam ir até ela. Ela já acendeu um fósforo e o segura próximo do papel.
A chama come o documento rapidamente, e Connor rouba da mão dela e o joga na pia. Ele a segura por trás, com os braços bem apertados em volta da cintura dela, e quando ele murmura em seu ouvido, seu corpo rígido começa a relaxar, como se ele estivesse expelindo todas as emoções voláteis e tóxicas dela e a deixando nua.
Meu rosto está preso em uma permanente careta novamente. Seus colapsos acontecem com mais frequência desde a gravidez.
Connor a vira e, em seguida, pressiona a cabeça dela no ombro dele. Seus olhos voam até os meus e eu os leio bem o suficiente. Ele precisa de privacidade.
Daisy sai do balcão e sai para a sala de estar com Ryke. Lily e eu seguimos logo atrás, minha mão na dela. Não há como alguém descobrir o sexo do bebê de Rose. Nós não vamos saber até o dia em que ele ou ela nascer.
Quando estamos fora do alcance da cozinha, Daisy anda para traz e ela diz, — Maximoff Hale. Ele vai ter os pais mais legais vivos. — Ela ergue seu punho para Lily, que realmente sorri brilhantemente agora. Ela hesita um pouco quando ela olha para mim - para ter certeza de que está tudo bem.
Eu odeio que ela se preocupe em me perturbar. Por sorrir. Eu aceno para ela e tento relaxar.
Lily bate o punho com a irmã.
Então Daisy ergue o punho para mim com uma expressão ensolarada que faz minha vida parecer melhor do que é. Eu olho para o meu irmão que encontra meus olhos. Eu entendo. Por que ele a ama.
Ela é a luz em um lugar escuro. Mesmo quando ela está passando por uma merda profunda também. Daisy e Ryke são a definição de altruístas. Em comparação, eu sou o monstro, o idiota, o vilão. Mas nos olhos de Lily Calloway eu sou o herói.
Isso tem que contar para alguma coisa.
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Atualizado até capítulo 88
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