Capítulo 12 - Proposta

...Boa leitura 💋...

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Seus problemas lhe divertiam. Teve que respirar fundo para não agarrar seu pescoço, precisava se controlar. Não era do tipo que se deixava levar tão fácil.

Conan nem sequer se lembra como foi o fim da conversa, sabe apenas que saiu do café um pouco sem rumo. Sua vida era uma droga, Liam sempre encontraria seu local de trabalho, e sempre conquistaria qualquer pardas suase ele tenha, nunca iria construir sua vida desse jeito.

Há duas ruas do café, Kan aparece agarrando seu braço.

— Onde você esteve?

Conan se lembra de suas palavras e morde os próprios lábios.

— É Liam.

— Hum? — Kan ergue as sobrancelhas.

— O nome do meu irmão — Ele o olha nos olhos, sem se afastar — não era o que queria saber?

— Que se foda o seu irmão, quero saber porque o coordenador te chamou de repente, e você sumiu sem dar explicações.

O clima da tarde estava frio, então havia escurecido mais cedo que o normal. Conan podia ver a própria respiração no ar rarefeito.

— Você está bem? — Kan pergunta acariciando a sua bochecha, a sua mão estava quente em comparação a pele gelada de Conan.

Ele observa fixamente a expressão de Kan. Ele tira a própria jaqueta de couro e coloca sobre os seus ombros. O clima parecia ter esquentado de repente, apesar da fina garoa gélida em seu rosto.

Haviam poucas pessoas que conseguiam ter a capacidade de lhe trazer ódio, e paz ao mesmo tempo, Kan era uma delas. Em alguns momentos queria bater sua cabeça contra a parede, mas agora se sentia calmo com ele.

— Quer que eu te leve para casa?

Ele olha para sua boca pensando que era difícil encontrar uma beleza como a sua, de repente Kan acaricia seus cabelos, úmidos pelas garoa. Conan ergue os olhos pensando em como ele podia ser gentil quando queria.

— Podemos ir pra sua?

Kan não fica surpreso, apenas o olha sem expressão, tentando encontrar que tipo de emoções rodeavam o coração de Conan.

— Claro.

A moto não estava longe, Conan coloca os braços em volta de sua cintura para não cair. A verdade é que estava muito cansado.

Não demorou para chegar, as luzes do quarto estavam apagadas, Kan puxa seu braço, o levando até a cozinha.

— O que quer jantar?

— Qualquer coisa.

Kan começa a cozinhar habilmente, desde cortar legumes a deixar um bife mal passado, suas habilidades eram incríveis. Conan fica em silêncio durante todo o processo, apenas observando. O cheiro era cada vez melhor e mais apetitoso.

Quando acaba, ele coloca a mesa, e observa Conan comer tudo com muita vontade. Ao acabar, Kan o leva até o próprio quarto, planejando emprestar alguma roupa para ele dormir, e tem que admitir que ficou um pouco surpreso por ele ir sem reclamar.

— É melhor você tomar um banho quente, me incomoda te ver com essas roupas frias.

Sem dizer uma palavra, Conan apenas acena, não parecia estar ali, a sua mente com certeza estava longe.

Ele se surpreende quando Kan o prende contra a parede, colocando um braço ao lado de sua cabeça.

— Desembucha, por que quis vir para cá?

Conan franze o cenho.

— Por motivo nenhum.

— Quer mesmo que eu acredite, que simplesmente quer passar tempo comigo?

— Aqui está muito escuro, pode ligar a luz do quarto?

Ele tenta se esquivar para ligar a luz, mas Kan o segura novamente, impedindo que ele faça qualquer coisa. Kan segura seu rosto, o inclinando para o lado, e dando um beijo suave em seu pescoço, vendo que ele não reagiu, sua boca é mais agressiva e ele passa a chupar seu pescoço. Conan estremece e dá um empurrão no seu ombro.

— Você sequer me acha atraente?

Kan pisca algumas vezes.

— Hm?

— Eu quero saber... você parece obcecado por mim, mas minha rejeição te desagrada — Ele faz uma pausa — se aparecesse uma versão mais divertida e atirada de mim, então ele seria seu novo alvo?

— Isso é sério? — Ele parece entediado.

— Só responda a maldita pergunta.

— Conan, olhe nos meus olhos, usou alguma droga? Eu fico preocupado com a reputação da universidade, se o proprio profe-

Antes que pudesse terminar, Conan dá um chute no seu abdômen, quase o derrubando no chão.

— Enlouqueceu? — Kan indaga incrédulo.

— Porra, é tão difícil responder uma pergunta? Você exige fidelidade de mim mas nem sequer namoramos, o que te faz pensar que pode ficar com quem quiser, e eu não vá fazer o mesmo?

Kan respira fundo tentando entender a sua base de pensando.

— O que diabos você quer exigir?

— Quero um acordo, podemos ficar juntos até você cansar de mim, mas quero que apague o vídeo, e você pode ficar com qualquer um... menos com o meu irmão.

Ele espera a sua resposta, pensava que isso lhe deixaria bravo, mas Kan começa a rir.

— Não sou idiota, o que me garante que você vai cumprir a sua parte do acordo?

— A minha palavra?

Kan morde os próprios lábios diante proposta nada confiável.

— Não parece bom.

— E eu também quero que você saia da minha aula.

O ambiente fica silêncioso por um tempo. Se ele aceitasse isso, pelo menos teria um problema a menos no seu emprego. Só teria que dar um jeito em Liam. E então logo Kan se cansaria dele, e poderia se ver livre de ambos.

Quando pensa que ele ia se negar, Kan pega o celular e exclui o vídeo na sua frente, também apaga do notebook, e solicita o cancelamento da aula de Conan.

Conan morde os próprios lábios, contendo o alívio que estava sentindo.

— Agora cumpra sua parte. — Ele agarra a sua cintura.

— S-sua parte ainda não acabou, lembre-se que a minha só conta se você cobrir a sua, a partir do momento que gostar do meu irmão, nosso acordo está acabado.

De tanto Conan mencionar esse irmão, Kan estava começando a sentir um ódio pessoal por ele, mas não expressou em voz alta.

— Eu duvido que ele tenha algo que você não tem. — Ele se inclina sob o seu pescoço.

Conan sente um desconforto na barriga ao sentir um dejavú, o seu ex havia dito a mesma coisa uma vez.

— Poderia se surpreender, muitos dizem que é como um anjo na terra.

Kan revira os olhos.

— Ele pode ser um anjo, mas eu que quero te fazer se sentir no céu. — Ele corta o assunto e começa a desabotoar sua camisa, beijando seus peitos.

Conan inclina a cabeça para trás, a sensação de prazer era tão familiar. Era como se seus membros sentissem falta dele. Kan morde a ponta, chupando até ficar avermelhado, ele para apenas quando ouve Conan protestar.

— Isso é mesmo necessário? Não pode só fazer?

Ele estremece quando sente Kan deslizar a mão pela sua coxa interna. Sabia muito bem o que ele queria, mas se sentia estranho, por quê disse que proporcionaria. Começava a se arrepender do acordo. Ele se lembra amargamente que na primeira vez deles estava bêbado, mas agora estava mais sóbrio do que nunca. Kan desce os lábios pelo seu abdômen, deixando marcas por onde beijava, parecia um cão marcando território.

No momento que ia tirar sua cueca, Conan lhe empurra. Kan dá um estalo com a língua.

— O que foi agora?

— Eu prefiro tomar um banho antes.

Kan sorri entendendo exatamente o que ele queria fazer, mas não lhe dá chance disso.

— Bom, vamos juntos então.

Ele segura sua mão, e o leva até o banheiro, fechando a porta atrás de si.

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