Capítulo 10 - Ambíguo

...Boa leitura ❤️...

...----------------...

Por que sempre tinha que fazer tudo errado? E qual era o problema de Finch? Todos esses malditos alunos deviam ter alguma tara esquisita nele. Ou talvez o problema fosse ele. Talvez devesse se jogar da ponte.

Kan o observa terminar de vomitar, e o vê sentar ao lado do vômito na grama, parecia que queria dormir ali mesmo.

— Levanta.

Conan o olha e percebe que ele continuava puto, então apenas dá um sorriso irritado, e se deita na grama.

— Então você quer fazer assim?

— Eu...

Antes que pudesse responder, Kan o pega no colo e coloca sobre os ombros, o carregando como um saco de batatas para dentro do seu apartamento. Conan se rebate enquanto acerta golpes nas suas costas, mas Kan nem sequer se atinge. De tanto se remexer, ao chegar no quarto, Kan o deixa cair no chão.

— Satisfeito assim?

— Seu bruto. — Conan grita se levantando e dando um empurrão no seu ombro — Você me machucou.

— E devia ter feito muito mais depois de você ter me desobedecido.

— Por quê diabos eu obedeceria alguém tão...

— Tão o que?

— Alguém tão arrogante quanto você?

Kan franze o cenho completamente ofendido.

— Como pode falar assim de mim quando aprendi a ser assim com você.

— Como poderia ter aprendido de mim se te conheci faz pouco tempo.

Por alguma razão o moreno parece ainda mais irritado com essas palavras, ele parece respirar fundo algumas vezes, parecia pronto para matar alguém.

— Então você... realmente não se lembra de mim.

— Eu-

Um toque de celular começa a tocar e Conan percebe que é o seu, antes que pudesse pegar, Kan é mais rápido. Sua expressão se torna sombria quando observa o nome.

— Ei, enlouqueceu? Me devolve.

— Quem é Denis?

Conan fica sem reação enquanto o celular continua a tocar, era a primeira vez que um ex seu lhe ligava depois do término. Principalmente sendo tão recente, geralmente eles demoravam um pouco mais.

— Perguntei quem é. — Kan enfatiza, por alguma razão ele parecia que ia explodir.

— E-eu... — Ele observa o celular parar de vibrar, e uns segundos depois voltar novamente — Me deixa atender ele, pode ser importante.

— Ele quem?

Era notável que Kan não cederia tão facilmente, então ele decide contar a verdade.

— Meu ex, nós dois-

Antes que terminasse a frase, Kan atende o celular por ele.

— Devolve. — Ele pede, mas é ignorado.

— Não, Conan não pode falar agora, ele está muito ocupado.

Conan se irrita e se joga em cima dele, tentando tomar o celular da sua mão, mas no momento em que ia lhe tocar, Kan o agarra contra si e coloca a mão na sua boca. Conan começa a morder sua mão, pensou que isso lhe causaria dor, mas Kan apenas ri baixo. Dessa vez ele enfia dois dedos na sua boca enquanto o impede de se mover pressionando seu peito, tudo isso com apenas um braço.

Todas as palavras que escapavam da boca de Conan soavam incoerentes enquanto ele se debatia. Nunca haviam invadido tanto sua privacidade antes. Ele tenta agarrar seu braço forte mas acaba ouvindo a voz de Denis do outro lado da linha.

— Eu... só queria me desculpar, e dizer que sinto falta dele. — Ele faz uma pausa — quero que ele saiba que me arrependo de verdade.

Conan para de se debater com essas palavras, era o de sempre, seus ex, sempre diziam a mesma coisa depois de lhe trair, era cansativo. Todos juravam se arrepender e até diziam que nunca deixaram de o amar, mas se isso era verdade...

Por quê sempre o traiam?

— Como eu disse, eu até passaria para ele — Kan continua — mas ele está de boca cheia nesse momento, o tipo de coisa inapropriada para menores.

Conan franze o cenho e volta a morder seus dedos, mas isso só serve para que ele provoque sons que comprove que isso seja verdade. Denis que parece ter ficado desconcertado do outro lado da linha não diz mais nada.

— Que mal educado, eu pensei que as desculpas eram verdadeiras, mas ele desligou na minha cara. — Kan diz sarcástico — Precisa de pretendentes melhores professor.

Ele tira os dedos da sua boca e apenas agarra a sua cintura.

— E quem seria um bom partido? Você? Não brinque comigo, estou cansado disso, nem você nem ninguém vai mandar em mim.

Kan o solta, mas continua com seu celular na mão, parecendo mexer em algo.

— O que foi... o que está fazendo? Me devolve. — Ele tenta tomar da sua mão.

Após mexer mais um pouco, Kan entrega para ele.

— O que você fez?

— Só adicionei meu contato com um coração.

Conan semisserra os olhos, e investiga um pouco no celular, mas não encontra nada diferente, tinha medo do que esse lunático fez ali.

— Maldição, não sabe responder uma pergunta direito? Me responde, você tem daddy issues ou alguma merda assim?

Por um segundo ele esquece que ainda estava bêbado, seu estômago se remexia e ele se sentia enjoado.

— Não está sendo gentil professor... — Ele dá um estalo com a língua — Acho que você também não quer que eu seja.

— O... que? Como assim?

Antes que pudesse protestar, Kan o leva até o banheiro e começa a escovar os seus dentes, enquanto agarra os seus ombros, fazendo questão de escovar a língua também, e o obrigando a enxaguar. Conan se sente um pouco tonto pela bebida então quase engasga com a água e dá um soco no peito de Kan, irritado.

— Qual é o seu problema?

Kan não responde, apenas o puxa para a cama e lhe deita ali, puxando a gola da camisa para ver se as marcas haviam sumido. Ele se inclina em seu pescoço começando com beijos suaves, até intensificar completamente, parecia querer lhe devorar. Suas mãos subiam vagarosamente pela sua cintura. E logo desciam pelas suas pernas.

Não sabia se era pela bebida mas Conan sente seu corpo inteiro se arrepiar, as partes onde ele tocava pareciam queimar. E seu olhar era visceral.

Ele parecia realmente irritado. Mas Kan obviamente não gostava dele, e se ele não gostava, então por quê estava com ciúmes?

— Homens são tão estranhos, eu queria gostar de mulheres.

Kan para de lhe beijar e franze o cenho.

— Por quê homens são estranhos?

— Não é óbvio?

— O que é óbvio?

— No fim você também vai querer meu irmão.

Ele suspira cansado tentando entender o que Conan estava querendo dizer com isso. Então ele parece pensar em algo.

— Qual o nome do seu irmão?

Essas palavras pareciam acionar algo em Conan, ele imediatamente se afasta. Ele arruma as próprias roupas, ainda estava bêbado mas seu olhar ganha um brilho de sobriedade. Ele fica em silêncio.

— O quê? Qual o problema?

Conan também não sabia qual era o problema, não gostava de Kan, na verdade era impossível entre eles, e realmente sentia raiva dele, principalmente por conta do maldito vídeo. Mas ouvir isso dele por alguma razão, o feriu.

— Por quê quer conhecer ele?

Ele parece perceber o que lhe irritou e começa a rir.

— Então você pode sair para um bar sem a minha permissão no meio da noite, e beijar um cara num beco qualquer, mas eu não posso saber o nome do seu irmão?

Conan se levanta irritado e pega as próprias coisas para sair dali.

— Você está bêbado e são duas da manhã, se sair por essa porta, pode ter certeza que vou fazer uma visita a esse tal de Denis. — Quando Conan para, Kan continua — Ou talvez devesse ir ter uma conversa com o seu outro aluno favorito? Seu irmão também parece uma boa opção.

Ele se vira para Kan acertando um empurrão em seu ombro, fazendo com que ele cambaleasse para trás, quase caindo.

— Vou dormir na sala, só quero ficar longe de você e do seu ego.

A porta é batida com força, e Kan precisa respirar fundo algumas vezes antes de chutar a cabeceira com força.

...----------------...

...Espero que tenham gostado ❤️...

...Será que eles vão resolver os conflitos? Ou a coisa vai pegar fogo 🔥...

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***