Tomei a poção azul que tinha ao lado de onde estava o bilhete, o sabor era horrível, quase vomitei. Assim que engoli todo líquido que estava naquele pequeno frasco. Senti a minha cabeça algo estranho. E desmaiei.
Acordei em uma cama desconhecida, mas creio que naquele ponto, naquele lugar, eu não acharia nenhuma cama conhecida. Do jeito que as coisas estavam indo, no máximo um chão conhecido. A sensação se está em uma cama novamente era bom. Até dava vontade de voltar a dormir. ! Pensei fechando os meus olhos.
— Nem ouse tentar dormir novamente. Já passou três dias dormindo. Quer dormir a vida toda? Eu tenho mais o que fazer do que ser babá de uma múmia — Lilith falou irritada me jogando alguns livros
— Eu dormi por três dias e agora você quer me matar com livros? — Eu perguntei a ela sem entender o ataque.
— Tente ler isso. Quero saber se a poção funcionou, seu idiota. Nunca tinha visto uma poção mágica com uma função dessa. Creio que ela nunca foi criada, pelo menos, não tinha, até você fazer. Agora por favor. Tente ler sa merda.— Ela disse sem paciência nenhuma batendo nos livros.
Eu totalmente descrente, mas com medo daquela mulher louca que estava na minha frente. Decido a abrir um dos livros e fazer um teste que ela tanto me incomodava em fazer. Para minha total surpresa e total choque. Eu conseguia ler tudo que estava naquele livro. Para confirmar abri outro, mais outro. Todos que estavam jogados na cama, eu podia ler.
— Wooooow! Eu consigo ler! Nem estou acreditando. Eu posso ler. Não sei nem que língua é essa, mas eu consigo ler, Lilith — Falei animado olhando para ela
— Que maravilha. Você vai começar por esses mesmo que estão na cama. Espero que você leia bem rápido. Tem muito para ler e aprender ainda — Lilith dizia de braços cruzados me olhando
— Eu não estou entendendo. O realmente quer que eu faça? — perguntei a olhando. Vi ela ficando ainda mais irritado.
— Da próxima vez, tente uma poção para você não ser mais tão burro. Não posso ter que lidar com isso. Não me pagam bem o suficiente — Ela diz quase rosnando para mim. — Você fez uma poção para conseguir ler todas as línguas. O seu ano era recomeçar do zero. Já que por enquanto as suas memórias teriam que ficar ocultas. Eu sei até quando ou como você vai nos avisar que está tudo bem. Mas conhecendo bem você, armou bem um plano para isso. Agora deixa de perguntar e começa a ler. Você precisa saber o básico antes de sairmos em busca do relógio.
Eu nem pude responder. Sabia que era capaz dela enfiar um livro daqueles garganta abaixo, no mínimo. Não gostava muito de estudar, mas acredito que não tinha muita saída no momento. Comecei a ler os livros. Não precisava reler o assunto. Era como tivesse relembrando um assunto. Eu lia um pouco sobre ele e pouco tempo depois, parecia compreender tudo perfeitamente.
Quando me dei conta, tinha lido todos os livros que Lilith tinha colocado na minha cama. Já conseguia compreender o funcionamento da magia básica e como fazer algumas magias básicas de defesa. Quando Lilith voltou, eu estava desesperando. Tinha tentado fazer um pouco de fogo, mas acabou sendo demais, coloquei fogo no quarto e estava tentando apagar de forma desesperada.
— Bom, pelo menos já consegue acender fogueiras — Lilith disse rindo. Apagando todo o fogo com apenas um sopro dela — Aqui. Leia mais esses. Vejo que está animado. Termine todos esses até amanhã. Assim poderemos partir.
Ela colocou uma montanha imensas de livros em cima de uma mesa. Era muito mais que o dobro que tinha lido antes. Eu me sentia cansado, mas gostava do assunto. Não era tão difícil estudar, parecia mais, desbloqueando informações. Eu encontrava elas, lia uma vez e logo estava compreendendo tudo sobre. Parecia totalmente sem lógica, mas estava funcionando assim.
Eu fiquei lendo o resto do dia, noite e um pouco da madrugada. Só assim consegui terminar todos aqueles livros que ela tinha me colocando. Tinha de tudo, desde ataques mágicos, até a poções. Alguns falavam também sobre a estrutura de alguns seres. Ela quase me deu o intermediário do que eu precisaria saber para acompanhar ela na jornada.
Agora conseguia ascender uma tocha de fogo na minha mão sem descontrolar. Percebi que usei mais fluxo mágico que necessário da primeira vez. Foi como colocar muito gás no fogo. Ele apenas de propagou onde podia. Agora sabendo os fundamentos, muitas coisas começavam a fazer sentindo.
Eu também tinha aprendido a sentir poderes mágicos. Era como ler algo a distância. Eu conseguia pelas suas marcas mágicas saber um pouco de quem ele era, o seu nível de poder e como lidar com ele. Agora sempre sabia quando a Lilith estava vindo.
Depois que relaxei um pouco, consegui adormecer. Acredito que não dormi nem mesmo duas horas. Lilith me acordou me puxando da cama como se fosse um animal. Não, acho que ela seria mais carinhosa com um animal. Ela trata muito bem o sapo de botas.
— Vamos. Levanta. Está tarde. Não podemos nos atrasar. — Ela disse me passando. Ela já estava pronta.
— Eu preciso ler mais coisas. E eu estou cansado. — Eu disse fazendo careta para ela.
— Sobre a leitura, o Herbert, funcionará como uma espécie de portal ligando você a biblioteca da casa. Terá sempre acesso a ela por ele. Foi o máximo que consegui — Ela disse parecendo cansada.
— Ele vai nos acompanhar? — perguntei sem ter ideia
— Óbvio. Ele nunca quer se afastar de você. Pelo menos dessa vez será útil. Não podemos ficar conduzindo o portal da sua casa, pode ser inseguro. — Lilith fala abrindo um portal — Vamos!
— Me deixa tirar uma dúvida. O relógio. Eu não conhecia direito. Li em um dos livros que relíquias mágicas costumam deixar marcas ou rastros mágicos. O relógio fazia isso? — Eu perguntei interessado se poderia assim seguir ele.
— Sim, mas só algumas pessoas poderiam seguir ele. Você colocou uma magia de ocultação nele. Entretanto, nunca se sabe o que pode ter acontecido com essa magia depois que ele foi separado. De qualquer forma, ele deixa rastro sim — Lilith disse caminhando e eu olhava ao redor procurando o sapo.
— Podemos então seguir os rastros mágicos e encontrar o relógio — Eu falei e ela parou.
— Merda! — Ela falou voltando para onde estávamos
— O quê foi? — perguntei confuso.
— Esqueci o maldito sapo. — Ela disse voltando e eu só conseguia me segurar para não ri
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Atualizado até capítulo 63
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