A visita a casa que morava

Não era muito longe da cidade que estávamos, o tal lago que garçom / porteiro nos indicou para pegar a chave que nos levaria para a casa. Pelo menos, foi o que entendi. Me parecia um lago normal, o que surpreendeu nele, na verdade, era um sapo gigante que estava dormindo. Ele era maior que uma casa. O sapo era gigante.

— Oh! Esse maldito sapo está aí — Lilith falou chutando uma pedra na cabeça do sapo, que acordou super desorientado, sem entender o que estava acontecendo — Aqui, seu idiota.

— Lumen! Lilith! — O sapo gritou pulando para cima de nos e jogando toda a água da lago em nós. Parecia mais uma super onda. Agradeci por saber nada ou teria mordido afogado.

— SEU SAPO IDIOTA! ME MOLHOU TODA! ENCOLHA, AGORA. VOCÊ É DESASTRADO DEMAIS PARA FICAR DESTE TAMANHO — Lilith gritou, o sapo bufou, mas começou a brilhar encolhendo.

Encolheu a ponto de ficar do tamanho de uma mão. Agora ele estava de pé e usava botas. Senti que ele confundiu os personagens. De qualquer forma, tínhamos um sapo de botas.

— Você finalmente voltaram. Eu sabia que vocês voltariam bem. São e salvos. — Ele falou super animado.

—Temos alguns problemas na sua teoria, Herbert — Lilith falou rindo

— Qual? Eu fiquei guardando a casa como o Lumen mandou — Ele disse comemorando

— Ele mandou? O que mais ele disse? — Perguntou Lilith curiosa, parecia um grande quebra-cabeça

— Que vocês iriam demorar para voltar, mas voltariam juntos, Lilith precisaria resgatar algo dentro da casa — O sapo falou animado por ter feito tudo certinho

— Lumen maldito, porque tudo sempre acaba como você planeja? Que ódio. Abre o portal, Herbert. — Lilith disse irritada

— Bem, eu não sei qual é a chave. Eu nunca abri. Sei apenas que é uma pedra. Então fiz questão de não deixar ninguém levar pedra nenhuma que estava nesse lago — O sapo falou olhando concentrado para o lago

— Isso quer dizer que você não prestou atenção na explicação do guardião da porta sobre a chave, que perdeu a paciência e apenas foi embora sem explicar novamente a você — Lilith disse encarando o sapo que encolheu

—Lumen está aí. Ele deve reconhecer ela com facilidade. Não precisa de todo esse mistério. Isso é apenas para nós — Ele disse fazendo você

— Exceto que esse Lumen no momento é inútil. Ele não tem memória passada. O que conhecíamos morreu e renasceu em outra dimensão, mas deixou as memórias aqui. Então, temos um Lumen mega poderoso e totalmente inútil — Ela falou rindo da ideia.

— E agora? Virei um sem teto? Como vou entrar em casa? — O sapo falou desesperado

— Tem anos morando fora dela. Deveria ser a menor das suas preocupações ter um teto depois de tantos anos sem um — Lilith falou horrorizada com a reação exagerada dele.

— Mas eu tinha, era só querer.. Quando não temos o sentimento é diferente. Bate um pequeno desespero. — O sapo falou triste

— Sem drama. Não tenho tempo e nem paciência para isso. Vamos todos procurar logo isso . — Ela falou estranho no lago e começou a analisar as pedras que encontrava.

Eu também entrei no lago para ajudar a procurar, nem sabia o que estava procurando, mas estava, era isso que importava. O importante é participar. Passamos horas procurando, tenho quase certeza que olhamos pedra por pedra, mas não conseguimos encontrar a pedra que deveria abrir a porta. Sentamos, com cara de derrotado olhando para o lago, pergunto aos dois seres ao meu lado

— Como eu fazia pata abrir ou encontra a chave normalmente? — Perguntei encarando os dois

— Ficava em pé, erguia a mão direita e falava :" Venha a mim, portal, eu, teu mestre te ordeno, não mais se oculte " — o sapo falou de forma animada, repetindo cada palavra em outro tom.

— Então vamos tentar isto.

Eu fiz então assim como ele me disse, me levantei fui até próximo ao lago, ergui minha mão direita e disse assim como ele me orientou:

— Venha a mim, portal, eu, teu mestre te ordeno, não mais se oculte — Disse da mesma forma e esperei um pouco sem fé

Um tempo depois o lago começou a brilhar, uma luz brilhante flutuava vindo de dentro dele até mim e pairava no ar próximo a minha mão. Eu segurei, era uma pedra? Não! Era uma pérola. Não iríamos encontrar nunca.

— E agora? — Eu perguntei aos dois que me olhavam um pouco assombrados

— Abra! — Lilith disse como se fosse óbvio como fizesse isso

— Como se eu soubesse fazer isso — Eu digo fazendo careta para ela, que me devolve com um novo

— Arremesse e mande abrir, não tem mistério. Funciona muito mais pelo item e voz, do que por mágia. Pode abrir sem preocupação — Ela disse se levantando, limpando a sujeira que se prendia nela, o sapo a acompanhou

Eu então fiz como ela disse, arremesso a pérola próximo às árvores. Um pouco antes delas.

— Abra! — grito antes da pérola chegar nas árvores. Na mesma hora uma passagem se abre. Como uma espécie de janela para um lugar totalmente diferente.

Lilith nem espera, passa a frente e já vai, como não sei nada sobre aquele lugar ou tempo que fica aberto, corro e entro, o sapo já estava dentro quando passei. Assim que passei, ele fechou. Julgo que o tempo era da minha passagem, o que explica os dois terem ido primeiro, depois de mim o portal estaria fechado.

Mas onde eu estava mesmo? Parecia uma casa em uma ilha. Ela era enorme. De madeira. Tinha muita mata ao redor, alguns animais. Entro subindo umas escadas. A decoração é toda escura e as paredes eram repletas de estantes de livros, onde eu olhava encontrava livro.

Em cima da mesa tinha dois bilhetes, um com o meu nome e outro para Lilith. Procurei um pouco ela pela casa, quando encontrei, entrei o bilhete, retornei para onde estava.

No meu bilhete tinha algo assim escrito.

" Pode parecer difícil, mas teremos que começar do zero. Quase do zero. Tome a poção azul do lado, poderá ler todas as línguas assim. Por enquanto, as nossas memórias são perigosas demais. Boa sorte "

Tomei a poção azul que tinha ao lado, quase vomitei, senti a minha cabeça algo estranho. E desmaiei.

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